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Segurança

“Saidinha de banco”: crime continua fazendo vítimas em agências na região

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A Polícia prendeu, nos últimos dias, dois suspeitos de praticar o crime que ficou conhecido por “saidinha de banco” na região. Em uma ocorrência na região da Vila Santa Catarina e outra no Paraíso, os assaltantes estavam em motos que seriam usadas na fuga após a abordagem de clientes que saem dos bancos.

A Secretaria de Segurança Pública afirma que não há estatísticas específicas sobre a “saidinha de banco”, já que os crimes são registrados como assaltos, em geral a mão armada.

Mas, as ocorrências recentes na região mostram que a população deve ficar muito atenta e evitar o saque de grandes quantias em dinheiro.

O crime na rua Tutóia, no Paraíso, aconteceu por volta do meio dia na quarta-feira, dia 1. Um comerciante, de 37 anos, foi a uma agência para sacar R$ 5 mil, quantia que pretendia depositar em outro banco. Como havia demora na fila e ele demonstrava impaciência, um jovem, que estava logo atrás, perguntou se ele estava nervoso. O comerciante disse que sim, pois iria sacar R$ 5 mil reais e tinha pressa para fazer o depósito na outra agência. “Tudo isso?”, exclamou o jovem, que saiu em seguida.

Finalmente, o comerciante pegou o dinheiro e saiu, mas o rapaz com quem conversara o estava esperando na porta. “Passa o dinheiro”, disse, apontando um revólver para a vítima. O comerciante se atracou com o assaltante, que deixou a arma cair. Nesse momento, surgiu um motoqueiro, também armado e com capacete, e o comerciante correu, levando seu dinheiro. Vale lembrar que a orientação da polícia é para nunca reagir durante assaltos.

A dupla fugiu, cada um numa motocicleta, mas na rua Tutóia um dos motoqueiros, dirigindo na contramão, colidiu de frente com um jipe Cherokee. Embaixo da Cherokee foi achado o revólver que ele usara na tentativa de assalto, da marca Rossi, municiado com quatro cartuchos calibre 38, com numeração raspada. Policiais militares que estavam no local do acidente foram informados por uma testemunha que o motoqueiro havia participado de um roubo a banco.

Em seguida, enquanto o acidentado, L. G. F., de 25 anos, ainda esperava por uma ambulância que o levaria ao Hospital das Clínicas, o comerciante se aproximou e não o reconheceu como sendo o jovem com quem conversara e depois tentara assaltá-lo. No entanto, os policiais plantonistas da 2ª. Central de Flagrantes (zona sul), após ouvir os depoimentos, concluíram que L. era o segundo motoqueiro, que usava capacete e também participara da “saidinha de banco” frustrada.

L. permanece internado, sob escolta policial, mas já está indiciado por roubo tentado. O revólver e as munições foram apreendidos para exames periciais, assim como a moto Honda CG 125, de cor preta, usada pelo suspeito.

Jabaquara

Já no Jabaquara, outro motociclista foi preso sem nem mesmo chegar a praticar o crime. Policiais civis da 3ª Divecar (Delegacia de Repressão a Desmanches Ilegais) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) suspeitaram da atitude do jovem G.S.S., de 32 anos, que rondava as imediações de uma agência bancária na avenida Santa Catarina. Desconfiados de que o jovem integrasse uma das quadrilhas especializadas em “saidinha” de banco, abordaram o homem que portava um revólver calibre 38. O levantamento junto aos terminais da Polícia Civil mostrou que o motoboy já era investigado por vários crimes de homicídio, que ele chegou a confessar informalmente.

Segundo a assessoria de imprensa do DEIC, o motoboy permanece preso. Foi autuado por porte ilegal de arma, mas continua a investigação pela participação nos demais crimes.

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