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Cultura

Relatos de imigrantes libaneses garantem emoção a espetáculo em cartaz no Sesc Ipiranga

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A sensível dramaturgia do espetáculo teatral “Cartas Libanesas” foi inteira apoiada em histórias reais de imigrantes libaneses no Brasil. Em cartaz desde o dia 20 no Sesc Ipiranga, a peça é garantia de emocionantes momentos para a plateia – seja o espectador um descendente de libaneses ou de qualquer outro povo imigrante que ajudou a formar a cidade.
Em 2009 o ator Eduardo Mossri encontrou as cartas que sua avó recebia do seu avô, imigrante libanês, que tentava ganhar a vida no Brasil no início do século XX. Eduardo levou essas cartas para José Eduardo Vendramini, que também tem descendência libanesa. Além das cartas Vendramini pesquisou relatos verídicos de imigrantes libaneses no Brasil para construir o monólogo que conta a vida do personagem Miguel, que leva o mesmo nome do avô do autor.
Na peça, Miguel é um jovem libanês que vem para o Brasil com o intuito de prosperar financeiramente e logo voltar ao Líbano, onde deixou sua esposa grávida. Após anos de sofrimento e trabalho, se descobre apaixonado pela nova terra e decide convencer a mulher a vir morar com ele no novo país.
“A peça é a historia de um mascate, contada por um ator mascate que resgata suas próprias historias para refletir sobre a imigração. É uma ode de amor e gratidão a todos aqueles que imigraram e enriqueceram nossa identidade cultural.”, comenta o ator.
A encenação
O diretor Marcelo Lazzaratto optou por priorizar a voz do ator e os sons da trilha para encenar este texto. Enquanto o ator Eduardo Mossri interpreta as angústias, as conquistas e aventuras de Miguel com sua mala de mascate e um microfone antigo a tira colo, a trilha composta por Gregory Slivar invade o palco.
“Quero que a voz do Eduardo exista na mesma intensidade que a trilha, nesta encenação a música e os sons terão o mesmo volume e importância que a voz falada, uma história contada principalmente pelo som.”, explica o diretor que também é responsável pela luz do monólogo. O figurino criado pelo estilista Fause Haten traz cores claras desenhando a elegância masculina do início do século XX.
O cenário assinado por Renato Bolleli tem como objetivo evidenciar o ator usando poucos elementos, como ribaltas margeadas por galhos de cedro que formam um semi-círculo atrás de Eduardo, torres de luz e um pedestal.
O monólogo integra a série “Teatro Mínimo”, com espetáculos intimistas, baseados essencialmente no trabalho de interpretação do ator fica em cartaz até 30 de maio. Sextas às 21h30 e sábados às 19h30, exceto dias 3/4 e 1/5. Preço : R$ 20,00; R$ 10,00 (credencial de atividade). R$ 6,00 (credencial plena).
O Sesc Ipiranga fica na Rua Bom Pastor, 822. Tel: 3340-2004. Classificação: Livre.

 

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