Urbanismo
Santo Amaro ganhará hospital universitário
Um terceiro hospital universitário da Unifesp será construído na zona sul paulistana. A Universidade Federal Paulista já comanda o Hospital São Paulo, na Vila Clementino, bairro que também abriga o HU@ – Hospital Universitário 2. Agora, a proposta é estender esse trabalho e o atendimento à região de Santo Amaro.
No início do mês, foi promovida uma audiência pública sobre o novo HU em Santo Amaro, no anfiteatro da Unifesp na Vila Clementino, e que ainda está disponível para quem quiser conferir no Youtube (confira o link em nosso site – jornalzonasul.com.br).
Segundo a Unifesp, a audiência é uma das ações que compõem a metodologia de apresentação e debate com a comunidade acadêmica, organizada pelo Grupo de Acompanhamento sobre o estudo de viabilidade do Hospital da Unifesp em Santo Amaro. O Grupo Técnico, composto por membros da Unifesp e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), apresentou o estudo realizado e os passos necessários para a implantação do Hospital Universitário em Santo Amaro.
A vice-reitora, Lia Bittencourt, trouxe uma apresentação sobre o histórico das tratativas do estudo de viabilidade de implementação do novo Hospital Universitário da Unifesp na região de Santo Amaro. Ela explicou que há quase um ano, em 29 de setembro de 2023, foi feito o anúncio pelo Governo Federal garantindo recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) 3 para a construção da nova unidade hospitalar.
A minuta do Protocolo de Intenções foi assinada pela Unifesp e pela Ebserh no dia 1.° de dezembro de 2023. Lia explicou que foram instituídos um Grupo Técnico da Unifesp e outro da Ebserh, havendo o prazo de aproximadamente três anos para o cumprimento do PAC 3.
Ela também salientou que foi criado um Grupo de Acompanhamento para a construção da metodologia e debate sobre estudo de viabilidade do referido Protocolo de Intenções.
Para a construção da unidade hospitalar, serão necessárias a regularização e a expansão da área, cedida pela Prefeitura de São Paulo, com a contrapartida da Unifesp para reformular a área do centro esportivo localizado no terreno. Lia ressaltou que o hospital terá como objetivo atender as necessidades de ensino, pesquisa, extensão e inovação da Unifesp, além da assistência da região.
Já o pró-reitor adjunto de Planejamento, Fabio Venturini, falou sobre a estrutura e o terreno. Ele disse que há uma solicitação da Ebserh de ampliar a área onde será construído o hospital e deu detalhes sobre as tratativas com a prefeitura sobre esse pedido.
A vice-diretora da Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp), Elena Bohomol, informou que o novo hospital será estruturado a partir de linhas de cuidado, com o atendimento centrado em pacientes. Além disso, destacou que a atuação será multidisciplinar, trabalhando também com o conceito de enfermagem de reabilitação.
O diretor da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), Magnus Régios Dias da Silva, pontuou que o novo hospital terá uma estrutura de assistência mais geral, estando alinhada às demandas apontadas pela Prefeitura de São Paulo.
Ainda destacou que será caracterizado pela integralidade do cuidado e pela gestão compartilhada, com uma visão moderna e sustentável. Magnus também ressaltou que a nova unidade hospitalar não será centrada em especialidades e estruturas rígidas, mas em enfermarias gerais e dinâmicas que se moldem às necessidades.
O vice-presidente da Ebserh, Daniel Beltrammi, sinalizou que foram recebidos 1,75 bilhões de investimento pelo PAC 3 do Governo Federal. “Essa é a primeira vez em que o PAC traz aporte para hospitais universitários federais”, destacou.
Ele pontuou que os investimentos serão na ordem de 157 milhões em obras e 80 milhões em equipamentos e informou que o hospital contará com 250 leitos, tendo um perfil clínico e cirúrgico, além de centro de formação multidisciplinar.
A reitora da Unifesp, Raiane Assumpção, frisou que a Unifesp vai continuar batalhando por recursos para melhorias do HSP/HU. “Serão ações complementares de atendimento à população e que irão oportunizar aos(às) estudantes diferentes cenários de qualificação”.