Ecourbis
Saiba como começar a reciclar
Pode ser por preguiça, uma imaginária falta de tempo, desconhecimento, ou simplesmente porque o cotidiano atropela e não se pensa nisso em meio às tarefas domésticas.
Mas o fato é que muitas famílias ainda não se engajaram em algo muito simples que é separar o lixo em dois: recicláveis e não recicláveis.
Como podemos conciliar a vida corrida na capital com essa medida essencial tanto para a limpeza urbana, quanto para a proteção do meio ambiente e que ainda traz benefícios à economia e sustentabilidade do planeta? Pode parecer complicado mas não é. E essas dicas vão ajudar a manter esse ritmo.
1. Separar é muito simples
Equivocadamente, muita gente ainda acha que é preciso separar o lixo por tipo: plásticos em um recipiente, vidros em outro, papel em um terceiro e por fim o metal.
Mas nada disso é preciso para participar da coleta seletiva na capital: basta separar o lixo em dois – recicláveis e não recicláveis.
Isso porque posteriormente os diferentes tipos de recicláveis serão separados por cooperativas de catadores e também há uma Central Mecanizada de Triagem na zona sul da capital, operada pela concessionária Ecourbis Ambiental, empresa responsável pela coleta nas zonas sul e leste da cidade.
Assim, aos moradores cabe apenas a tarefa de não misturar os dois tipos de resíduos. Por exemplo, usar a latinha de alumínio como cinzeiro ou misturar papéis engordurados aos recicláveis separados para a coleta seletiva.
Na embalagem de lixo comum, devem ser colocados não só os papéis engordurados, como também o lixo de banheiro (fraldas, absorventes, hastes flexíveis, papel higiênico…), restos de comida, sobras de jardinagem, sujeira da varrição, bitucas de cigarro etc.
Outros itens não recicláveis ou de baixa reciclabilidade igualmente podem ser colocados junto ao lixo comum, como tecidos, cerâmica, acrílico, papel carbono e celofane, embalagens com forro metalizado (como pacotes de bolacha e salgadinhos).
2. Entenda a coleta
Para participar da coleta seletiva, é importante compreender como ela funciona. Muitos moradores da capital ainda acreditam que não adianta separar o lixo em dois porque “o caminhão mistura tudo”. Então, é preciso compreender que isso é um mito. O serviço de coleta na cidade conta com equipes diferentes para materiais recicláveis e resíduos comuns. Cada uma delas passa em dias e horários diferentes.
As equipes recolhem e transportam os resíduos recicláveis até as cooperativas conveniadas à Prefeitura para seleção. Depois, na Central Mecanizada, essa capacidade de triagem é ampliada com o uso de tecnologia, ou seja, esteiras que contam com seletor optico e magnético.
Assim, é nesse processo que são separados por tipos específicos – papel, plástico, metal e vidro. Ou seja, para contribuir corretamente, basta acessar o site da concessionária Ecourbis Ambiental, que presta os dois serviços nas zonas sul e leste da capital, para conferir a programação das equipes de cada tipo de coleta: https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.
Os moradores da capital não devem confundir as datas e horários das duas coletas, ainda, porque o lixo comum caso coletado junto com o reciclável pode contaminar parte do material e prejudicar ou até impedir o processo.
3. PEVs para os vidros
Para ampliar a coleta de vidro de maneira mais segura e efetiva, a concessionária Ecourbis implantou contêineres específicos para coleta de vidro em diversas praças e outros pontos de grande circulação na região.
Alguns deles estão nas Praças Cidade de Milão, Nossa Senhora Aparecida (Largo de Moema), Santa Rita de Cássia, esquina da Avenida Indianópolis com Ascendino Reis.
Para identificá-los, é simples: são de cor amarela e trazem a identificação de que são específicos para o descarte de vidro. Ali, é possível descartar:
– Garrafas de vidro (azeite, sucos, cerveja, refrigerante, vinho, etc.)
– Copos de vidro (requeijão, outros de uso doméstico cotidiano)
– Potes de vidro (geleias, molhos etc)
– Frascos de vidro
– Cacos de vidro (pedaços de embalagens diversas de vidro que quebraram)
Lembre-se de higienizar
Mas, atenção: não descarte nesses Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) alguns tipos de vidro não recicláveis ou que podem estar contaminados:
– Frascos de remédios (devem ser levados às farmácias ou postos de saúde para descarte)
– Lâmpadas (devem ser descartados nas lojas que vendem esse tipo de produto)
– Vidros de janela e vidros temperados, como os de box de banheiro (descarte em ecopontos, junto com entulho, são considerados sobra de material de construção)
– Espelhos
4. Higienize o material
O material a ser reciclado passará por higienização. Mas, nem todo tipo de sujeira é passível de ser removida nesse processo. Por isso, novamente, não se mistura o lixo comum ao material reciclável e papéis engordurados, como a parte de baixo da caixa de pizza, não devem ser encaminhados à coleta seletiva.
Já no itens separados para a reciclagem, não custa fazer uma higienização simples. Remova restos com papel toalha ou dando uma enxaguada.
Uma boa ideia, para evitar muito trabalho ou mesmo gasto de água, é deixar potes de plástico e vidro que serão encaminhados à reciclagem junto à louça suja. Na hora de lavar, aproveite a água, deixe alguns materiais de molho e evite o desperdício da água limpa.
Depois, espere secar antes de embalar para a coleta seletiva. E por falar em ensacar, use sacolinhas verdes de preferência. Se usar caixas de papelão, certifique-se de que não há previsão de chuva no horário da coleta. Aliás, a dica vale também para sacos ou sacolas plásticas, já que em geral os recicláveis são muito leves e podem ser levados pela enxurrada.
5. Faça boas escolhas
A coleta seletiva é muito importante para a preservação ambiental e também contribui para o aumento da vida útil do aterro sanitário, já que evita que os recicláveis ocupem espaço deles.
Mas, ainda mais relevante é evitar o consumo excessivo, ou seja, essencial é reduzir a quantidade de resíduos gerados em casa, recicláveis ou não.
Assim, reflita sempre na hora de comprar e recuse embalagens desnecessárias, principalmente de plástico.
Algumas dicas podem ajudar. Por exemplo, para que comprar frutas e legumes em bandejas de isopor ou embalados com plástico? Sabia que aquelas embalagens plásticas que envolvem uvas e morangos não são recicláveis?
Sempre que possível, faça ainda outras substituições para evitar o consumo de itens de baixa reciclabilidade: escovas de dente, aparelhos de barbear, hastes flexíveis de algodão (cotonetes)… O plástico desse material é de difícil reciclagem e geralmente acaba nos aterros.
Na atualidade, já há alternativas feitas com bambu (no caso das escovas), aparelhos de barbear de metal mais duradouros, hastes feitas com papel cartão (não recicláveis, mas que desintegram no meio ambiente mais facilmente).
Evite também brindes de baixo uso, bexigas (balões) de latéx, descartáveis de plástico (pratinhos, copos, talheres…)
6. Não misture eletrônicos
Outra confusão frequente é que os moradores acreditam que materiais como teclados, mouses, monitores e até cabos de eletrônicos são feitos de plástico e por isso são recicláveis.
Mas, todo brinquedo ou equipamento que use pilhas, baterias ou sejam conectados à eletricidade não devem ser destinados à coleta seletiva.
Nesse caso, o correto é levar o material a postos de coleta de lixo eletrônico. Vários parques da cidade, como o Ibirapuera, mantém Pontos de Entrega Voluntária.