Saúde
São Paulo mantém recomendação de não vacinar animais
A vacina utilizada neste ano no Estado de São Paulo para a imunização de cães e gatos contra a raiva foi responsável por reações adversas acima do esperado em animais vacinados. A constatação foi feita pela Secretaria de Estado da Saúde, que divulgou comunicado em que mantém a recomendação de suspensão da campanha de vacinação antirrábica.
Por isso mantém a recomendação, aos municípios paulistas, de suspensão das campanhas de vacinação desses animais, por tempo indeterminado, até que os Ministérios da Saúde e Agricultura decidam se é necessário a substituição dos lotes encaminhados a São Paulo ou mesmo do produto. Esta decisão dos órgãos federais é fundamental para que os municípios paulistas possam dar seguimento às campanhas, protegendo, assim, os animais contra a raiva e evitando que a doença retorne ao Estado.
O mais recente comunicado a respeito do Ministério da Saúde, entretanto, avalia que o número de mortes registradas ainda está abaixo da média de reações registradas mundialmente. Alerta que a proteção é essencial para garantir a erradicação da transmissão de raiva de animais domésticos para seres humanos e recomenda da retomada das campanhas, especialmente que houve confirmação de um caso de raiva no Ceará. Por outro lado, o mesmo comunicado indica que o Ministério esperaria as conclusões das investigações
O Ministério ainda defende que a vacina do laboratório BIOVET é a mesma utilizada em clínicas veterinárias privadas. A diferença é que, na rede pública, são utilizados frascos com 25 doses, enquanto que na rede particular, são frascos de dose única. Segundo o laboratório produtor, os componentes das duas apresentações da vacina seriam idênticos. A ocorrência de eventos adversos poderia estar relacionada, segundo o Ministério, não apenas à vacina, mas também a fatores como a resposta individual de cada animal, o armazenamento e a administração do produto.
Este ano, a vacina aplicada é diferente daquela usada em anos anteriores. A vacina utilizada até o ano passado, a Fuenzalida & Palacios, assegurava proteção durante seis a sete meses. Por isso, nas áreas de maior risco (regiões Norte e Nordeste) eram realizadas duas campanhas anuais.