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São Paulo combate uso do plástico descartável

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Várias frentes estão se formando em São Paulo para redução do uso do plástico, com enfoque especial em itens que são usados por pouco segundos até serem descartados. É o caso dos canudos, mexedores de bebidas, copos e outros itens descartáveis.

A Câmara Municipal de São Paulo, por exemplo, parou de comprar copos plásticos desde fevereiro. A estimativa do órgão é de que, por ano, mais de 3 milhões de copos plásticos eram jogados no lixo.
Foi até mesmo montada uma exposição, no saguão de entrada do parlamento paulistano, com 14 mil unidades de copos expostas em uma grande rede suspensa – o equivalente a apenas dois dias de uso de copo.

De agora em diante, os funcionários deverão usar suas próprias canecas ou xícaras e para os visitantes serão oferecidos copos de papel biodegradável. Também serão espalhados bebedouros pelos corredores, do tipo que permite consumo direto ou com saída de água para encher canecas, copos e garrafas de cada visitante ou funcionário.

A mesma Câmara Municipal, ainda em abril, aprovou em segunda votação um projeto que proíbe o uso de canudos plásticos na cidade de São Paulo. A lei agora será sancionada ou vetada pelo Executivo.
Em caso de sanção, comerciantes terão 180 dias para se adequar à lei, após o prazo de regulamentação. A lei também foi aprovada com uma emenda que permite a continuidade do uso do plástico, desde que o comerciante comprove que encaminha corretamente os canudos plásticos para reciclagem.
Algumas grandes redes de lanchonete já estão se adaptando e oferecendo canudos biodegradáveis ou de plástico.

A tendência é, efetivamente, que o projeto seja mesmo sancionado já que a Prefeitura anunciou, recentemente, que aderiu ao Compromisso Global da Nova Economia de Plástico, liderado pela Ellen MacArthur Foundation, em colaboração com a ONU Meio Ambiente, e que busca erradicar o desperdício e a poluição gerada por plásticos. Foi oficialmente lançado em setembro do ano passado, com apoio de empresas, organizações de consumidores, universidades, governos e instituições internacionais diversas.
A cidade passará a integrar, de forma inédita, o relatório anual da Fundação Ellen MacArthur, que atua com pesquisa, análise e inovação de negócios para acelerar a transição para a economia circular.
Para reduzir o uso do plástico na cidade, serão estimuladas ações com foco nos cinco R’s: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

As principais ações serão focadas para estimular a eliminação de embalagens e/ou produtos plásticos desnecessários e descartáveis; encorajar modelos de reuso; incentivar o uso de embalagens plásticas reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis; aumentar as taxas de coleta, separação, e reciclagem; facilitar o estabelecimento da infraestrutura necessária e dos mecanismos de financiamento relacionados, principalmente, apoiar o Projeto de Lei 99/2018, que proíbe o fornecimento de canudos confeccionados em material plástico nos locais em que o projeto de lei especifica e outros projetos da mesma natureza.
É esperado que até 2025, esta que é considerada a primeira fase do compromisso, seja cumprida, para que no futuro o plástico possa ser considerado um material de fato reutilizado e/ou eliminado.
O banimento dos canudos de plástico é considerado por especialistas como uma atitude exemplar, que passe a despertar a atenção do consumidor para itens que vão para o lixo poucos minutos após seu uso inicial

O movimento é mundial. No final de março desse ano, o Parlamento Europeu aprovou uma legislação para banir em toda a União Europeia, a partir de 2021, uma série de produtos plásticos descartáveis, incluindo cotonetes, canudos, copos, pratos e talheres. A medida foi aprovada por 560 deputados e apenas 35 contrários e 28 abstenções.

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