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Seis modos de reduzir o uso do plástico

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O plástico tem produção barata, variedade imensa de usos, fácil manipulação e por isso foi se tornando cada vez mais comum em situações cotidianas nas últimas décadas. Os mais velhos vão se lembrar de festinhas infantis em que os pratinhos eram de papel e os garfinhos de madeira. Hoje, tudo é de plástico, também presente em brinquedos, utilidades domésticas, itens de escritórios, sem falar nas embalagens e itens descartáveis, talvez a principal fonte de resíduos plásticos no planeta.

Mas, o plástico também se transformou em um imenso problema para a humanidade. Os oceanos estão tomados por lixo plástico e muitos outras paisagens também sofrem com o descarte incorreto desse tipo de material.
Estudos recentes indicam que o plástico inclusive está se desintegrando em micropedaços que poluem solo, rios e acabam atingindo animais que depois se transformam em alimentos e… acabam contaminando também organismos humanos.

O mundo todo sofre com essa situação e pesquisas indicam que boa parte da população de outros países já defende o banimento definitivo de qualquer plástico de uso único: da sacolinha de supermercado ao copo descartável das festinhas. Ou seja, esse tipo de plástico simplesmente será proibido de ser produzido e comercializado.

E o Brasil não está bem nesse cenário. Um estudo da ONG Oceana, divulgado em outubro, indica que o Brasil é o oitavo maior poluidor de plástico do planeta e líder nesse ranking negativo na América Latina. Todos os anos, 1,3 milhão de toneladas de plástico chegam ao oceano despejadas pelo Brasil.

Mas, engana-se quem avalia que essa imensidão de resíduos que leva séculos para se desintegrar e ainda assim polui, mata vida marinha e pode chegar ao organismo humano por meio de alimentos é resultado do descarte nas praias e por embarcações nos oceanos. Um resíduos plástico descartado nas ruas da cidade pode ser levado pela enxurrada para galerias pluviais, de lá correr para os rios e finalmente atingir os mares.

E como cada um de nós pode evitar que esse problema se amplifique? Como evitar que o plástico continue a poluir a natureza? Há algumas dicas simples e bem factíveis para adotar cotidianamente. Confira. .

1. Reduza, reuse e recicle

A primeira atitude para controlar a questão do plástico é investir e estar atento, rotineiramente, aos chamados 3R’s. Reduza o consumo, sempre que possível, evitando aceitar plásticos desnecessários para o dia a dia. Depois, reutilize potes e outras embalagens feitas desse material em vez de comprar novos recipientes.

E, por fim, todo plástico que não pode ser reutilizado deve ser encaminhado para a coleta seletiva. Na cidade de São Paulo, a coleta seletiva nas zonas sul e leste é realizada pela concessionária Ecourbis Ambiental, que também promove a coleta de resíduos comuns, porém em dias e com equipes diferentes. Para saber a data em que cada coleta é feita em sua rua, basta acessar: https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.

Mas, lembre-se, nem todo plástico usado em nosso cotidiano tem reciclabilidade, ou seja, o processo de reciclagem pode ser caro ou complexo demais para valer a pena financeiramente para cooperativas de catadores ou mesmo para a indústria da reciclagem. Por isso, evite embalagens cujo símbolo indicativo de reciclagem (aquele das três setas formando um triângulo) seja 7 – “outros plásticos”. E siga mais dicas para fazer substituições inteligentes na rotina.

2. Bucha vegetal e paninhos

O plástico nem sempre é óbvio para o consumidor. As esponjas de limpeza que usamos para lavar louças, higienizar banheiros e outros serviços de limpeza – todos esses itens também são feitos de uma mistura de plástico.

Por si só, essa “mistura” já dificulta a reciclagem. Além disso, no momento de descarte essas esponjas já têm muitas bactérias, tornando o processo ainda mais complicado. Como o plástico demora a se decompor no meio ambiente, o ideal é trocar as esponjas de limpeza por buchas vegetais, que se desintegram mais facilmente. Também existem paninhos de bambu, que podem substituir outros tipos de tecido, são mais sustentáveis.

3. Garrafas de água

Outra situação bem comum na atualidade é ver pessoas comprando garrafas de água mineral, de diferentes tamanhos.

Com rotina corrida ou para a prática de atividades físicas e passeios, a garrafinha de água sempre acompanha. Especialmente por conta dos recentes dias secos, essa é uma orientação de saúde: manter-se hidratado.

Mas, em vez de recorrer às garrafas PET plásticas de pouca duração, invista em uma de alumínio ou outro material. Além de manter a temperatura da água, elas evitam o descarte rotineiro do plástico.

Ao mesmo tempo, lembre-se de separar as garrafas plásticas (PETs) consumidas e sempre encaminhar para a reciclagem – não só de água, mas também de refrigerantes, sucos etc.

4. Kit individual no escritório

Outra orientação importante para reduzir o consumo de plástico de uso único é manter no escritório ou, se possível, até na bolsa, um kit de uso individual para evitar os descartáveis.

Mantenha um conjunto com talheres de alumínio (inclusive uma colherzinha para mexer o café, em vez dos mexedores de plástico), um prato e uma caneca de porcelana ou cerâmica. Há atualmente, inclusive, canudos de metal que podem substituir os de plástico.

5. Sacolinhas de pano ou papel

Boa parte do comércio cobra pelo uso de sacolinhas de plástico. Mas, o consumidor mais consciente deixa de requisita-las não apenas por conta do custo, mas principalmente pela questão ecológica.

Mesmo as sacolinhas consideradas biodegradáveis são consideradas, por estudos recentes, inadequadas. Elas se decompõem mais rapidamente na natureza, mas são transformadas em microplástico que polui águas, solo e é absorvido pela vida animal.

Assim, prefira as sacolinhas de papel, para itens mais leves, e outras de pano. Há modelos, na atualidade, feitos no formato “rede”, que consomem pouco tecido mas têm boa resistência ao peso das compras. O importante é evitar as sacolas plásticas.

6. Utensíliosde madeira

O plástico tomou conta também das utilidades domésticas e itens de uso cotidiano.

Das escovas de dentes e cabelos aos utensílios de cozinha, o plástico e sua variante conhecida por silicone são bastante comuns nos lares brasileiros.

O ideal é optar por itens de bambu, cada vez mais comum em lojas de utilidades domésticas e itens de higiene.

O bambu é considerado sustentável por várias razões. Por ser uma planta, é um recurso renovável e absorve gases do efeito estufa. Por crescer rapidamente, pode ser facilmente substituído com rapidez. Ao mesmo tempo, os produtos são resistentes e, portanto, duráveis. Sem falar que o produto é versátil e tem despertado o interesse de designers de produtos.

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