Saúde
Zona Sul tem centro oncológico
Foi entregue à população o Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas,, no Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, na Vila Santa Catarina, Zona Sul. O Centro disponibilizará ao cidadão paulistano tratamento de alta complexidade, com implemento de robótica, inédita em rede municipal do Sistema Único de Saúde (SUS).
O prefeito Ricardo Nunes fez a entrega do Centro e, visivelmente emocionado, afirmou que era um sonho do Prefeito Bruno Covas que os mais carentes da cidade tenham a mesma qualidade de atendimento na saúde que ele teve durante sua luta contra o câncer. A data marcou um ano desde a morte do prefeito Bruno Covas, vitimado por um câncer no sistema digestivo. Ele começou as tratativas para garantir o atendimento universal para a doença, via SUS, no município. Na época de seu tratamento, sentiu a necessidade de implementar o atendimento com a gestão da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
O prefeito Ricardo Nunes encarou como missão o desejo manifestado por seu antecessor.“A equipe da Prefeitura foi atrás de realizar o sonho e hoje concretizamos o que o Prefeito Bruno sempre buscou. Hoje, dia 16 de maio, marca um ano em memória ao Bruno e nossa homenagem é entregar um Centro contra o câncer com tudo que existe de alta tecnologia no combate à doença que o vitimou. Essa unidade vai honrar a memória do Prefeito Bruno. Aqui é um lugar que vai salvar muitas vidas”, declarou Ricardo Nunes.
Para o governador do Estado, Rodrigo Garcia, a parceria com a Prefeitura também permitiu a concretização do objetivo do Prefeito Bruno Covas. “O Centro representa ideia, sonho e escolhas permanentemente rememorados do Bruno. Sabemos que é um pequeno passo para grandes desafios, mas o caminho para atender a população mais carente é sem volta e mostra que estamos trabalhando pelo próximo”, frisou o governador.
O Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, também vai funcionar como centro educativo, com uma sala para disseminação de conhecimento, e conta ainda com tecnologia robótica avançada para cirurgias. “O robô que auxiliará nas cirurgias é o primeiro desse tipo em hospital público brasileiro”, disse o prefeito Ricardo Nunes.
“Estamos equipando o hospital Santa Catarina para ser referência em alta complexidade na rede municipal de São Paulo, e não somente para oncologia. Essa entrega é um salto de qualidade da assistência em saúde aos paulistanos. São infinitos os recursos oferecidos por esse equipamento à população. Graças ao programa Avança Saúde podemos oferecer essa unidade e outras dezenas de equipamentos aos cidadãos que mais necessitam, principalmente da periferia. A Prefeitura nos últimos anos fez uma revolução na saúde da cidade”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
O Centro
Com capacidade ambulatorial para atender 10 mil pacientes por mês, a unidade é gerenciada pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que já é responsável pela gestão do hospital. A estrutura física do centro oncológico, que é um dos legados pós-pandemia no município, é composta por 115 leitos de internação clínica e cirurgia oncológica, 40 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além de 23 consultórios.
Para oferecer o melhor serviço de medicina diagnóstica, o centro dispõe de dois equipamentos de tomografia, um de ressonância magnética, sete salas de intervenção por ultrassom, uma sala de histeroscopia, uma de cistoscopia, duas salas para endoscopia, colonoscopia e broncoscopia, entre outros espaços e equipamentos para exames.
A capacidade de atendimento inclui a realização de mais de 8 mil exames radiológicos e 450 cirurgias mensais.
Entre outros benefícios da nova estrutura para tratamento de câncer, destacam-se a farmácia oncológica de alto custo dentro da unidade, gerida pela Secretaria da Saúde.
Segundo o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner a parceria com a Prefeitura permite a instituição retornar o que o Hospital tem em know-how para a população da cidade.
“É um orgulho e honra participar desse avanço na saúde das pessoas mais carentes. O Einstein vai atender no Centro da mesma forma que atende nas suas unidades com consultas e equipamentos de diagnósticos. Caso ainda não estejam instalados alguns equipamentos, os cidadãos serão atendidos na Rede Einstein”, afirmou Klajner. “Para nós, não se trata de agradecimento e sim um privilégio do Einstein ajudar a Cidade de São Paulo para a oncologia se transformar em inclusão social”, completou o presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein, Claudio Luiz Lottenberg.
Investimento
A unidade para tratamento de alta complexidade teve investimento total de R$ 71 milhões – na soma dos valores empenhados pela prefeitura, pelo estado e pela Organização Social de Saúde (OSS) Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. A prefeitura investiu R$ 35 milhões e a Secretaria de Estado da Saúde, outros R$ 17 milhões. Já a OSS destinou R$ 19 milhões, incluindo o montante relativo a um moderno robô cirúrgico, de R$ 7 milhões.
Os agendamentos serão organizados pelo complexo regulador via plataforma Siga/SMS, por meio das unidades de saúde e dos hospitais municipais. A Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) tem a finalidade de regular a oferta assistencial disponível de acordo com as necessidades da população que utiliza o sistema público de saúde.