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Cultura

Reunião traz os avanços da reforma do novo Museu do Ipiranga

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O Comitê Gestor, responsável pelo projeto de restauração do Museu do Ipiranga, reuniu-se com representantes da USP, do governo do Estado de São Paulo e das empresas patrocinadoras para apresentar os avanços na reforma do edifício-monumento. A reunião aconteceu no dia 11 de fevereiro, no prédio do Escritório Pinheiro Neto Advogados, em São Paulo.

“A parceria com todas essas instituições mostra que estamos desenvolvendo um novo conceito de incentivo à cultura e à educação no Brasil. O Museu do Ipiranga é um símbolo nacional que representa o surgimento do Brasil como nação independente. Em 2022, no bicentenário da Independência, esperamos entregar um novo museu ao público, um novo conceito de museu histórico”, ressaltou o reitor Vahan Agopyan.

O Escritório Pinheiro Neto Advogados, um dos parceiros patrocinadores, foi representado pelos sócios Fernando Prado Ferreira e José Carlos Meirelles. “Nosso interesse por esse projeto está no DNA do escritório. O próprio Pinheiro Neto sempre teve a preocupação de retribuir à sociedade um pouco do que recebeu. Por isso, para nós, poder contribuir com a reforma do Museu do Ipiranga é muito importante”, explicou Meirelles, membro da Comissão de Responsabilidade Social do escritório.

Durante a reunião também foi firmado um convênio entre a Fundação Banco do Brasil – representada pelo seu presidente, Asclepius Ramatiz Lopes Soares – e o Museu do Ipiranga, para a doação de R$ 12 milhões destinados à criação das novas exposições da instituição. Os recursos serão investidos na conservação e restauro das quatro mil peças que serão expostas, na decoração dos espaços e na compra de mobiliário.

O convênio entre a Fundação Banco do Brasil e o Museu do Ipiranga destina recursos a novas exposições, restauro e conservação de peças e compra de mobiliário – Foto: Cecília Bastos/USP Imagem

O novo Museu do Ipiranga

Depois de finalizada a reforma, o Museu do Ipiranga contará com 5.456 metros quadrados de área expositiva, dividida em 43 ambientes para exposições de curta e longa duração.

A professora Vânia Carneiro de Carvalho, que coordena o Grupo Executivo de Museologia, apresentou as diretrizes que guiarão as futuras exposições. Elas vão abordar questões históricas ligadas à formação da nação brasileira, a disputa de territórios, a paisagem urbana e os ambientes doméstico e do trabalho, com itens do próprio acervo e também emprestados de outras coleções.

A diretora do museu, Solange Ferraz de Lima, falou sobre as ações culturais e de divulgação que já estão acontecendo e devem se intensificar até a reinauguração, como visitas guiadas no museu em obras, oficinas, palestras e minicursos. “Nosso desafio é ampliar cada vez mais a divulgação, tanto na imprensa quanto nas redes sociais, para que a sociedade entenda a importância de um museu histórico como esse não só para a cidade de São Paulo, mas para o Brasil”, explica Solange.

O reitor chamou a atenção para o fato de que, “além de ser um dos principais museus históricos brasileiros, o Museu do Ipiranga é um museu universitário, e suas atividades de ensino, pesquisa e extensão continuam ininterruptamente. Apenas a parte expositiva está fechada para a reforma”.

Para comemorar o aniversário de São Paulo, no dia 25 de janeiro, o Museu do Ipiranga realizou o Tapume! Festival de Graffiti, que reuniu 35 grafiteiros com a missão de transformar em obra de arte os 219 metros de tapumes instalados para a reforma – Foto: José Rosael / Museu do Ipiranga

Sobre o andamento da obra, o superintendente do Espaço Físico da USP, Francisco Ferreira Cardoso, disse que as atividades preliminares – como instalação de tapumes, andaimes e canteiros, o remanejo de árvores e o acompanhamento arqueológico – estão sendo concluídas e, em breve, terão início a restauração da fachada sul e a construção de um Pavilhão de Informações.

O coordenador do Escritório de Desenvolvimento de Parcerias da USP, Rudinei Toneto Júnior, finalizou a apresentação com os dados atualizados de recursos já captados e a previsão de gastos ao longo dos três anos de projeto.

Projeto de restauração do museu

Inaugurado em 7 de setembro de 1895, como museu de História Natural e monumento à Independência do Brasil, o Museu do Ipiranga integra a USP desde 1963. Foi fechado para visitação do público em 2013 e a expectativa é que seja reaberto em setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil.

Com duração de 30 meses, a obra deve custar cerca de R$ 139,5 milhões e é patrocinada via Lei de Incentivo à Cultura pelas seguintes empresas: Banco Safra, Bradesco, Caterpillar, Comgás, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), EDP, EMS, Honda, Itaú, Vale, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e Pinheiro Neto Advogados. Conta, ainda, com a parceria da Fundação Banco do Brasil e da Caixa.

Ao seu término, o museu estará completamente renovado e ampliado. O edifício seguirá as normativas atuais de infraestrutura, acessibilidade, sustentabilidade e segurança, com equipamentos especiais para a prevenção de incêndios.

Por Erika Yamamoto/Jornal da USP

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