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Saúde

Por que a videocirurgia oncológica pode ser melhor na recuperação de pacientes com câncer?

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A laparoscopia pode ser adotada para tratar pacientes oncológicos no lugar de métodos convencionais, trazendo uma série de vantagens para o paciente que não precisará sofrer cortes e incisões por vezes desnecessárias, além de poder reduzir o tempo de permanência no hospital internado

“As cirurgias laparoscópicas são extremamente eficientes, têm crescido e sido cada vez mais usadas em cirurgias de câncer de estômago, pâncreas, esôfago, fígado e intestino (cólon e reto)”, explica o cirurgião oncológico do Departamento de Cirurgia Abdominal do AC Camargo Cancer Center e da Clínica Franco e Rizzi, dr. Antonio Cury, especializado em videocirurgia pelas Universidades francesas Louis Pasteur e Bordeaux.

A cada ano mais de 12,7 milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer e 7,6 milhões de pessoas morrem vítimas da doença em todo o mundo, apontam dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). E se nada for feito, teremos 26 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano em 2030.

No Brasil, entre 2000 e 2007, os investimentos do Ministério da Saúde com a doença aumentaram em 20% ao ano, passando de R$ 200 milhões para R$ 1,4 bilhão, em 2007. O custo do câncer no mundo à economia global em mortes prematuras e invalidez, sem considerar os custos médicos, foi estimado em US$ 1 trilhão.

Mais controle,
maior eficácia

O cirurgião explica porque a videolaparoscopia apresenta vantagens se comparada à cirurgia convencional. “Ela amplia em até 20 vezes as imagens da área tratada, fazendo com que o cirurgião enxergue melhor e tenha mais controle”, exemplifica.

A intervenção é realizada por meio de incisões que não passam de 12 milímetros e manuseadas por pinças de 5mm de diâmetro. “O paciente se beneficia com a falta de corte, diminuição do tempo de internação, sente menos dores e se recupera mais rapidamente do procedimento cirúrgico em geral, podendo retomar rapidamente à sua rotina e/ou ao tratamento de quimioterapia ou radioterapia”, lembra Cury.

Como se trata de pequenos cortes (furos de 5 a 12mm) há um melhor resultado estético (cosmético), o que diminui as chances do paciente ter as incômodas hérnias. Isso sem falar do ponto de vista de infecção dos pequenos cortes que é menor quando comparamos com as cirurgias abertas. “O ganho é impressionante”, resume.

Outra variante da técnica é somá-la à cirurgia robótica. “Ela traz a possibilidade de fazer dissecções e principalmente reconstruções complexas mais precisas e atingir áreas mais delicadas”, explica o cirurgião. Ele esclarece que a plataforma robótica permite melhor movimentação das pinças, ampliando as possibilidades de movimento do cirurgião, o que facilitará as anamastoses (costuras) ou ressecção de linfonodos (ínguas) que podem estar comprometidas por células neoplásicas).

“A principal diferença para o médico que comanda a cirurgia é que ao invés dele coordenar e controlar uma equipe ele conta com a precisão dos braços do robô. É um recurso que cada vez mais está se difundindo”, garante.

Segundo Cury, apesar de todas estas vantagens e da técnica não ser uma novidade, há poucos especialistas que fazem o procedimento porque a curva de aprendizado é longa e demanda múltiplos fatores como equipamento e infraestrutura adequada, o que se torna um problema. “A experiência e a habilidade contam na cirurgia minimamente invasiva da mesma forma que na cirurgia convencional aberta”.

A Clínica Franco e Rizzi tem unidade no Jabaquara: Rua dos Buritis, 128, conj. 503A. Telefone: 3845-5820. Site: www.francoerizzi.com.br

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