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Urbanismo

Viadutos da Zona Sul precisam de manutenção

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Um viaduto na Marginal Pinheiros cedeu na madrugada do feriado de 15 de novembro, quando milhares de veículos se preparavam para sair em viagem. Vários carros “voaram”, segundo relatos, mas ninguém ficou ferido. Além de prejudicar o trânsito e provocar interdições que vão se arrastar por meses, o incidente acendeu uma luz amarela na Prefeitura: o mesmo pode acontecer em outros viadutos e pontes por toda a cidade.
Na região, os viadutos Pedro de Toledo – ao lado da Subprefeitura de Vila Mariana – é um dos que estão na lista dos que têm estudo previsto para evitar problemas. Sobre o viaduto, a água costuma acumular em dias de chuva forte. Também os vizinhos viadutos General Euclides Figueiredo e Marcondes Salgado, na região do Ibirapuera e que passam também sobre a Avenida 23 de Maio, estão na lista, assim como o Viaduto Paraíso.
Sobre a Avenida dos Bandeirantes, estão o viaduto Jabaquara, que passou por algumas manutenções, e o viaduto João Julião da Costa Aguiar, próximo ao Aeroporto de Congonhas, também integrantes da relação de estruturas a serem verificadas pela Siurb.
A Prefeitura diz que essas construções terão prioridade na definição de projetos, mas garante que as vistorias não detectaram riscos estruturais.
Histórico
Em 2007, reconhecendo a existência de problemas nas estruturas antigas, a Prefeitura se comprometeu a fazer uma série de obras e foi criado o Programa de Recuperação de Pontes e Viadutos.
Em 2011, algumas obras começaram a ser realizadas, ao mesmo tempo em que o Ministério Público cobrava ação mais eficaz e cumprimento das promessas de reparos em mais de 50 estruturas. Passou a multar também a Prefeitura pelo descumprimento do acordo. De nada adiantou.
Depois do incidente na Marginal Pinheiros, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) informou que a fiscalização das estruturas dos 185 viadutos e pontes sob a responsabilidade da Prefeitura é feita por meio de vistorias periódicas.
Diz ainda que o Programa de Recuperação de Pontes e Viadutos havia sido abandonado pela gestão concluída em 2016 mas foi retomado em 2017. Depois de ter sido suspensa por questionamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Município, foi aberta licitação para contratação de empresas que irão desenvolver projetos estruturais e executivos de requalificação e laudos técnicos para manutenção das 33 pontes e viadutos listados.
Outra medida pela Prefeitura, por meio de dereto, foi a criação de um Comitê de Crise de Pontes e Viadutos, que será responsável pelo enfrentamento da atual situação emergencial e pelo planejamento e monitoramento de outras questões relativas à segurança e estabilidade de pontes e viadutos na Cidade.
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