Ecourbis
Siga boas ideias em coleta seletiva
Compartilhar, inspirar, reciclar, reaproveitar… Todos esses são verbos que devem ser constantemente usados quando se trata de pensar no planeta, na preservação da natureza, na conservação de recursos para as próximas gerações e até mesmo em saúde pública. Vale lembrar que um ambiente mais limpo, sem poluição, com equilíbrio entre ecossistemas, tem menos chance de provocar doenças, epidemias, para além das catástrofes ambientais e danos provocados por enchentes, desmoronamentos, tempestades intensas, aumento do nível do mar…
A partir desse princípio, podemos concluir que uma boa maneira de agir individual ou coletivamente é por meio de exemplos. Copiar boas iniciativas e também inspirar outras pessoas a seguir exemplos é fundamental para ampliar os resultados de políticas públicas.
Sabemos que mudanças reais e práticas só se concretizam a partir da união de esforços: a responsabilidade é conjunta entre poder público, iniciativa privada (indústria, agronegócio e varejo) e comunidade.
Então, que tal se inspirar em algumas iniciativas de sucesso em coleta seletiva? O índice de reciclagem na cidade ainda é muito baixo e especialistas apontam que não se trata apenas de uma questão de informação, mas sim de engajamento. Ou seja, a população conhece a coleta seletiva e as ações públicas para ampliar o nível de reciclagem, mas poucos ainda se empolgam em fazer algo muito simples que é a separação do lixo em dois: o comum (restos de comida, sujeira de varrição, resíduos de banheiro, itens engordurados) e o reciclável (essencialmente embalagens e outros produtos de papel, plástico, vidro e metal).
Depois, basta embalar corretamente e ficar atento ao horário em que cada equipe de coleta passa em sua rua.
Nas zonas sul e leste da capital, tanto a coleta seletiva quanto a tradicional são serviços prestados pela Ecourbis Ambiental. Para saber a data e o horário em que cada equipe e cada caminhão passa em sua rua, basta acessar o site.
Brincadeira sustentável
Quando se trata de meio ambiente, muitas vezes as crianças sabem até mais do que os adultos como agir. Nas escolas, elas aprendem a transformar materiais recicláveis em novos objetos, aprendem a separar o lixo em dois – comum e reciclável.
Mas, é muito importante que esses hábitos sejam reproduzidos em ambiente doméstico. Manter uma lixeira para os recicláveis e outra diferente para o lixo comum é uma boa ideia na rotina familiar. Oriente sempre as crianças para que participem desse processo de separação.
Outra boa ideia é fazer com que as crianças prestem sempre atenção aos resíduos gerados. Os pais devem dar o exemplo e também orientar as crianças para que não sobre comida no prato, por exemplo. Servir-se em pequenas quantidades e, se necessário repetir é um ensinamento importante não só pela economia como também por reduzir o lixo doméstico.
Algumas famílias fazem “gincanas” e outras brincadeiras divertidas em casa, engajando as crianças e jovens em missões como a redução do lixo, a diminuição do valor das contas de água e luz, o incentivo ao reaproveitamento de embalagens, o desprezo a brindes de baixa durabilidade…
Também é divertido ensinar a família toda sobre a importância de proteger a natureza e cuidar do descarte correto de resíduos em piqueniques. A escolha de alimentos saudáveis, o acondicionamento do lixo gerado, a diversão longe das telas e em contato com ambientes ao ar livre ensina muito sobre sustentabilidade.
Ações no condomínio
Para quem mora em prédios, uma dica legal é seguir o exemplo de ações já adotadas em vários condomínios: a adoção de caixas específicas.
O contêiner de recicláveis já é bastante comum em muitos. No site ecourbis.com.br é possível solicitar para seu prédio e ver se está enquadrado nas normas.
Há, ainda, diversas iniciativas interessantes no que diz respeito à destinação final de resíduos em condomínios. Manter uma caixa de doações, por exemplo, destinada a alguma entidade assistencial de escolha dos moradores, sempre lembrando daquela orientação: só doe coisas em bom estado e funcionando.
Outros mantêm caixas para pilhas e baterias ou lixo eletrônico, que depois de armazenar determinada quantidade pode ser levado a organizações não governamentais que usam esses equipamentos para aulas técnicas de assistência em informática, por exemplo.
A Coopermiti é mais uma alternativa – a cooperativa retira grandes quantidades de lixo eletrônico de condomínios ou empresas – detalhes aqui .
Coletar tampinhas plásticas ou anéis de alumínio das latinhas de bebida são programas comuns em alguns condomínios que juntam esse material para doar a Organizações Não Governamentais que trabalham com projetos nesse sentido.
Organizar feiras de trocas (de livros, brinquedos, roupas, uniformes escolares) é igualmente uma ideia legal para quem mora em condomínios. Além de divertido para a garotada, garantindo novos produtos sem custos, contribui na redução da geração de resíduos e cria a consciência sobre a importância de compartilhar em lugar do consumo não consciente.
Vizinhança solidária
São bastante comuns, na atualidade, os grupos de vizinhos em aplicativos de mensagens instantâneas.
Em geral, esses grupos são formados para troca de informações e prática de cidadania, ampliar ações de segurança ou mesmo para divulgar bons negócios entre os membros de uma mesma comunidade.
Que tal aproveitar esse contato para divulgar ações relacionadas à limpeza pública em seu bairro, divulgando o horário da coleta seletiva e da tradicional, trocando informações sobre como separar os recicláveis em casa, qual o destino correto de cada tipo de material?
Os grupos ainda podem organizar coletas de doações para ONGs ou piqueniques e outras ações coletivas de preservação da natureza.
Estimular o consumo no comércio local é mais uma medida importante, já que fomenta a economia do bairro, gera empregos, melhora qualidade de vida e reduz a pressão sobre o transporte público. Interagir com comerciantes ainda pode garantir medidas de responsabilidade comum no descarte correto do lixo no bairro: vale lembrar que todos os estabelecimentos que geram mais de 200 litros de resíduos por dia precisam contratar empresa para descarte do lixo.
Lixo zero na comunidade
É possível ainda desenvolver projetos em diferentes frentes – escolas, comerciantes, associações de moradores, condomínios – em busca da redução de resíduos em uma região.
Nesses ambientes, sempre é possível compartilhar informações sobre a forma correta de embalar o lixo para que não estourem ou sejam levados pela enxurrada em dias de coleta, sobre o respeito às equipes e caminhões que prestam esse tipo de serviço no bairro, divulgar as datas de coleta, indicar os endereços de Postos de Entrega Voluntária (PEVs) e ecopontos locais, datas de Operação Cata Bagulho…
Grupos em redes sociais também podem contribuir nessa troca sustentável. O importante é manter o assunto em destaque para garantir uma cidade mais limpa e humana no futuro.