Meio ambiente
São Paulo tem bolsa de resíduos
VOCÊ SABIA?
Por dia, o site da Bolsa Eletrônica de Resíduos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) contabiliza cerca de 60 acessos. São empresas, instituições, ongs, entidades governamentais e pessoas físicas interessados em comprar, doar ou vender, em grande volume, resíduos recicláveis dos mais diferentes tipos. O objetivo é dar destinação ambientalmente adequada aos resíduos, reduzir custos e contribuir com o meio ambiente, conforme os princípios das Políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos.
Em 2013, a iniciativa está completando 11 anos de atividade e a expectativa é de que a procura cresça constantemente. Para se ter uma ideia, quando a Bolsa de Resíduos entrou em operação, havia 427 participantes inscritos. Hoje, já são 2484 cadastrados, de todo o país, já que há integrantes de 23 estados.
Estão na liderança São Paulo – o interior é mais participativo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. As transações ocorrem prioritariamente em âmbito regional devido a questões operacionais, além de custos relacionados à logística e às licenças.
Os setores que mais procuram a Bolsa são indústrias (quase 48%), recicladores (23,6%) e intermediários (21,6%), sendo, em sua maioria, pequenas (40%) e micro empresas (39,5%), médias (13,1%) e grandes (7,4%), segundo dados atualizados em maio de 2013.
No balanço da bolsa, 60% dos produtos são ofertados contra 40% dos procurados. Entre os mais ofertados, solventes, resíduos químicos, tintas/cera, plásticos, metal/metalúrgico e borracha. E entre os mais procurados, pilhas e baterias, plásticos, resíduos químicos, metal/metalúrgico e madeira/mobiliário.
De acordo com a Fiesp, duas são as principais vantagens da Bolsa de Resíduos eletrônica para o meio ambiente: a conscientização de que resíduo não é lixo e sim um subproduto com potencial de comercialização, podendo dar lucro; e a redução de custos diretos de manuseio, armazenamento, transporte e destinação final, o cost avoid, que pesa no negócio. A Bolsa, logicamente, também contribui para a preservação e a melhoria da qualidade do meio ambiente e da saúde pública, o uso sustentável e racional dos recursos naturais e a valorização do resíduo que passa a ser utilizado como matéria-prima de outra empresa.