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Saúde

Vila Mariana e Jabaquara já registram casos de dengue

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Há algumas semanas, o levantamento de casos de dengue na cidade não trazia um relato sequer de pessoas doentes na área da Subprefeitura de Vila Mariana, incluindo aí moradores dos distritos de Moema, Saúde e Vila Mariana. Só no Jabaquara era registrado um único caso de dengue e nenhum da febre chikunguya. Agora, no quinto levantamento divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde, o quadro mostra o que já se alertava: é preciso estar atento porque a epidemia se alastra rapidamente.
O balanço divulgado ontem sobre a situação da dengue até a décima semana epidemiológica traz cinco registros em Moema, outros sete na saúde e 10 na Vila Mariana. O Jabaquara pulou para 38 casos. No Ipiranga foram registrados até então 23 casos e no Cursino outros 17.
A maior taxa de incidência, ou seja, a região que concentra maior número de casos para cada 100 mil habitantes é o Ipiranga.
Ainda assim, o número de casos permanece bem abaixo daquele registrado em 2014. Vale ressaltar, entretanto, que o mosquito da dengue só transmite a doença depois de picar alguém contaminado. Portanto, quanto maior o número de casos em uma determinada área, maior a chance de a doença se espalhar.
Em toda a cidade, no período de 4 de janeiro a 14 de março, 15.789 casos foram notificados e 4.436 foram confirmados autóctones (contraídos no município). No mesmo período de 2014, a cidade teve 4.326 casos notificados e, destes, 1.412 autóctones confirmados. Cerca de 47,5% dos casos estão concentrados na zona norte de São Paulo.
Na capital paulista, a taxa de incidência até março é de 29,9 casos por cem mil habitantes. Para o mesmo período, em todo o Estado, a taca chega a 191,6, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em outras grandes cidades do Estado, como Campinas e Sorocaba a taxas de incidência está em: 477,4 e 1.246,7, respectivamente. Em todo o Brasil, foram registrados 224.101 casos e a taxa de incidência é de 110,5. Somente o Estado de São Paulo é responsável por 55,2% dos casos.
Segundo o secretário da Saúde, a situação é preocupante, mas ainda não atinge o mesmo nível de incidência observado no estado.
“Mesmo a região norte, está abaixo da incidência apresentada no Estado de São Paulo e isso não é menosprezar a importância de estarmos aqui e da dengue. Estou falando que a situação de São Paulo, apesar de tudo, com seus 12 milhões de habitantes, está em uma situação de risco menor hoje que o Estado pensado como um todo”, afirmou Puccini.
Durante todo o ano de 2014 a capital registrou 28.990 casos autóctones (97,7% ocorreram no primeiro semestre), com 14 óbitos ao longo do ano. Em 2015, a estimativa da Secretaria Municipal de Saúde, baseada no coeficiente de incidência das primeiras oito semanas e na taxa de positividade dos exames feitos no laboratório municipal, é que o número pode ser até três vezes maior. Apesar do aumento, a taxa de letalidade do município é semelhante a apresentada no ano passado, com 0,045% ante a 0,048% em 2014.
Dois óbitos pela doença foram confirmados até agora na cidade de São Paulo. Um óbito de uma senhora de 84 anos, moradora da Brasilândia, ocorrido no dia 28 de janeiro, foi confirmado e de um garoto de 11 anos, morador do Jardim Ângela, ocorrido no dia 9 de março. O caso do óbito de um homem de 35 anos que foi internado no Hospital São Lucas, em Diadema, segue em investigação, com apoio do Instituto Médico Legal (IML). Já para a febre chikungunya, neste ano, não há registro de casos autóctones, mas foram registrados quatro casos importados, todos de fora do país.
A Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) considera que o aumento dos casos neste ano está associado ao calor, que acelera o desenvolvimento do mosquito e ao acúmulo de água limpa sem proteção, devido à crise de abastecimento dos últimos meses.

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