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Segurança

Seis corpos encontrados em casa na Favela Alba

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O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, concedeu entrevista com o delegado seccional Jorge Carrasco e o médico legista Paulo Tieppo, para esclarecer detalhes sobre os corpos das seis vítimas encontrados na casa de um pintor, de 41 anos. Os cadáveres foram recolhidos no início desta semana, na Favela Alba, zona sul da Capital.
“São seis vítimas encontradas. Ao retirar o material, foram separados em sete invólucros. Mas, na verdade, o IML fez a análise e os ossos estavam misturados. Até agora foram identificados seis indivíduos, ou seja, seis DNAs diferentes”, explicou Moraes.
“O Núcleo de Antropologia do IML central recebeu sete embalagens contendo restos humanos. Dentre esses restos humanos, foram individualizadas cinco pessoas. Existem peças ósseas que se encontravam misturadas por conta do momento da recolha”, informou o legista Paulo Tieppo.
O primeiro a ser identificado foi Carlos Neto Alves de Matos Júnior, de 21 anos, morto quatro dias antes. Os demais corpos apresentam características do sexo feminino, de pessoas de 18 a 40 anos. Entre eles, estão os restos de Renata Cristina Pedrosa Moreira, 33. Ela foi identificada por confronto odontológico e antropológico. A vítima tinha uma placa de titânio implantada, o que ajudou os legistas.
“As outras quatro mulheres, entre 18 e 40 anos, nós já temos a indicação – mas ainda não podemos confirmar a identidade”, ressaltou o secretário. No momento, os restos humanos das demais vítimas encontram-se em processo de preparo para a realização de exame antropológico.
“Nós fizemos investigações e já sabemos o nome”, afirmou o titular da 2ª Seccional Sul, Jorge Carrasco. “Ouvimos os familiares dessas possíveis vítimas e encaminhamos para que o IML faça as confrontações para que possa identificar”.
O caso
O pintor foi preso no dia 25 de setembro pelo homicídio de Carlos Neto Alves de Matos Júnior. Segundo o indiciado contou à polícia, Carlos o havia atacado com uma faca e ao reagir, matou a vítima.
O corpo foi encontrado pela Polícia Militar enterrado em um cômodo na casa do pintor, na Rua Professor Francisco Emydio da Fonseca, na região Jabaquara. Na residência havia diversas manchas de sangue, além de uma faca e um soco-inglês.
O pintor estava preso temporariamente até dia 2/10, quando a Justiça decretou a detenção por mais 30 dias, a contar de 30 de setembro. O acusado já havia cometido dois homicídios, em 1994 e 1995, e cumpriu pena por 19 anos – ou seja, não se tratava de um foragido. As polícias Civil e Técnico-Científica prosseguem nas investigações e perícias para identificar as demais vítimas e descobrir mais detalhes sobre o caso.
Rodrigo Paneghine – SSP

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