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Meio ambiente

Sustentabilidade: acima da competição

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Consumidores devem estar atentos a empresas que respeitam meio ambiente e não contraram mão-de-obra infantil ou escrava

De que adianta estabelecer uma competição no mundo dos negócios que resulte em prejuízos futuros para todos – empresários e consumidores? Esta é uma das questões apontadas pelo Instituto Akatu nos Dez Caminhos para a Produção e Consumo Conscientes, que o jornal São Paulo Zona Sul está abordando quinzenalmente.
Não é só o consumidor final que deve estar atento e evitar danos ao meio ambiente – comerciantes, prestadores de serviços, indústrias e grandes empresas do varejo também têm sua parcela de responsabilidade. De qualquer forma, cabe ao consumidor estar atento às práticas adotadas pelas empresas em que costuma investir.
Conquistar menor preço graças a práticas como a exploração do trabalho infantil ou análogo ao escravo não é correto. Para melhorar o nível do serviço e reduzir custos e emissões de carbono, empresas varejistas e indústrias de grande porte têm percebido que a transformação vem de forma coletiva.
Por isso, são importantes os pactos – não só contra o Trabalho Infantil e Escravo como também para evitar a destruição de matas nativas para cultivo da soja ou criação de gado, como o Pacto da Carne e da Soja. As empresas signatárias discutem e implementam conjuntamente estratégias de resolução desses problemas em suas cadeias produtivas, compartilham informações sobre as condições de fornecedores, e, gradualmente, reduzem até o desaparecimento as práticas condenáveis.
Há empresas, atualmente, que chegam a combinar o transporte conjunto de produtos de suas lojas, ainda que concorrentes, de forma a evitar o trânsito e o gasto de combustível. Em vários setores, há acordos para garantir redução de custos sem que implique em agressões ao meio ambiente ou ações antiéticas e contrárias aos conceitos de sustentabilidade.
Vale destacar que não são apenas as grandes corporações que têm este tipo de obrigação, para superar a concorrência. O nono caminho para o Consumo e Produção Consciente indicado pelo Akatu – “A cooperação para a Sustentabilidade mais do que a Competição” – deve valer para qualquer profissional liberal, pequeno escritório ou loja. Trabalhar de forma consciente e evitar o desperdício de recursos naturais é dever de todos e ainda pode gerar economia.
O consumidor, por sua vez, deve estar atento em todos os casos. Evite, por exemplo, frequentar bares de praia ou barracas de artesanato que usam mão-de-obra infantil. Não compre produtos de marcas denunciadas pela contratação de pessoas em situação análoga à escrava.

 

Por pacto, Indústrias só compram soja que não seja produzida em áreas desmatadas

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