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Reduza o consumo de descartáveis

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reciclar vidros de esmalte

Ao longo das últimas décadas, a tecnologia avançou nas mais diversas áreas e muitas mudanças de hábito foram provocadas por invenções que visavam a praticidade, a higiene e conservação de produtos. Mas, se por um lado os avanços são inegáveis e não é possível abrir mão deles, por outro talvez agora seja o momento de rever alguns deles, que estão trazendo problemas graves para a população mundial.

O excesso de lixo produzido pela humanidade representa desperdício de energia, poluição, descompensação ambiental que leva até a pandemias e dificuldade em destinar toda essa montanha de resíduos.

Uma das perguntas que a sociedade moderna precisa fazer é: precisamos mesmo de tantos itens descartáveis? E um segundo questionamento para, inclusive, direcionar novos estudos em tecnologia é: como podemos criar  produtos recicláveis e reaproveitáveis que não sejam descartados depois de pouco tempo de uso?

Pare para pensar um pouco na quantidade de itens que usamos por pouco tempo e descartamos, muitas vezes sem concluir o uso: bitucas de cigarro, isqueiros, canetas, lápis, escovas e cremes dentais, vidrinhos de esmalte, lixas de unha, lâminas de barbear, etiquetas adesivas, pilhas, balões de festa, películas para proteger celulares ou tablets, elásticos, grampos e clipes de escritório, fotografias (impressas em papel fotográfico), sachês de temperos, cápsulas de café expresso…

Isso sem falar nas embalagens de material não reciclável como latas spray, sacos feitos de papel laminado, celofane, latas de tinta… Por exemplo, balas, biscoitos e bombons geralmente são embalados em papeis de celofane e laminados – por serem produtos pequenos, a quantidade de embalagem não reciclável que vai direto para o lixo é proporcionalmente alta.

Mas, como podemos reduzir esses “pequenos impactos” que, somados, trazem grande prejuízo ao meio ambiente, inclusive com altos custos no processo de descarte e gerenciamento de lixo?

Recuse o que é desnecessário

Na hora em que vai comprar frios, legumes, frutas e verduras, realmente precisa da bandeja de isopor? Já existem tecnologias para reciclar esse tipo de plástico, mas o peso muito leve para um volume muito grande do produto desestimulam esse mercado e a realidade é que a maior parte do isopor acaba no lixo comum.

Em tempos de aparelhos eletrônicos com alta capacidade, evite também fazer a ampliação de fotos em papel fotográfico.

Outro item que pode ser substituído são aqueles papeis adesivados para anotar recados – procure blocos comuns, de preferência até de papel reciclado, favorecendo e estimulando o ciclo completo desse material.

Se utiliza isqueiros, dê preferência aos não descartáveis, aqueles que têm refil do líquido combustível, para evitar a geração de mais lixo.

Cosméticos

Talvez o exemplo mais impressionante seja o de esmaltes: um vidrinho tem apenas entre 5ml e 10 ml. São embalagens feitas de vidro e plástico – na tampa e nas cerdas, além de muitas contarem com rótulo adesivo.

Embora os números sejam desconhecidos e, mesmo com a queda no consumo desses itens provocada pela pandemia, ainda assim estima-se que mais de 200 milhões de unidades são vendidas por ano no Brasil, que é o segundo maior consumidor de esmaltes para unhas no mundo.

A primeira dica é reduzir a compra de esmaltes. Muitos consumidores não usam o esmalte até o fim e o produto acaba por vencer. Evite o desperdício comprando apenas cores que mais usa ou recorrendo a profissionais no caso de optar por cores pouco usadas.

Algumas marcas de cosméticos contam com programas de reciclagem e pontos de entrega de embalagens – não só esmaltes, mas perfumes, maquiagens, bisnagas de cremes, sprays… Em caso de dúvidas ou mesmo reclamação da falta de programas de reciclagem, entre em contato com a sua marca preferida e informe-se, reivindique que recolham as embalagens vazias ou de produtos vencidos.

No escritório ou comércio

Também no escritório, não basta evitar o uso de descartáveis como copos de plástico, mexedores, sachês de açúcar.

Com a popularização do uso de aplicativos de mensagens, mensagens eletrônicas e tantas formas de enviar textos, ofícios, faturas e todo tipo de recado ou documento oficial pela internet que evitar impressões desnecessárias já é uma preocupação em muitos deles para reduzir o uso do papel.

Mas, vá além evitando outras compras de material de escritório: elásticos, clipes e grampos metálicos, por exemplo, não são recicláveis, então o ideal é evitar o uso.

Carbono e papel de fax são outros materiais em desuso, o que também é positivo porque esses tipos de papel não são recicláveis. Mas, atenção: notinhas de cobrança e cartões de crédito são feitas em papel de fax – sempre que possível, evite, solicitando o envio por SMS ou acompanhando suas faturas online e evitando esses papéis que, inclusive, têm a impressão apagada com o tempo.

Higiene pessoal

  Ainda é complexo substituir fraldas e absorventes descartáveis, mas já existem alternativas reutilizáveis.

Inegável, porém, é que a higiene pessoal e cuidados são essenciais para evitar doenças. Nesse processo, sempre haverá resíduos não recicláveis – como as fraldas descartáveis ou o papel e lencinhos higiênicos – que devem ser descartados no lixo comum doméstico.

Mas há outros itens que podem ser encaminhados para a reciclagem, como é o caso das embalagens de pasta de dente e escovas dentais.

Atualmente, há programas de apoio a cooperativas de catadores de recicláveis, garantindo que esses itens sejam transformados para novos usos.

Os programas funcionam nas cooperativas paulistanas de catadores e em vários pontos do país. Então, para participar, basta encaminhar esse material para a coleta seletiva.

Nas Zonas Sul e leste da capital, a coleta seletiva, assim como a coleta de lixo domiciliar regular, são serviços prestados pela concessionária Ecourbis Ambiental.

Para saber o horário e data em que cada uma das equipes passa em sua rua, basta acessar: https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html

Artigos especiais

Há, por outro lado, alguns artigos de difícil reciclagem, como esponjas de limpeza, lápis, lapiseiras, canetas dos mais diferentes tipos. Nesses casos, há iniciativas isoladas das indústrias para recolher e transformar esses resíduos.

A Faber Castell, empresa que produz artigos de escrita tem uma ação para recolher esse material. Mas é preciso juntar no mínimo cinco quilos – o que é possível organizando doações em seu condomínio, escola ou empresa.

No site terracycle.com.br é possível saber onde há postos de coleta na cidade de São Paulo ou o endereço para envio do material por correio.

O mesmo site traz também dicas para quem quer encaminhar esponjas de limpeza de uso doméstico, cápsulas de café e embalagens de biscoitos e outros produtos que normalmente não são separadas em cooperativas de catadores.

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