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Saúde

Sinalização para deficientes visuais é fraca na região

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Duas fortes entidades de atendimento a deficientes visuais têm sede na região: o CADEVI, em Mirandópolis, e a Fundação Dorina Nowill, na Vila Clementino. Em ambas, as pessoas que tem visão subnormal ou não enxergam são ensinadas a caminhar com autonomia pela cidade. Mas, se esta já é uma tarefa difícil para quem vê as calçadas e a sinalização de trânsito, dá para imaginar as dificuldades que os deficientes encontram.

Hoje, na cidade de São Paulo, há apenas um único semáforo sonoro – daqueles que o deficiente visual aperta um botão e ouve quando o semáforo está aberto a ele.

A Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, que tem sede na Barra Funda, fez um recente levantamento sobre os semáforos de tecnologia assistiva, como são definidos estes aparelhos, na cidade de São Paulo.

A entidade aponta que, efetivamente, a locomoção está entre as principais dificuldades dos cegos e pessoas com baixa visão.

De acordo com João Felippe, professor de orientação e mobilidade da Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, “a cidade de São Paulo possui apenas cinco equipamentos sonorizados para orientar a travessia de pessoas com deficiência visual”.

Segundo o levantamento feito pela entidade, um dos semáforos está em frente à própria Laramara (Rua Conselheiro Brotero nº 338 – Barra Funda); ali ao lado, no Cruzamento da rua Conselheiro Brotero e a rua Brigadeiro Galvão – Barra Funda; na Rua Vergueiro – Paraíso (em frente ao Centro Cultural São Paulo); na Avenida Nazaré – Ipiranga (próximo ao Instituto de Cegos Padre Chico); e na Rua Pensilvânia, 115 – Brooklin  (em frente ao Centro de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE).

Outros estados enfrentam o mesmo problema, além de São Paulo. “Existem várias cidades brasileiras com semáforos sonoros, mas o número não é significativo. Não existe norma técnica e, tampouco, uma política definida sobre a colocação desses equipamentos”, ressalta Felippe.

Em algumas cidades de países, como Espanha, Portugal, Reino Unido, França, Suécia, Dinamarca, Holanda, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Austrália, já está incorporada na política de mobilidade urbana a instalação de semáforos sonoros e informações sonorizadas em pontos de ônibus, estações de trens, metrô e outros serviços, que atende ao conceito da acessibilidade universal.

Região

Em frente à Dorina Nowill, na Rua Dr. Diogo de Faria, já existiu um equipamento sonoro deste tipo, mas ele foi removido. Atualmente, não há nem semáforo comum para pedestres ali, no quarteirão entre as ruas Marselhesa e Botucatu.

No caso do Cadevi, em Mirandópolis, a CET recentemente prometeu readequar a sinalização de travessia nas proximidades de sua sede, na Rua Heliotrópios, em um projeto no largo formado no entrocamento com vias próximas.

Procurada pelo jornal São Paulo Zona Sul, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), admitiu que não há projetos, no momento, direcionados a deficientes visuais. E a CET ainda informa que, na verdade, existe apenas um semáforo sonoro em fase de teste em operação na cidade, que seria o localizado na Rua Conselheiro Brotero, 338, próximo à Instituição Laramara, na região central.

 

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2 Comentários

1 Comentário

  1. Augusto

    13 de agosto de 2014 at 9:48

    Prezados,
    Já não é a primeira vez que leio esta notícia. Tenho uma sugestão aos senhores. Sabendo que a CET é uma empresa mista e por isso ela pode utilizar o nome “Engenharia” os senhores podem fazer duas coias:
    1 – Se o engenheiro responsável pela CET é obrigado a seguir ordens de um prefeito que não entende nada de engenharia então ele não pode ser responsável perante ao CREA pela companhia que administra. Conclusão a CET não pode utilizar o nome de “Engenharia”.
    2 – Se ele não é obrigado a seguir as ordens de um prefeito que não entende nada de engenharia e é responsável perante ao CREA pela companhia que administra. Conclusão ele não está fazendo o serviço corretamente logo o CREA pode obriga-lo a executar o serviço corretamente fazendo com que ele coloque os semáforos audíveis para as pessoas que sejam portadoras de deficiência visual ou o CREA pode fazer a ele uma censura pública.
    A outra maneira é entrar com um pedido no ministério público estadual para obrigar a CET instalar os semáforos audíveis.

  2. Pingback: sobre “travessia de pessoas com deficiência visual” em São Paulo no Jornal Zona Sul – LevanteBH

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