Siga-nos

Urbanismo

Sem verticalização, Unifesp desperdiça mais de R$ 1,2 milhão com aluguel

Publicado

em

Universidade aluga 12 imóveis sem necessidade na Vila Clementino, denunciou Folha de S.Paulo

Há dois anos, o jornal São Paulo Zona Sul vem divulgando dois importantes projetos urbanísticos, que modificariam por completo a cara da Vila Clementino. O bairro, marcado positiva e negativamente pela presença da Unifesp, do Hospital São Paulo e de todo o complexo médico satélite dessa relação, seria transformado em bairro universitário e teria concentradas as unidades da Unifesp em apenas cinco edifícios. Em fevereiro, o jornal divulgou que o projeto de verticalização da Unifesp começava, após dois anos de atraso.

Agora, é provável que esse ritmo de concentração das atividades de atendimento em saúde e pesquisa universitária se acelere. Isso porque, esta semana, o jornal Folha de S.Paulo divulgou em manchete que a Unifesp desperdiça mais de 1,2 milhão por ano com o pagamento de aluguel para unidades que nem mesmo estão funcionando nos prédios locados. Segundo a Folha, o Ministério Público Federal deu 20 dias para que a Unifesp explique o suposto desperdício de dinheiro público.

As irregularidades atingem 12 imóveis na Vila Clementino. Todos estão desocupados, subutilizados ou destinados a entidades de caráter privado. As falhas foram apontadas em investigação da Controladoria Geral da União.

O jornal S.Paulo Zona Sul procurou a Unifesp mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Verticalização

O projeto de verticalização do campus da universidade é antigo e, desde 2007, ganhou força com a proposta do bairro universitário, que acontece em parceria com a Prefeitura. Atualmente, a instituição de ensino superior ocupa cerca de 250 imóveis próprios e alugados no bairro, em diferentes pontos, onde funcionam vários ambulatórios e núcleos de especialidades.

Com a implantação do bairro universitário, a Unifesp pretende alocar seus departamentos em um número menor de imóveis, buscando a centralização e otimização das unidades, o que permitirá acesso facilitado ao público – pacientes, professores, estudantes e comunidade. A promessa é que a transferência de sede da Unifesp comece este ano, com mais de dois anos de atraso após seu anúncio oficial.

Prédios

Para iniciar o processo de mudança, a primeira iniciativa foi a aquisição, pelo Ministério da Educação, do prédio que abrigava a Honda, na avenida Sena Madureira, que foi repassado à Unifesp. Está definida ainda construção de mais um prédio de pesquisas, em uma junção das ruas Napoleão de Barros com Pedro de Toledo; um Hospital da Criança, à rua Dr. Diogo de Faria; e a conclusão de outra obra na mesma rua, paralisada há anos.

A Unifesp também chegou a cogitar a compra do prédio que há anos está abandonado na Avenida Professor Ascendino Reis, junto à Avenida 23 de Maio, mas a ideia foi descartada por conta de “problemas burocráticos” envolvendo o passado do prédio. A notícia foi publicada pelo S.Paulo Zona Sul em agosto passado.

Há seis meses, ao anunciar o processo de verticalização do campus da Unifesp na Vila Clementino, o S.Paulo Zona Sul também informava que a universidade não tem previsão de quando a proposta estaria completamente implantada. Segundo a Unifesp, não há como determinar um prazo para conclusão total pois se trata de um projeto grande que depende de alguns fatores externos para sua completa execução.

Advertisement
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.


© 2024 Jornal São Paulo Zona Sul - Todos os Direitos Reservados