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Resíduos agravam mudanças climáticas

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A falta de chuvas em alguns pontos do planeta, excesso de tempestades em outros, derretimento de geleiras, furacões… Embora pareçam distantes, esses eventos climáticos já têm causado consequências sentidas por todos nós. A redução da água doce no planeta, o aumento do nível dos oceanos e a seca ou enchentes em vários pontos tem provocado alterações em plantios e colheitas de alimentos, circulação de mercadorias, geração de energia e fornecimento de água potável.

Mas, o que podemos fazer de prático no cotidiano para contribuir na construção de um futuro melhor, com redução dos eventos climáticos intensos? Sabia que até a geração de resíduos urbanos tem conexão estreita com o aquecimento global?

Lixo e poluição

O crescimento do volume de resíduos gerado no mundo é resultado da aceleração do processo industrial e também do consumo sem consciência. Esse ciclo resulta em muita extração de matéria prima, acima da capacidade de recuperação da natureza. Mas, o agravamento da situação vem do descarte incorreto, seja porque embalagens recicláveis acabam em aterros ou, pior ainda, nos oceanos, rios, ruas da cidade…

A poluição, a sujeira, a contaminação das águas, o excesso do uso de combustíveis fósseis – tanto na produção quanto no transporte de itens para consumo – todos esses problemas da vida moderna têm estreita relação com a geração de lixo, o que torna urgente a discussão sobre o descarte correto desses resíduos. Por sua vez, esse desequilíbrio e desrespeito à natureza  resultam no efeito estufa, com alta emissão de poluentes na atmosfera, que em última instância têm provocado os eventos climáticos incomuns e que têm comprometido comunidades por todo o planeta.

Embalagens

A evolução tecnológica trouxe, sem dúvidas, muitos benefícios – dos tratamentos em saúde a descobertas diversas que facilitam o cotidiano. Mas, paralelamente, a vida em sociedade tornou-se mais acelerada e, na atualidade, especialmente após a pandemia, muitas famílias estão buscando se reconectar com a natureza.

Esse desafio pelo equilíbrio deve se repetir na economia e atividade produtiva, com consumidores e produtores pensando no uso de tecnologia para resgatar até mesmo hábitos antigos.

A indústria da embalagem se desenvolveu para atender uma demanda por higiene, fracionamento e agilidade para o consumidor com tempo mais escasso por conta da vida moderna.

Resultado: atualmente, um terço dos resíduos domésticos é composto por embalagens.

Assim, se num passado nem tão distante as pessoas recebiam leite em latões deixados na porta de casa, buscavam cereais em sacos vendidos a granel e usavam garrafas de vidro retornáveis para cervejas e refrigerantes,  na sociedade mais moderna passaram a usar e abusar das embalagens descartáveis, especialmente de plástico.

Elas garantem higiene dos produtos – e, portanto, saúde do consumidor – mas o desafio da indústria e dos designers é criar embalagens que possam retornar à indústria sem sequer a necessidade de reciclagem.

Também estão sendo planejadas embalagens que possam ser reaproveitadas – como uma caixa de presente que pode se transformar em porta-papéis ou levar um novo presente; uma embalagem de vidro ou plástico que possa ser transformado em jarra, refratário, pote para armazenamentos diversos…

Vale ressalvar que é bem verdade que algumas práticas antigas estão de volta, ainda que em menor escala – vasilhames retornáveis, compras a granel.

Por fim, embalagens que sejam efetivamente recicláveis, ou seja, que a indústria garanta o processo de transformação e reaproveitamento do material – seja pela facilidade do processo, seja pelo interesse das cooperativas e centrais de triagem em reciclar aquele material.

É fato que a maior parte das embalagens atuais já é reciclável. Ao consumidor, resta a responsabilidade simples de separá-las e encaminhar para a coleta seletiva.

Nas zonas sul e leste de São Paulo, esse serviço – bem como a coleta tradicional – é executado pela concessionária Ecourbis Ambiental.

Um caminhão especial passa recolhendo os recicláveis uma ou duas vezes por semana. Para saber o horário em que o serviço é executado, basta acessar o site ecourbis.com.br/coleta/index.html

Comunidade

Nesse processo de retomada de hábitos antigos, do contato com a natureza, outra mudança será urgente: a retomada da consciência de comunidade.

Muita gente se queixa de que as famílias não têm mais o mesmo relacionamento com os vizinhos. Mas se a vida moderna é impeditiva para esse contato cotidiano, novamente é a tecnologia que pode facilitar a ação efetiva das pessoas em comunidade.

Seus vizinhos separam vidro, metal, plástico e papel para reciclagem? Poucos? Por que não discutir o tema em uma reunião de condomínio ou em grupos de mensagens, nas redes sociais?

Para aqueles que dispõem de mais tempo ou interesse, outra ideia é procurar a associação de seu bairro, Organizações Não Governamentais ou mesmo grupos em igrejas, clubes… Além do diálogo, esses grupos organizados podem desenvolver projetos educativos, coletar doações, estimular o conserto de itens que seriam descartados, promover feiras de trocas (brinquedos, roupas, livros…), incentivar gincanas com as crianças para que acompanhem e ajudem a reduzir o consumo doméstico de energia e água…

Interconectado

A escassez de chuvas, que tem colocado em risco o fornecimento de água e energia, tem estreita relação com a questão da geração de resíduos, portanto.

Ao perceber que os recursos do planeta são finitos, adultos e crianças ganham consciência da importância do consumo consciente, sem desperdício, e da importância da reciclagem e do descarte correto de qualquer produto – do papel de bala enquanto se caminha pela rua à máquina de lavar quebrada.

O Brasil já é o quarto maior produtor de resíduos do mundo, atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia. Também é um dos maiores geradores de plástico e de lixo eletrônico, especificamente.

Uma máxima entre ambientalistas é que o melhor resíduo é aquele que não é gerado. Assim, reduzir ao máximo, reciclagem e descartar corretamente são tarefas de todos.

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