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Ecourbis

Tecnologia aprimora coleta de resíduos

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Um dos principais desafios da humanidade nos tempos atuais é promover uma transição energética. Além disso, garantir que haja desenvolvimento social a partir da economia circular, ou seja, reduzir ao máximo a geração de resíduos e poluição no planeta a partir de reaproveitamento e reciclagem. No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a capital paulista mostrou que caminha nesse sentido .

Em março, a cidade ganhou os primeiros 22 caminhões compactadores movidos a biometano, gás extraído a partir dos próprios resíduos depositados no Aterro Sanitário CTL – Central de Tratamento de Resíduos Leste,, gerenciado pela concessionária Ecourbis Ambiental. A empresa é responsável pela coleta e destinação final de resíduos nas regiões Sul e Leste do município.

Até outubro, serão 158 veículos com energia limpa:  147 movidos a gás biometano e outros 11 elétricos, representando avanços em direção à mudança de matriz energética na metrópole. Mais do que isso, um exemplo em economia circular – afinal, o combustível dos caminhões que coletam resíduos vem dos gás extraído dos próprios resíduos.

Caminhões com carga lateral

Agora, essa frota foi mais uma vez ampliada e, mais do que isso, ganhou em tecnologia que vai trazer comodidade e praticidade aos paulistanos.

Novos caminhões de coleta foram inseridos na frota da Ecourbis com o diferencial de ter uma estrutura de “carga lateral”. Braços mecânicos instalados na lateral dos veículos levantam contêineres especialmente desenvolvidos para esse tipo de ação.

Aos poucos, alguns bairros da capital passarão a contar com uma coleta em que o morador não precisa mais esperar pelo dia da coleta. Ou ainda: se esquecer de disponibilizar os resíduos ensacados no horário correto, poderão levá-lo até os contêineres em qualquer horário. Eles contam com uma alavanca, que é acionada pelos pés, e levanta a tampa para que os resíduos possam ser descartados.

Quando o caminhão passar, engata esse contêiner e despeja todo o material coletado, compactando-o e fechando hermeticamente.

Equipamento totalmente nacional, desenvolvido no interior paulista, esse caminhão com carga lateral tem operação vantajosa. Contam com a capacidade de recolher caçambas inteiras em uma única ação e o fechamento hermético ainda auxilia na redução de odores na passagem do veículo e maior higiene.

A coleta por caminhões de carga lateral será implantada em áreas previamente determinadas, mas a tradicional continuará ocorrendo normalmente, sem qualquer mudança. Isso porque cada região tem suas características, como largura das vias, volume de trânsito e características urbanísticas diversas.

Aliás, saber o horário da coleta, comum ou de recicláveis, em cada rua da cidade é bem simples. Essas informações constam do site da concessionária – ecourbis.com.br – na aba Horário da Coleta.

Qualquer que seja o tipo de coleta, é importante manter alguns hábitos para garantir a limpeza pública. Use sempre embalagens resistentes para armazenar os resíduos, feche com nós bem feitos e, sobretudo, separe o material reciclável para que possa ser reaproveitado, auxilie na geração de renda para centenas de famílias de catadores conveniados à Prefeitura e, por fim, não seja enviado ao aterro onde ocupará espaço desnecessariamente.

Carretas a biometano

Na ação denominada Junho Verde, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Ecourbis ainda entregou carretas igualmente movidas a biometano.

As carretas são outra importante ferramenta no processo de coleta de resíduos na capital. Elas transportam resíduos das Estações de Transferência Santo Amaro e Vergueiro até o aterro CTL, em Sapopemba, em maior volume.

Ou seja, em vez de todos os caminhões da coleta precisarem atravessar a cidade, essas carretas têm capacidade de levar o equivalente a mais de dois caminhões comuns em uma única viagem. Os novos veículos apresentados no evento Junho Verde terão, portanto, ainda a vantagem de reduzir impactos no trânsito e no consumo de combustível.

Vale destacar que cada veículo movido a diesel consome 35 mil litros de combustível por ano e que os veículos movidos a biometano reduzem em até 95% a geração de gases de efeito estufa. Sem falar, claro, no conceito estreitamente ligado à economia circular, já que se trata de uma matriz energética que surge do próprio “lixo”. 

Frota nova e sustentável

Além dos 147 veículos movidos a biometano que serão inseridos na frota até outubro, há também veículos elétricos especiais que fazem o transporte de Resíduos de Saúde, uma carga especial, removida de consultórios, clínicas, hospitais e outros equipamentos de saúde que requerem atenção diferenciada.

A Ecourbis também tem quadriciclos elétricos em sua nova frota de matriz energética diferenciada. Esses veículos são importantes para a coleta em ruas muito estreitas e comunidades, por conta da dimensão adequada e agilidade nessas áreas.

“A frota será totalmente formada por veículos movidos à energia limpa e isso é muito significativo para cidade de São Paulo”, aponta o diretor-presidente da SP Regula, João Manoel da Costa Neto, destacando que a Prefeitura de São Paulo segue trabalhando para que a cidade seja cada vez mais sustentável. A iniciativa está alinhada às diretrizes do Plano de Ação Climática do Município de São Paulo (PlanClima SP).

No total, 780 mil litros por ano deixarão de ser consumidos, o que resulta na redução de milhares de toneladas de dióxido de carbono (CO2). Essa redução é equivalente à retirada de cerca de 430 veículos de passeio das ruas ou à redução da emissão de gases de efeito estufa equivalente à energia consumida por cerca de 1.100 residências por um ano.

A redução de 35 mil litros de óleo diesel por mês pode diminuir as emissões de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos em significativas proporções.

Usina de  biometano

A usina que gera o gás biometano para abastecer os caminhões foi implantada no aterro sanitário CTL – Central de Tratamento de Resíduos Leste, em São Mateus. Lá, será construído um Ecoparque, com diferentes tecnologias para tratar e valorizar os resíduos.

Haverá ampliação da coleta seletiva, uso do gás biometano e tratamento térmico, com capacidade de 1.000 toneladas de lixo por dia. Vale destacar que hoje são coletadas 12.000 toneladas de resíduos por dia na cidade.

O objetivo é fazer com que nas duas próximas décadas a cidade aproveite ao máximo os resíduos que gera. Plantas de separação mecânica para o material reciclado, para venda do reciclado e para a produção do CDR (Combustível Derivado de Resíduo), que pode ser utilizado como fonte energética é o objetivo central.

O presidente da Ecourbis Ambiental, Ervino Nitz Filho, destaca que a geração de energia a partir dos resíduos de um Ecoparque poderá abastecer 25% da iluminação pública de São Paulo.

Em breve, serão entregues ainda duas plantas de tratamento térmico e recuperação energética, uma na Zona Sul e outra na Zona Leste, onde vai ser feito todo o tratamento de resíduos gerando energia.

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