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Sete hábitos de consumo para abandonar

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A sociedade moderna, por conta de avanços tecnológicos, facilitou muito a vida cotidiana das famílias. Mas, essas facilidades, em muitas situações, representam ampliação significativa da geração de resíduos.

A menor durabilidade dos produtos, o alto valor para consertos, o excesso de produtos e opções disponíveis são alguns dos problemas que levam cada brasileiro a gerar mais de um quilo de lixo por dia. E olha que essa é apenas uma média, na capital paulista, por exemplo, em bairros nobres esse volume pode ser muito maior.

Outras situações que agravam esse quadro são a busca por higiene e a redução das famílias. Como exemplos, podemos citar a criação das fraldas e absorventes higiênicos descartáveis, o plástico de uso único (canudos, copos e talheres descartáveis etc.), e a oferta cada vez mais comum de alimentos porcionados para residências de uma única pessoa, os produtos feitos para quem passa o dia todo fora e não cozinha em casa, as embalagens de entrega em domicílio…

É bem verdade que não são todas as famílias que têm tempo ou condições financeiras para abrir mão de algumas dessas comodidades. Mas, é possível repensar e modificar alguns hábitos de consumo que não só vão reduzir a geração de lixo urbano como também vão trazer economia e até mais saúde para sua vida.

Confira dicas.

1. Cigarro e isqueiros

Que o hábito de fumar não é saudável e ainda custa caro para seus adeptos – bem como para o poder público que tem que oferecer tratamentos de saúde para as consequências do tabagismo.

O fumo gera problemas desde o plantio – que é danoso ao meio ambiente e aos trabalhadores agrícolas que lidam com ele – até o seu descarte. Quantas bitucas de cigarro é possível ver pelas calçadas e sarjetas diariamente descartadas de forma displicente e ilegal? Ainda que se descarte de forma correta, ou seja, no lixo comum, as sobras de pacotes de cigarro e bitucas ainda representam um volume que ocupará nossos aterros.

E ainda há os isqueiros, a maioria deles na atualidade é descartável, sem possibilidade de serem reciclados, ou seja, vão diretamente para o lixo comum. Fósforos usados também não constituem material reciclável.

Então, reduzir ou eliminar o hábito de comprar cigarros, isqueiros e fósforos tem importância para preservação do meio ambiente, redução na produção de resíduos, melhoria da saúde e ainda gera economia.

2. Evite industrializados

Alimentação natural não é apenas mais saudável e econômica, mas também gera menos resíduos, em especial para aquelas famílias que sabem planejar o cardápio e evitar desperdícios. Vale sempre lembrar que a internet traz muitas receitas também que aproveitam talos, folhagens, sementes… Enfim, o aproveitamento integral dos alimentos.

A geração de resíduos na vida moderna tem forte relação com a industrialização dos alimentos, comida ultraprocessada pronta e congelada e itens não saudáveis, como salgadinhos, bolachas (recheadas ou não), enlatados, refrigerantes e sucos industrializados.

Sempre que possível, recorra aos hortifruti naturais. Em vez de comprar um suco em embalagem cartonada, faça a bebida natural. Vale lembrar que refrigerantes e sucos industrializados tem alta concentração de açúcar e muitas vezes ainda contêm conservadores e outros aditivos não saudáveis.

Os salgadinhos e bolachas, além de nada saudáveis, repletos de sal e gorduras, ainda vêm em embalagens que sequer são recicláveis, porque estão em papel laminado que não têm interesse ou processos adequados para retornar ao mercado.

O mesmo acontece com muitos alimentos congelados que, por estarem embalados em plásticos sem capacidade de reciclagem ou em embalagens que ficam muito engorduradas (como as de lasanha ou outros pratos prontos) devem ir para o lixo comum.

3. Long neck é boa pedida?

Ainda em se tratando do setor de alimentos e bebidas, outro problema moderno são as garrafas long neck. Preferidas por muitos dos consumidores, elas ainda têm baixa reciclabilidade, ou seja, acabam ocupando espaço nos aterros sanitário e, pior ainda, dificultam a decomposição do material orgânico dos aterros.

Diferente das garrafas maiores, as long neck são feitas de um vidro mais fino para facilitar a retirada da tampa sem uso de abridor, apenas com as mãos. Mas essa facilidade atrapalha o reaproveitamento da garrafa, deixa ranhuras que não deixam a embalagem ser caracterizada como retornável.

A indústria de bebidas – cerveja em especial – está estudando um modelo em substituição, que precisará do abridor mas facilitará o processo de reúso.

Enquanto isso não acontece, entretanto, por que não dar preferência às latinhas de alumínio? Vale destacar que esse material geral renda para as cooperativas de catadores, tanto que o Brasil é um dos campeões mundiais na reciclagem do alumínio.

