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Meio ambiente

Zona rural aumentará produção de orgânicos

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Plano Diretor Estratégico reserva 25% no extremo sul da capital paulista como área rural, onde haverá estímulo a pequenos agricultores

Em 2002, foi editada uma nova versão do Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade de São Paulo, que estabelecia o fim da demarcação de uma Zona Rural na cidade. Este ano, com a revisão da lei, a estratégia foi alterada e a cidade voltará a valorizar uma grande área para desenvolvimento sustentável, com estímulo à agricultura orgânica e familiar, proteção de mananciais hídricos e preservação de ecossistemas naturais, com incentivo a atividades econômicas que preservem estas condições.
O PDE fala em “manutenção e incentivo ao desenvolvimento de atividades agrícolas, social e ambientalmente sustentáveis, assegurando a condição rural dos imóveis e restringindo o parcelamento urbano da terra”. Para se ter uma ideia, a área protegida será equivalente a um quarto do total do território paulistano. São mais de 200 quilômetros quadrados nos distritos de Parelheiros, Grajaú e Marsilac, no extremo sul.
Uma das principais metas é incentivar a agricultura familiar e orgânica que, em grande medida, já ocupam aquela região. Com a oficialização do território como zona rural, os trabalhadores terão maior facilidade, por exemplo, em conseguir financiamento do governo federal para investir na produção.
Avalia-se que há grande interesse atual da população em consumir produtos orgânicos, mais saudáveis e de cultura menos danosa ao meio ambiente, pois evita contaminação do solo e da água. Entretanto, os produtos ainda são considerados caros pela população e o aumento da produção poderia baixar os preços e ampliar a capacidade de consumo.
Aprovado no final de junho pelos vereadores e sancionado pelo Prefeito Fernando Haddad, o Plano Diretor visa também a estimular uma melhora na qualidade de vida dos moradores, além de reduzir a vulnerabilidade e a exclusão socioambiental desses distritos que concentram índices de pobreza significativos e degradação ambiental.
Outra medida para estimular a agricultura orgânica na capital foi tomada em abril deste ano, quando a Secretaria do Trabalho lançou um edital de chamamento público aos produtores de agricultura familiar interessados em ocupar espaço público para comercialização de produtos orgânicos em feiras livres no município.
Na semana passada, também foi assinado outro decreto que permite a montagem de feiras orgânicas em espaços antes dedicados somente à prática esportiva, como Clubes da Comunidade e Clubes da Cidade.

 

Alimentos orgânicos não prejudicam o solo e são mais saudáveis, além de fomentar o trabalho de pequenos produtores. Preços devem cair com maior quantidade no mercado

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