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Meio ambiente

Quanto tempo deve durar um aparelho eletrônico?

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Muitos consumidores já ouviram falar em “obsolescência programada”, que é um termo usado no comércio e na indústria, desde o pós-guerra, para identificar a prática empresarial de criar produtos com durabilidade limitada. Desta forma, o consumidor precisa continuar a comprar e a indústria permanece vendendo.
Mas, na atualidade, a curta durabilidade dos produtos tem acarretado danos ao meio ambiente: por conta da extração de materiais da natureza, do uso de água, energia e combustíveis na produção e transporte destes itens e, por fim, no descarte dos itens, ou seja, na geração de “lixo”. Até porque estes resíduos podem ser tóxicos ao meio ambiente e contaminar solo e lençóis freáticos.
Mas, especialistas têm alertado também para o fato de que a atuação do consumidor é essencial para modificar esta realidade. 0
Muitos consumidores trocam seus produtos antes que os anteriores percam funcionalidade ou deixem de funcionar. Compram um novo celular, um novo carro, um novo televisor, por conta do modelo mais atual lançado, do visual mais moderno, sem que representem efetiva alteração no seu uso prático diário.
Celulares e computadores têm sido os produtos que mais recebem reclamações nos Procons de todo o país, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). Há também muitas queixas relacionadas a impressoras e lavadoras de roupas.
Vale ainda ressaltar que muitos dos produtos sequer contam com assistência técnica disponível. Outro problema é o custo do conserto: muitos consumidores optam pela aquisição de um novo item, já que a reposição depeças ou softwares pode ser cara e demorada.
Entretanto, estimativas indicam que a cada cinco anos mais da metade dos computadores e celulares apresentarão problemas. Ainda assim, o tempo médio de posse dos computadores é de 3,1 anos e dos celulares é ainda menor, 2,6 anos. Isto significa que muitos dos consumidores se planejam para trocar os objetos antes mesmo de apresentarem problemas.
Para modificar o comportamento da indústria, portanto, é preciso mais do que exigir equipamentos mais duráveis e responsabilidade pelo descarte correto dos artigos. O próprio consumidor precisa adotar atitude mais sustentável usando artigos por mais tempo, buscando o conserto antes do descarte definitivo e garantindo descarte ambientalmente correto para cada um.
De acordo pesquisa realizada pelo Idec em parceria com a Market Analysis – instituto especializado em pesquisas de opinião –, 81% dos consumidores trocam de celular sem antes levá-lo à assistência técnica para saber se é possível consertá-lo.

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