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História

Vizinhança da Casa Modernista teme danos por construção de prédio

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O Jornal Folha de S. Paulo publicou, na semana passada, denúncia de moradores da Vila Mariana sobre o andamento de um empreendimento imobiliário na Rua Domingos de Moraes, nas proximidades da estação Santa Cruz do Metrô. A comunidade local teme que as obras de construção dos edifícios venham a provocar trepidações e, consequentemente, comprometer a estrutura de casas vizinhas. Ali, há um agravante: na Rua Berta, várias casas são consideradas patrimônio histórico do município, porque foram projetadas pelo arquiteto modernista Gregori Warchavchik – o mesmo que planejou e morou no imóvel conhecido como Casa Modernista, na Rua Santa Cruz.
Dias depois, a Prefeitura soltou uma nota alegando que o projeto passou por análise do Conpresp, que é o órgão municipal de defesa do patrimôno histórico.
“O Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) esclarece que o projeto foi objeto de cuidadosa análise por parte da Seção de Crítica e Tombamento do setor, por se tratar não só de um conjunto tombado, como por constituir área envoltória da Casa Modernista, bem tombado pelo CONPRESP e CONDEPHAAT. A aprovação do empreendimento ocorreu porque o projeto proposto atende as diretrizes estabelecidas na legislação que incide sobre a área”, diz a nota.
A Casa Modernista está um pouco mais distante do canteiro de obras, mas as leis que regem a proteção do patrimônio historico não consideram apenas riscos estruturais aos imóveis protegidos.Também há preocupação em manter a “ambiência”, ou seja, características do entorno.
Segundo o DPH, a construção terá um distanciamento do fundo do lote em que se encontram as casas, e o gabarito estabelecido para as construções é de, inicialmente recuo de 3m e 15 metros com gabarito de 7 metros emoldurando o conjunto de casas. O õrgão ainda aponta que o edifício, de no máximo 30 metros e afastado das casas por outros 15 metros, vai garantir a preservação da “ambiência”.
A Prefeitura explica que também a Subprefeitura de Vila Mariana foi acionada para fiscalizar as obras, a pedido do Conpresp. A equipe que vistoriou o local considerou que o estado atual segue todas as determinações aprovadas pelos órgãos competentes e isto se estende até do stand de vendas do empreendimento.
Por outro lado, a Prefeitura alega que se manterá atenta à situação. “Estamos abertos a acolher quaisquer irregularidades que não correspondam à preservação adequada da nossa história e memória e que só pode ser compartilhada com seus herdeiros: a população de São Paulo”, conclui a nota.

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