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Segurança

Vila Mariana terá equipe para inibir casos de violência contra a mulher

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Quantos casos tristes de mulheres que são vítimas recorrentes de violência doméstica ganham destaque na imprensa semanalmente? Muitos, mas certamente em quantidade bem inferior ao que realmente acontece. Infelizmente, em algumas situações, mulheres chegam a sofrer lesões ainda mais graves ou até morrem após as novas investidas de seus agressores. Por conta disso, a Prefeitura de São Paulo instituiu há um ano um programa preventivo, inspirado em outro semelhante realizado no Rio Grande do Sul.
Chamado de Guardiã Maria da Penha, o serviço consiste em visitas surpresa de profissionais de segurança e assistência social aos endereços das vítimas, inclusive aquelas que tinham medida protetiva concedida pela justiça contra seus ex-parceiros. O programa começou restrito ao Bom Retiro, onde eram atendidas 84 mulheres – atualmente, 45 delas ainda estão no projeto. Mas, agora uma nova equipe foi criada e o trabalho será estendido para novos distritos da cidade, entre eles a Vila Mariana.
A expectativa da GCM é atender de forma fixa o dobro de casos do último ano. os guardas também passarão a realizar visitas a mulheres que tiveram seu pedido de medidas protetivas negados pela Justiça. A expectativa é que a visita a essas mulheres auxilie na avaliação da situação de risco para que, se for o caso, o GEVID possa buscar a alteração da decisão judicial.
Em um ano, os guardas que atuam no projeto realizaram 6.579 visitas. Somente cinco novas ocorrências foram registradas, sendo apenas duas de violência doméstica, uma delas com prisão em flagrante do agressor.
Em comparação, segundo dados do Mapa da Violência de 2012, do Instituto Sangari, a reincidência de violência doméstica contra mulheres chegou a 51,6%, números bastante superiores aos registrados pelo “Guardiã Maria da Penha”.
“Essa ampliação mostra que o Guardiã Maria da Penha não é mais um projeto e sim um programa da gestão, que com ações simples tem conseguido diminuir a reincidência da violência contra essas mulheres, inibindo o agressor e fazendo com que a lei seja cumprida. Isso também contribui na vizinhança, que sabe da presença dos guardas, e os crimes também diminuem no entorno”, afirmou o comandante da GCM, Gilson de Menezes. “Poderemos trabalhar em paralelo à vontade jurídica, que por vezes é burocrática ou mais demorada, oferecendo uma pronta resposta qualificada do poder público para essas mulheres que também estão em risco e precisam de apoio”, concluiu o comandante da guarda.
O programa é uma parceria entre as secretarias municipais de Segurança Urbana (SMSU) e de Políticas para as Mulheres com o Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (GEVID). O órgão do Ministério Público Estadual formou, nos últimos dias 11 e 12 de junho, mais 21 guardas para atuarem no serviço, possibilitando a ampliação.
Outros endereços
A região também conta com dois outros importantes endereços na defesa da mulher e combate à violência doméstica.
Um deles é a a Casa Eliane, que este ano completou 25 anos; foi inaugurada em março 1990 como resultado da ampla mobilização do movimento feminista na época. Fica na Rua Dr. Bacelar, 20 – Vila Clementino – telefones: 5549-9339 e 5549-0335.
O outro é a Segunda Delegacia de Defesa da Mulher, que atende de segunda a sexta, das 9h às 19h e conta com atendimento especializado a mulheres vítimas de violência. Fica na Avenida 11 de Junho, 89 – Vila Clementino. Telefone: 5084-2579.

 

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