Ecourbis
Seis dicas para reduzir a poluição do ar
No inverno, a dispersão de poluentes na atmosfera em geral é mais difícil. Há menos ventos, menos dias de chuva. Este ano, em especial, a situação se complicou com queimadas por todo o país, com nuvens de fumaça do interior paulista e mesmo de outros estados chegando até a capital paulista.
Por ser uma metrópole, com muito trânsito e processos industriais, a cidade de São Paulo já sofre com o a poluição e, nessa época, com o comprometimento da qualidade do ar.
Mas, o que cada cidadão pode fazer para contribuir na redução da concentração de poluentes no ar? Acredite, há sim maneiras de evitar que a situação se agrave.
A primeira delas, obviamente, é se conscientizar de que mesmo os incêndios florestais que acontecem à distância, na Amazônia ou no Cerrado brasileiro, são consequências de ações humanas como o excesso de consumo, desperdício de alimentos, desatenção a políticas de proteção ambiental.
Mas, mesmo no cotidiano urbano, há muito o que se fazer para contribuir na redução de emissão de gases tóxicos e comprometimento da atmosfera.
1. Não queime o lixo
A queima do lixo doméstico é proibida por lei desde 1988. Trata-se, na verdade, de um crime ambiental.
E vale para qualquer quantidade ou tipo de resíduo. Não pode queimar o pneu velho, um colchão ou estofado inservível, o resto de folhagem do quintal, móveis velhos e madeira, sobras de papel, plástico… nada!
Queimar lixo é perigoso, porque o fogo pode se espalhar, em especial em dias mais secos, e causar incêndios incontroláveis. Mas, além disso, a queima polui o ar e as sobras podem comprometer a qualidade da água.
A cidade de São Paulo conta com coleta de lixo universal – em todas as ruas, inclusive comunidades – e coleta de recicláveis por equipes exclusivas, que chegam a passar duas vezes por semana em bairros como Vila Mariana e Saúde.
Esses serviços são prestados pela concessionária Ecourbis Ambiental nas zonas sul e leste da capital, bem como a coleta específica de resíduos de saúde em clínicas, hospitais, consultórios etc. A concessionária também dispõe de pontos de entrega voluntária de recicláveis (contêineres espalhados por diferentes bairros).
O município ainda conta com operações cata-bagulho (para encaminhamento correto de móveis, colchões e outros inservíveis) e ecopontos (para descarte gratuito de entulho).
Ou seja, não há nenhuma explicação para queimar qualquer tipo de resíduo.
2. Separe os recicláveis
Reduzir a quantidade de resíduos enviada para aterros é um desafio de toda a sociedade. Mas, esse desafio é mais simples em uma cidade como São Paulo, que conta com centrais de triagem de recicláveis, cooperativas, diferentes pontos para entrega dos recicláveis e coleta seletiva domiciliar que, aliás, está em processo de universalização pela concessionária Ecourbis, ou seja, atingirá todas as vias das zonas sul e leste.
No ano passado, a concessionária Ecourbis registrou aumento de 15% no volume de coleta de recicláveis, graças a ações de conscientização. Mas, ainda é preciso que os moradores da capital se engajem mais, separando plástico, papel, metal e vidro durante o dia a dia. Vale lembrar que todos esses materiais podem ser colocados em um único saco e disponibilizados para coleta. Para saber o horário e dia em que a equipe da seletiva passa em sua rua, basta acessar https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.
3. Lixo bem acondicionado
Além de separar os recicláveis, é igualmente importante acondicionar o lixo corretamente. Usar sacolas muito frágeis, deixar objetos perfurocortantes (como pedaços de vidro ou espetos de churrasco, por exemplo) soltos na embalagem, não apertar bem o nó do saco de lixo, tudo isso pode resultar na dispersão de resíduos pelas ruas, comprometendo não apenas a limpeza pública, mas também gerando riscos de agravar pontos de alagamento ou poluir as águas, já que o lixo pode ser levado para bueiros e galerias pluviais.
Vale destacar que é possível encaminhar pela coleta domiciliar tradicional mesmo materiais como sobras de jardinagem e podas ou pequenas quantidades de entulho (restos de material de construção).
Mas, para isso, é preciso usar embalagens adequadas, que não tenham risco de arrebentar. Em lojas de material de construção, há sacos de rafia ou outros resistentes. E o peso máximo é sempre de 50 quilos.
Em quantidades maiores, leve o material para os ecopontos no limite de um metro cúbico por dia, gratuitamente. Há mais de 100 espalhados pela cidade, sendo que 36 deles aceitam inclusive sobras de gesso, e funcionam diariamente, inclusive domingos e feriados. Para conferir horários e endereços, acesse tinyurl.com/yc2cvymd.
4. Cuide do verde
Para evitar a poluição do ar, além de cuidar adequadamente do descarte e destinação correta de resíduos, é importante valorizar, estimular e respeitar o verde na cidade.
Isso vale para parques, praças e canteiros públicos, mas também para seu próprio jardim e calçadas.
Não destrua, não arranque flores, não pise, não suje os espaços públicos onde há plantas. Para plantio ou podas, consulte sempre a prefeitura e não plante nenhum tipo de vegetação inadequada. O Viveiro Manequinho Lopes, localizado no Ibirapuera, fornece as mudas e é possível fazer a requisição antecipadamente pela internet: tinyurl.com/muvc8nd2.
As árvores e plantas desempenham papel fundamental na qualidade de vida em meio urbano. Reduzem poluição do ar e até mesmo reduzem o nível de poluição sonora, além de amenizar as temperaturas.
Mas, ressaltando, é sempre importante cuidar e recolher as folhagens e podas, encaminhando junto ao lixo comum.
5. Nada de lixo nas ruas
Em alguns países do mundo, nem há lixeiras nas ruas. Isso porque é considerado de responsabilidade do cidadão cada pequeno resíduo gerado: o guardanapo, a embalagem de bolacha, a bituca de cigarro.
E em outros países, também, vale apontar, o plástico de uso único sequer é permitido. Sacolinhas não existem no comércio e copos ou talheres descartáveis não são usados.
Assim, um hábito necessário é passar a carregar algum recipiente em bolsa ou no carro para armazenar os resíduos gerados no cotidiano.
Importante dizer que desde o ano passado, o valor de multas por descarte irregular de lixo na rua foi aumentado. Para grandes volumes – como entulho, terra, resíduos maiores que 50 quilos, algumas multas subiram de R$ 500 para R$ 10 mil e outras podem chegar a R$ 30 mil.
A nova legislação prevê, inclusive, multas para quem acumula lixo em casa – outra situação que traz riscos diversos de incêndios, proliferação de animais e insetos, além de mau cheiro, insalubridade.
6. Denuncie irregularidades
Em todas essas situações que geram problemas e riscos para a cidade e seus moradores, é importante que a coletividade esteja sempre atenta.
Todos podem sofrer com as consequências da queima do lixo, do descarte irregular, da colocação de lixo de forma displicente para a coleta ou fora de horário.
Para o descarte de resíduos domiciliares, os sacos devem ser colocados nas calçadas o mais próximo possível do horário da passagem do caminhão coletor. Assim ficam menos expostos a qualquer tipo de degradação.
Ao presenciar qualquer ação irregular quanto aos resíduos, qualquer cidadão pode denunciar no portal da prefeitura: https://sp156.prefeitura.sp.gov.br/portal/servicos.
Há algumas ações ilegais – como descarte de entulho nas vias públicas por caçambas irregulares ou soltura de balões, que além dos resíduos podem também provocar incêndios – podem ser denunciadas à Polícia, pelo 190.