Urbanismo
Zeladoria no Largo Ana Rosa ainda gera queixas: quem é responsável?
A Prefeitura Regional de Vila Mariana faz limpeza de escadarias, recolhimento de entulho, bagulhos e lixo, lavagem e manutenção do Largo Ana Rosa duas vezes por semana: todas as terças e quintas-feiras. A varrição do corredor comercial – tanto da Rua Vergueiro quanto da Rua Domingos de Morais, acontece até duas vezes ao dia. Ainda assim, o Largo permanece como um dos principais alvos de queixa da população da Vila Mariana. Por que?
A resposta não é única ou simples, nem aponta para um único responsável. É comum, por exemplo, que os leitores enviem ao jornal São Paulo Zona Sul fotos de lixo espalhado pelo Largo. Boa parte desse lixo, entretando, é fácil perceber, não vem das pessoas em situação de rua que ali vivem ou permanecem durante a semana, pedindo doações.
Grandes sacos de lixo são depositados pelo comércio local em plena luz do dia – o que representa crime ambiental e ação passível de multa. Empresas que geram muito lixo precisam contratar empresas particulares para fazer a coleta e, para economizar, muitas acabam recorrendo ao despejo irregular. “Sabemos disso, mas fica muito difícil identificar quem são os infratores”, comenta o prefeito regional de Vila Mariana, Benê Mascarenhas. “Mas, já foram lavradas diversas multas para tentar combater esse tipo de prática que só prejudica a manutenção da área”.
Pessoas em situação de rua
Outra situação de difícil solução é a questão de que vive nas ruas e de famílias que passam a semana no Largo – e em outros pontos de grande circulação na região – em busca de doações.
Há vários motivos. O mais conhecido é a própria crise econômica, que aumentou o número de pessoas morando em vias públicas ou pedintes. A Prefeitura faz a limpeza da área, mas não pode recolher pertences pessoais da população em situação de rua. “É sempre importante frisar que essas pessoas não são obrigadas a irem para abrigos ou saírem da área pública”, relembra o prefeito regional. Ele explica que a Prefeitura pode remover itens e materiais que impeçam a livre circulação ou caracterizem a fixação em local público.
As equipes avisam com antecedência que farão a limpeza, quem está no local recolhe seus pertences, a limpeza é feita e, logo em seguida, esses moradores de rua retornam.
Outro aspecto do problema é que muitas das doações – inclusive grandes objetos como sofás, camas e colchões – são doados à população em situação de rua por moradores do próprio bairro. “Dias após removermos vários desses objetos das ruas, voltamos lá e eles já ganharam outros”, confirma Benê Mascarenhas.
O problema se repete em áreas próximas como o canteiro central da Rua Domingos de Morais e as áreas verdes na Rua Bernardino de Campos, no Paraíso.
Concessão pública
Vale ainda destacar que o Governo do Estado tem projeto de conceder parte do Largo Ana Rosa à iniciativa privada, que poderá construir ali um edifício, sobre o terminal de ônibus.
As baias e pontos de transporte público deverão ser mantidos, mas a concessão permite uma área mínima de construção de aproximadamente 85 mil metros quadrados.
Ainda não é possível saber quais os planos para o terminal Ana Rosa, já que, de acordo com o metrô, caberá ao futuro concessionário identificar o potencial mercadológico de cada empreendimento de acordo com as características de cada região e terminal. Pela estação Ana Rosa do metrô, circulam aproximadamente 40 mil pessoas por dia.
SALVADOR SERRATO
21 de maio de 2019 at 16:20
Boa Tarde,
Não sei a data da matéria, mas hoje, 21/05/2019, estou encaminhando mais uma solicitação para que aluma ação aconteça. A matéria faz um retrato geral que eventualmente justifique a baderna que se encontra na Praça. Lamentavelmente, observamos uma expressiva quantidade de apetrechos na praça, pedintes nas imediações da mesma, dentro do metro, pedintes, não alguns chegam a extorsão, junto às Senhoras e Senhores Idosos, que transitam emoam na região. É importante imputar o rigor da lei, já que muitas mulheres fazem uso de bebes para mendigarem, o que é crime! O estado não pode acobertar esta ação criminosa, e muito menos, lavar as mãos diante da situação. Infelizmente percebemos que a maioria da equipe da Regional são comissionados, até que ponto podemos cobrá-los?