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Problemas na região

Reservatórios da Sabesp geram queixas de abandono por vizinhos

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Espaços já foram utilizados até como áreas culturais e de lazer, na década passada

Não faz tanto tempo assim: no final da década de 1990, a Sabesp implantou o projeto Reservatório Cultural. A ideia era aproveitar o imenso espaço de alguns deles, oferecendo lazer e cultura à população. Mas, em pouco tempo, a proposta foi abandonada. Hoje, os reservatórios são alvos de queixas e denúncias da vizinhança.

Um dos alvos do antigo projeto, o de Vila Mascote, na Avenida Santa Catarina, agora abriga usuários de crack e marginais prontos a assaltar a população do bairro. A denúncia foi feita recentemente por vizinhos, em uma reunião do Conselho de Segurança do Jabaquara. Há dois anos, já houve outras queixas, de moradores que se lamentavam do abandono daquele lugar que já foi palco de atividades recreativas e sediou até uma biblioteca. A Sabesp chegou a informar que revitalizaria a área, mas isso nunca aconteceu.

Na Vila Mariana, a caixa d’água da Sabesp junto à Rua Carlos Petit também já integrou o projeto Reservatório Cultural – foi símbolo da proposta, até. Havia uma biblioteca dentro de um container, assim como em Vila Mascote, onde a estrutura hoje está completamente enferrujada, além de quiosques, bancos, área verde livre e aberta ao uso da população, como em uma grande praça. Mas, embora ali a manutenção esteja melhor, tornou-se mais um espaço cercado por grades e de acesso proibido.

Já na Avenida Engenheiro George Corbisier, onde há um reservatório menor, conhecido por Vila do Encontro, a reclamação dos vizinhos é com relação à existência de tubulações e arcos similares a pneus expostos ao tempo. Embora os arcos estejam cobertos, não há proteção para as tubulações de concreto. E uma moradora da região acredita que mesmo o plástico que recobre parte do material também pode estar acumulando água. Dessa forma, ela teme que todo esse material facilite o acumulo de água parada, facilitando a procriação do mosquito Aedes aegipty, transmissor da dengue.

“O governo vem gastando dinheiro com campanhas educacionais e de alerta orientando a população como proceder para se evitar criadouros de larvas desta doença em seu lares”, ressalta a leitora Sueli Furakase. “Além do que o local frequentemente aparenta falta de zelo com o mato crescendo e os muros sujos e pichados há muito tempo”, completa, apontando para um cenário similar ao que se vê nos outros dois reservatórios.

O jornal SP Zona Sul encaminhou as denúncias à Sabesp, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.

     

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