Outra boa opção é levar as garrafas de vidro para pontos específicos de coleta desse material. Na região da Vila Mariana, há Pontos de Entrega Voluntária específicos para vidro que, além de facilitar a destinação correta das long neck para reciclagem ainda permite que todo o vidro de uso doméstico seja encaminhado sem riscos para as equipes de coleta.

Projeto piloto da Ecourbis Ambiental, concessionária responsável pelo serviço de coleta domiciliar tradicional e seletiva nas zonas sul e leste da capital, os PEVs de coleta de vidro são encontrados nas Praças Cidade de Milão e Nossa Senhora Aparecida (Largo de Moema).

4. Recuse descartáveis

Também é importante mudar outro hábito meio arraigado na vida corrida paulistana e deixar de recorrer aos pratos, talheres, copos e canudos descartáveis na hora de se alimentar, seja em retiradas ou delivery (entrega em domicílio) de refeições prontas.

Muitos restaurantes já perguntam ao consumidor se ele precisa desses artefatos. Mas, é importante que o consumidor adote esse hábito e indique que não precisa dos descartáveis, sempre que possível. Recuse também sachês de condimentos (catchup, mostarda, maionese, azeite, molho de soja etc), que não tem reciclabilidade alguma. E sugira sempre aos estabelecimentos preferidos que deixem de usar o isopor e adotem embalagens de papel cartonado.

5. Prefira tudo sem pilha

Na vida moderna, novamente, os dispositivos movidos a bateria são inevitáveis. Celulares, computadores, tablets, leitores de livros e muitos brinquedos infantis são movidos a bateria ou pilhas que demandam um descarte específico, como lixo eletrônico.

Mas, sempre que possível, estimule as crianças e mesmo os amigos adultos a recorrerem à desconexão. Sugerir jogos de tabuleiro, livros físicos de papel, brinquedos que exijam montagem manual são atitudes não só positivas para o meio ambiente, já que representam menor preocupação com o descarte e tem reciclagem facilitada. Essas opções estimulam o cérebro de forma que vem sendo comprovada por diversos estudos internacionais.

Não é preciso abrir mão dos dispositivos eletrônicos, mas equilibrar seu uso com itens de uso manual e sempre ter em mente a preocupação com o descarte correto de lixo eletrônico, um grande problema do planeta na atualidade.

6. Faça boas escolhas no escritório

O excesso de plástico no planeta é um problema tão grande que até mesmo hotéis já vem substituindo aquelas “amenities” tão comuns no passado. As mini embalagens de xampu, cremes agora são substituídos por potes preenchíveis nos banheiros. Os mexedores de café e os copos descartáveis são feitos de bambu ou papel. Essa tendência deve ser seguida em escritórios, onde também têm sido comuns as escolhas por canecas individuais.

Também é importante lembrar que a impressão só deve ser feita em alguns casos – já que o uso dos computadores é inevitável, para que gastar papel? E não se esqueça de encaminhar todo papel utilizado para reciclagem.

Tachinhas, pins, grampos metálicos e clipes não são recicláveis, portanto reduzir o uso é uma opção inteligente e facilita ainda o processo de reciclagem de papel. Evite igualmente as fitas adesivas, bloquinhos do tipo “post it”, que tem cola. Importante lembrar que papel carbono, papéis plastificados (inclusive fotos) e adesivos de forma geral não são recicláveis.

7. Troque a garrafinha de água mineral

Outro sintoma do mercado atual que provoca grande geração de resíduos é o hábito de comprar água mineral engarrafada. E quanto menor a embalagem, maior o problema, afinal é preciso de mais e mais garrafinhas para hidratar e matar a sede em tempos de mudanças climáticas. O ideal é investir em algum tipo de filtro para a água fornecida na torneira. Ou galões de água mineral. E, na hora de sair de casa, use uma garrafa lavável, de metal preferencialmente.

8. Não jogue fora recicláveis

Todas as dicas anteriores levam à redução na geração de resíduos sólidos na capital, já que “o melhor lixo é aquele que não é gerado”. Mas, também apontam para dar preferência àquilo que pode ser reciclado.

De nada adianta, entretanto, fazer essas melhores opções e depois não separar o material, seja em casa ou no escritório.

Basta colocar em um único saco tudo que for de papel, metal, plástico ou vidro. Se estiver em dúvida quanto à reciclabilidade de algum tipo de plástico, envie assim mesmo – haverá triagem nas cooperativas de reciclagem conveniadas à Prefeitura.

Não misture lixo comum ao reciclável e procure sempre enxaguar as embalagens. Separe também o lixo eletrônico e medicamentos, que têm destinação diferente. Há postos de coleta de lixo eletrônico em parques da cidade e as cartelas e sobras de medicamento podem ser descartadas em farmácias e unidades de saúde.

Depois, basta conferir o dia e horário em que cada equipe de coleta passa em sua rua, no site https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.

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