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História

Aeroporto de Congonhas: 86 anos

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Congonhas na década de 40: entorno deserto

Prestes a retomar a operação de voos internacionais e um dos mais movimentados do país, o Aeroporto de Congonhas completou em 12 de abril seus 86 anos. São cerca de 10 milhões de passageiros por ano e cerca de 75 mil pousos e decolagens por ano.

Em 1936, a pista de Congonhas ficava em uma área pouco habitada, distante das regiões centrais da cidade.

Na verdade, aquela pista junto à estrada Washington Luís ficava, até dois anos antes, no município de Santo Amaro e foi o interesse em inaugurar ali um aeroporto que levou à anexação da província vizinha pela capital paulista. O decreto que anexa a Vila de Santo Amaro à província de São Paulo é datado de fevereiro de 1935, ou seja, pouco mais de um ano antes da inauguração de Congonhas.

Para ampliar o Aeroporto nos anos seguintes à inauguração, foram desapropriadas áreas vizinhas na década de 1940 . No final dessa década, chegaram a ser iniciadas as obras para construção de três pistas para pousos e decolagens, mas apenas a principal chegou a ser construída.

Na época, estudos técnicos teriam mostrarado que a pista única seria suficiente para atender às especificações aeroportuárias norte-americanas da então Civil Aviation Authority (CAA), hoje FAA, uma das mais modernas para a época.

Efetivamente, a cidade na década de 1940 era muito menor. Censos da época mostram que na década de 1950 a cidade saltou de 2 milhões para 3,5 milhões de habitantes – quase dobrou. Vale ressaltar que em 1970, a cidade contava com cerca de 6 milhões de pessoas – número que hoje está duplicado: somos 12 milhões de habitantes.

E não foi só o número de pessoas que cresceu ao longo dos anos, obviamente, mas também as moradias, que invadiram o entorno do aeroporto, inclusive com bairros repletos de prédios, como Moema.

Dois acidentes marcaram a história de Congonhas e geraram fervorosos debates sobre a necessidade de reduzir o movimento. Em outubro de 1996, um fokker 100 da TAM caiu sobre casas no Jabaquara segundos após a decolagem, rumo ao Rio de Janeiro, matando 100 pessoas.

Em 17 de julho de 2007, outro voo da Tam ultrapassou a pista de Congonhas e atingiu prédios na Av. Washington Luiz, ao pousar vindo de Porto Alegre, marcando cerca de duas centenas de pessoas.

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