Urbanismo
Vila Campestre protesta contra desapropriações
Moradores da Vila Campestre, bairro do distrito Jabaquara, foram às ruas no Domingo protestar contra um decreto publicado pela Prefeitura em julho, que tornou de interesse público uma área de mais de 22 mim metros quadrados no bairro, onde existem mais de 300 imóveis. O objetivo é a desapropriação e demolição dos imóveis para construir uma garagem de ônibus.
Revoltados, os moradores pedem o cancelamento do decreto e prometem entrar na Justiça para impedir as desapropriações. “Eles disseram ao jornal São Paulo Zona Sul que outras 50 áreas já foram desapropriadas na cidade. Mas nenhuma delas tinha moradias”, disse esta semana o deputado federal Arnaldo Faria de Sá.
Procurada novamente, a SPTrans confirmou que as demais áreas desapropriadas para atender ao novo sistema de concessão de transporte público são todas garagens de empresas de ônibus. “Os cerca de 50 decretos visam a tornar pública áreas onde atualmente operam esses equipamentos, visando consolidar e assegurar a atual infraestrutura do sistema de transporte, tendo em vista que as garagens, bem como os terminais, formam a base em primeiro nível sobre a qual se apoia toda a operação da rede”, diz a nota.
De acordo com a SPTrans, no caso da região sul não foi possível manter a atual área de operação, já que “para o local onde funciona atualmente uma garagem já havia desapropriação anterior, relacionada à Operação Urbana Água Espraiada, para implantação de parque necessário à recuperação ambiental da região”. A empresa diz que a região atende cerca de 150 mil passageiros/dia útil, que realizam cerca de 2.200 viagens/dia.
A SPTrans diz que a escolha se deu, entre outros motivos, para buscar ao máximo a redução de quilometragem ociosa e para obter uma área com topografia favorável à instalação da infraestrutura necessária à operação, além de local com viário adequado para a saída dos veículos de grande porte, minimizando impactos negativos no entorno.
Os moradores, entretanto, discordam. Dizem que além de prejudicar os proprietários dos imóveis desapropriados, a nova garagem trará transtornos a todo bairro pela intensa e diária circulação dos ônibus. “Não estão pensando na população, todo o bairro está revoltado ”diz Silvia Celotto, presidente da Associação dos Moradores da Vila Campestre.
Lucy Izar P. Dos Santos
4 de novembro de 2021 at 18:48
Sou Lucy Izar, fundei a Primeira Escola Municipal da Vila Campestre.
A Escolinha funcionava no armazém da venda do Sr. ARTHUR.E os alunos sentavam em bancos improvisados com uma tábua comprida apoiada por dois caixotinhos. Depois de uns dias o Prefeito Toledo Pizza mandou construir o galpão de madeira com duas salas que atendia em dois períodos.
Saúdo os manifestantes. Hoje tenho quase 90 anos e resido em outro Estado.