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Cultura

Biblioteca Viriato Correa será aberta também aos domingos

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Bibliotecas resistirão à internet? Se forem revitalizadas e se adaptarem a uma nova realidade, por que não? É nisso que aposta a Secretaria Municipal de Cultura que, esta semana, anunciou o projeto Biblioteca Viva.

As bibliotecas da Vila Mariana – Viriato Correa e Zalina Rolim – datam da década de 1950. No Jardim da Saúde, a Amadeu Amaral é da década de 1960. A “mais nova” é a biblioteca Paulo Duarte, que fica dentro do Centro Cultural do Jabaquara, construído em 1980. De lá para cá, a estrutura física dos imóveis pouco se modificou e foram raras as reformas. O acervo tem atualizações constantes, mas nem sempre bem divulgadas ou atraentes ao público que vive em megalivrarias de shopping centers.

Uma das mais recentes tentativas de atrair público às bibliotecas foi a “tematização” de algumas delas. Foi assim, por exemplo, que a Viriato Correa, até então uma biblioteca de acervo infanto-juvenil, transformou-se em Temática em Literatura Fantástica.  A novidade passou a atrair fãs de RPG (Role Playing Games) e de ficção científica, especialmente por conta das “jornadas noite adentro”, exibições de filme (a biblioteca conta com um auditório com equipamento de projeções), debates e outros eventos com convidados especiais.

Em recente entrevista ao jornal SP Zona Sul, entretanto, o ex-secretário da Cultura, Nabil Bonduki, admitia que a proposta é limitada porque o público interessado precisa, muitas vezes, se deslocar pela cidade para chegar à unidade temática de sua preferência.

Na região, ainda existem a Biblioteca Temática de Cinema Roberto Santos, no Ipiranga, e a Biblioteca Raul Bopp – Temática em Meio Ambiente, na Aclimação, Biblioteca Paulo Duarte – Temática em Cultura Afro-Brasileira, no Jabaquara.

Novos planos

Agora, a proposta é formar novos leitores e otimizar os espaços existentes.  A Secretaria promete programação regular, instalação de wi-fi gratuito, ampliação do funcionamento etc.

De acordo com a Secretaria, a principal mudança é que agora o foco será no leitor, não no livro. Este modelo, inspirado em iniciativas internacionais como as colocadas em prática em cidades como Medellín, na Colômbia, prevê ações que prometem transformar a relação dos leitores com esses espaços de diversão, cultura e lazer.

Ainda de acordo com a SMC, para transformar este papel essencial na formação dos cidadãos, as bibliotecas precisam ser notadas e valorizadas, cumprindo seu papel fundamental na relação com os leitores que já frequentam estes espaços e os potenciais.

Na região, a Viriato Correa já está se transformando: ganhou o wi fi. De acordo com a secretaria, na verdade todas ganharão o wi fi até abril e passarão também a abrir aos domingos, por um período de pelo menos quatro horas.

O acervo será mapeado e haverá mais oferta de lançamentos. Os livros, aliás, serão expostos pela capa e não mais pela lombada. Também serão adotadas novas categorias de organização como literatura policial, fantasia, mangás etc., que são mais atrativas para o público

Regularidade na oferta de dança, teatro, música, circo e outras atividades é outra proposta para transformar a biblioteca em um espaço de uso múltiplo.

Saraus literários itinerantes devem ser organizados e as bibliotecas ainda ganharão “embaixadores”, utores consagrados que apadrinham as bibliotecas e se envolvem na curadoria de programações literárias.

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