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Urbanismo

Reformado, Largo da Cinemateca exalta história

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O largo Senador Raul Cardoso já foi pasto para boiadas. E entrada para vagões de trens que traziam e levavam carne bovina para o Matadouro paulistano, que funcionou ali nos primeiros anos do século XX. Depois, o prédio histórico do antigo Matadouro ficou por muitos anos abandonado, tornou-se depósito de ferragens e equipamento de iluminação, até que se transformou na sede da Cinemateca. Restaurado, o patrimônio artitetônico e cultural da cidade passou a receber eventos, com circulação constante de pessoas, tornando-se uma referência na cidade. Mas, bem sabem os moradores do bairro, até pouco tempo ali ainda ocorriam provas para quem buscava carteira de habilitação, pelo Detran. E as autoescolas, nessa balada, aproveitavam para fazer ali treinamento de seus alunos, dicas de baliza…Até que, finalmente, o largo foi reformado. Foram mais de cinco meses de reforma, que culminou com 1.146 m² de passeio totalmente novo, intertravado, com alargamento de calçada, readaquação do traçado geométrico, vagas de estacionamento para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, faixas demarcatórias de estacionamento a 45º e uma lombofaixa redutora de velocidade em frente à entrada principal da Cinemateca. O sistema viário foi reordenado, com ampliação e reforma das calçadas e criação de área para embarque e desembarque de frequentadores, e com adaptações para acessibilidade. Foram instalados também quatro postes de iluminação e, vale lembrar, o largo também se transformou em um dos dez pontos do bairro onde é possível alugar bicicletas.A Cinemateca Brasileira também informa que parte do muro foi substituída por gradis que dão maior visibilidade para os jardins. Agora, ali também serão promovidas ações voltadas para o público de terceira idade no âmbito do projeto Bairro Amigo do Idoso, parte da iniciativa Cidade Amiga do IdosoCríticasApesar de as notícias serem boas, a reforma gerou críticas. De acordo com Asunción Blanco, coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) Mobilidade da Rede Nossa São Paulo, especialista em calçadas, a reforma foi feita sem obedecer normas estipuladas pela própria Prefeitura. Entre as falhas, ela citaa necessidade de uma área central de no mínimo 1,20 metro de largura, feita em cimento, por ser o piso “mais adequado para cadeirantes e carrinhos de bebê, já que o bloco utilizado não fica assentado de maneira uniforme e trepida.”

 

Largo agora tem área para embarque e desembarque, estacionamento regulamentado a 45o e ponto do “Bike Sampa”

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