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Saúde

Vereadores discutiram futuro do Hospital Santa Marina

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A gestante que vive no Jabaquara não encontra nas proximidades um único hospital público próximo em que ela possa ter atendimento. “Nós realizávamos, por exemplo, partos de risco e éramos procurados por muitas gestantes. Hoje, muitas delas têm que atravessar a cidade para terem seus filhos”, lembrou, esta semana, o o ex-diretor do Hospital Santa Marina, Paulo César Fernandes David, ressaltando a importância daquele equipamento para a população de menor poder aquisitivo. Ele e vários vereadores, além do procurador Geral do Município, participaram de uma audiência pública realizada pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher na tarde desta quarta-feira (2/10) no Salão Nobre da Câmara Municipal para discutir o futuro do Santa Marina.

Fechado desde 2011 por falência, o hospital foi arrematado em leilão determinado pela Justiça do Trabalho. Mas, no mesmo dia em que o prédio foi comprado pela operadora de saúde Amil, a Prefeitura havia publicado, em Diário Oficial, um Decreto de Utilidade Pública para a área. Agora, a municipalidade tenta negociar com a Amil a compra do equipamento, nas condições e com os equipamentos adquiridos. Os vereadores questionaram, durante a audiência, se o juiz do trabalho não deveria ter suspendido o leilão, já que a publicação do decreto foi anterior à sua realização.

O Hospital Santa Marina, que já atendeu pelo SUS, durante muito tempo foi uma das poucas opções: eram realizados ali mais de 800 partos por mês, entre eles vários de gestações de risco. “Além disso, éramos um dos poucos hospitais públicos da cidade a possuir uma câmara hiperbárica”, disse o ex-diretor, citando equipamento hospitalar em que pacientes ficam por até duas horas a uma pressão superior à do nível do mar, respirando oxigênio 100% puro.

Em uma área de 15 mil metros quadrados, o hospital tinha prédio que dispunha de 265 leitos e aproximadamente 1,2 mil funcionários.

Na audiência pública, o vereador Gilberto Natalini (PV), ainda disse que há interesse da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em gerenciar a instituição e transformá-la em um equipamento médico público qualificado. “Isso dá mais força para anular o leilão, pois abre uma possibilidade de negociação com a Amil”, disse.

 

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