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Saúde

Vila Mariana ganha unidade de atendimento a população de rua

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Há um mês, foi inaugurado na Rua Madre Cabrini um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e uma unidade do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) – os dois terão serviços voltados à população considerada “em vulnerabilidade social”. Na inauguração do serviço, o prefeito Gilberto Kassab afirmou que o bairro, embora seja de classe média, apresentava esta carência. “Agora, essa população não precisará se deslocar para regiões vizinhas”, disse.

O Creas proporciona atendimento à população em situação de rua e trabalha de forma integrada com o CRAS. O objetivo é orientar em situações das violações dos direitos, como violência doméstica, exploração sexual e trabalho infantil. Uma equipe multidisciplinar formada por assistentes sociais, psicólogos e advogado será responsável pelo acolhimento dos usuários, bem como pelo encaminhamento aos serviços da rede socioassistencial, saúde, educação e aos órgãos de defesa dos direitos.

A nova unidade do CRAS Vila Mariana tem capacidade para atender 5.000 pessoas por mês e conta com salas de atendimento individual e para atividade em grupo, sala de apoio técnico, fraldário, banheiro para deficientes, além de um espaço lúdico para entreter as crianças que acompanham os pais. Já o CREAS Vila Mariana tem capacidade para atender 120 famílias por mês e conta com salas para atendimento, fraldário e banheiro adaptado para deficientes. Os usuários do serviço vão ter acesso a benefícios diversos, entre eles, a inclusão nos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, o Renda Mínima e o Renda Cidadã, apoio, orientação e encaminhamentos para a rede assistencial.

Os Centros de Referência de Assistência Social funcionavam dentro das subprefeituras da Capital. Com a descentralização, o serviço fica mais próximo da população o que pode ser verificado nos números de atendimentos realizados.

O CRAS e o CREAS Vila Mariana estão instalados na Rua Madre Cabrini, 99. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

No fim de ano, cresce prática de esmolas em semáforos da região

Fim de ano é tempo de solidariedade… e de crescimento do número de moradores de rua pedindo esmolas em semáforos. O consumismo exagerado da época contrasta com esse cenário de miséria que se espalha pela cidade. Será por isso que tantas pessoas passam a oferecer doações pelas esquinas da cidade? São brinquedos, roupas usadas, dinheiro, comida… Se por um lado crescem as reclamações e denúncias de ruas, praças e baixos de viadutos ocupados por moradores de rua, por outro aumenta o número dos doadores.

O tema é polêmico: muitos acreditam que essa oferta apenas perpetua a situação de rua dos moradores, a exploração das crianças; outros avaliam que se trata de questão de humanidade, de contribuir minimamente para reduzir as carências de que não tem alternativa ou sofre para alcançar a reinserção social.

O que ninguém discorda é de que a essa população deve ser apresentada, pelo menos, a alternativa de sair das ruas, obter emprego ou atendimento de saúde. Com a epidemia do crack, a situação fica ainda mais complexa. No Conselho Comunitário do Jabaquara, o delegado Genésio Leo Junior vem insistindo para que a população não entregue qualquer quantia ou alimento aos moradores de rua. “Também tentamos convencer entidades assistenciais a desenvolver o trabalho humanitário de outra forma, não levando as doações às ruas”, diz ele. É bem verdade que sob vários viadutos da região é comum encontrar vans, de grupos humanitários, fazendo entrega de “sopões” ou até brinquedos de Natal para crianças que estão pedindo esmolas em semáforos. Muitos católicos e cristãos encaram o ato de dar contribuições aos pobres como hábito religioso.  O ideal, segundo o delegado, é que este atendimento seja feito nas sedes das entidades ou em locais fechados. Nesta fase do ano, muitas das famílias pedintes em semáforos não são moradoras de rua e, sim, pessoas que saem de suas casas para buscar ajuda nos cruzamentos.

Os defensores das doações a famílias carentes ainda avaliam que está sendo suprida uma lacuna na atuação do poder público, pois não há atendimento psiquiátrico, educacional ou mesmo habitacional. Além disso, vale destacar que a liberdade individual é prevista na Constituição Brasileira, ou seja, ninguém que vive nas ruas pode ser obrigado a dormir em um albergue ou deixar de ocupar uma praça.

De qualquer forma, vale lembrar, mesmo respeitando a decisão de cada ser que habita as ruas da capital, que o ideal é prestar auxílio sempre através de instituições sérias e que não prestem solidariedade pelas ruas.

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2 Comentários

2 Comments

  1. Adriana Campos

    15 de maio de 2013 at 20:55

    Boa noite, gostaria de saber se vcs tem curso de corte costura e panificação para oferecer p quem está desembregado.
    obrigada

  2. Maria Ruth Faria Soares

    23 de julho de 2019 at 16:41

    Pelo amor de Deus quero agendar um horário para atualizar meu cadastro

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