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Quem paga pela sujeira nas ruas?

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A resposta parece meio óbvia: quem paga pela sujeira nas ruas da capital é a própria população. E não se trata apenas do custo pago pelos serviços de varrição e coleta, mas também dos custos por resultado de enchentes, alagamentos e suas consequentes obstruções no trânsito, desmoronamentos, poluição dos rios, proliferação de insetos e doenças por eles provocadas…

Para se ter ideia, só a Concessionária Ecourbis Ambiental, responsável pela coleta domiciliar e seletiva nas regiões Sul e Leste da capital, tem 400 veículos e mais de 3 mil funcionários nesse trabalho, executado diariamente. Não faltam recursos, equipamentos ou pessoal, portanto, falta consciência do cidadão…

Em síntese, o custo é alto e todos pagamos por falhas que são da própria população. O mais interessante é perceber que todas as situações teriam soluções bem simples, ao alcance de todos.

Confira!

Lixo na rua

Quem nunca viu um carro atirando um guardanapo, uma latinha ou um pacote qualquer pela janela?
Além de perigoso, porque esse resíduo pode assustar um motorista ou atingir algum pedestre, o hábito suja a cidade e não faz o menor sentido.
É tão simples resolver – basta deixar um saquinho ou recipiente para ir descartando dentro do carro e depois deixar em casa ou no escritório, descartando da forma correta ou até encaminhando para a reciclagem.

O mesmo vale para pedestres – inclusive com relação às bitucas de cigarro. Se não encontrar papeleiras e lixeiras pela rua, guarde o resíduo na bolsa ou simplesmente não consuma nada que não tenha onde descartar os resíduos corretamente.

O volume total de varrição na cidade vem caindo nos últimos anos, o que indica maior consciência do cidadão, mas ainda é muito alto. Nesse ano de quarentena, o índice caiu drasticamente nos meses de março a junho, mas voltou a subir com a reabertura do comércio e retomada de algumas atividades, demonstrando que as pessoas ainda descartam muitos resíduos irregularmente. Em média, são coletadas pela varrição na cidade cerca de 7 mil toneladas por mês.

Entulho

As sobras de material de cosntrução – sejam de uma pequena ou grande reforma – devem ser corretamente descartadas.

Os ecopontos da cidade funcionam diariamente e recebem pequenas quantidades – até um metro cúbico por dia – gratuitamente. Basta levar.

Não entregue entulho ou bagulhos (móveis e eletrodomésticos velhos e quebrados, pneus, “ferro velho”) a carroceiros. Se ele deixar esse material abandonado em alguma esquina, a responsabilidade pelo crime ambiental é sua.

Se o volume de entulho for grande, contrate empresas especializadas, que deixam caçambas para recolher o material. Mas, esse processo também demanda cautela e responsabilidade: há uma lista de empresas cadastradas para prestar o serviço, para garantir que o posterior descarte do material seja em local adequado. Quem contrata empresas não cadastradas, novamente corre risco de ser responsabilizado por crime ambiental.

A lista de empresas e outras orientações para a coleta dos Resíduos da Construção Civil estão disponíveis aqui.

A Prefeitura também instituiu o projeto Revitaliza SP, que pretende eliminar e revitalizar, só nesse ano, 900 pontos viciados, por meio de limpeza e educação ambiental. Além da retirada do lixo, a ação envolve pintura de guias, muros e paisagismo, e é realizada em parceria com os consórcios de varrição, coleta domiciliar, com as Subprefeituras e com os moradores, com a partricipação de 6 mil agentes de limpeza e inclui ações de conscientização da comunidade do entorno.

Horário

Outra preocupação essencial e que muitas famílias ainda não adquiriram: o horário de colocar os resíduos – recicláveis ou não – fora de casa para coleta. Parece muito simples, mas se o lixo for exposto em via pública muito cedo, pode ser alvo do ataque de animais ou levado pela enxurrada. Também não é preciso deixar para o último minuto, porque há o risco de o caminhão já ter passado e o saco de lixo permanecer por muitas horas na rua.

Para saber o horário correto em que a coleta tradicional ou a coleta seletiva acontecem em sua rua, basta acessar o site www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.

Vale ainda destacar que há previsão de multas para quem coloca o lixo fora do horário previsto.

Bocas de lobo e córregos

O descarte incorreto provoca muitos problemas para a cidade. Pequenos resíduos jogados pelas ruas, objetos abandonados em vias públicas, sacos de lixo colocados em pontos errados ou fora de horário… toda essa sujeira pode escorrer por sarjetas e entupir bocas de lobo, agravar o problema das enchentes.

Também é comum ver resíduos – recicláveis ou não – jogados em córregos, abandonados em suas margens.

Resultado: o custo de limpeza recorrente e de grandes volumes de resíduos das bocas de lobo ou beira de córregos é bancado pelos cofres públicos, com dinheiro do contribuinte.

Só esse ano, já foram retiradas das bocas de lobo da cidade mais de 15 mil toneladas de resíduos. Na limpeza de córregos, a Prefeitura mobiliza mais de 70 equipes que retiraram, no ano passado, mais de 70 mil toneladas de sujeira dos 228 córregos da cidade.

Todos esses números, somados às 12 mil toneladas de resíduos domésticos encaminhados para aterros todos os dias, indicam que é urgente repensar a geração de resíduos, a destinação correta e, principalmente, mudar em definitivo a atitude do cidadão que não se preocupa com o lixo que produz e descarta diariamente.

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