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Meio ambiente

Quais os critérios para autorizar remoção de árvores em risco de queda?

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Subprefeitura de Vila Mariana demora a atender remoções e promove outras questionadas por leitores

Em julho de 2010, a Prefeitura iniciou o programa Identidade Verde. O objetivo era mapear as árvores da cidade e identificar aquelas que apresentavam risco de queda para que fossem tratadas, podadas ou até mesmo removidas, quando necessário. A região de Vila Mariana foi uma das primeiras a entrar no projeto e, segundo informações da própria Secretaria de Subprefeituras, uma das que mapeou maior número de árvores. Mas, passado mais de um ano, dá para dizer que a população está mais segura e que exemplares em evidente situação de risco não vai cair em dias de fortes ventanias ou temporais? O ritmo do programa de mapeamento foi mantido? Ao que tudo indica, não.

Há alguns meses, o jornal mostrou um pinheiro existente na Rua Luis Augusto de Campos, uma pequena vila em Mirandópolis, que estava apoiado apenas por um cabo implantado pela vizinhança, para que não despencasse sobre a vizinhança. Ainda assim, a Subprefeitura de Vila Mariana questionou quem seria o autor do pedido da remoção e demorou mais de um mês para agir, após a denúncia do jornal. Nesse período, a cidade enfrentou tempestade que resultou na queda de alguns exemplares em diferentes bairros, gerando um “apagão”. Na mesma matéria, era apontada outra árvore, localizada na Rua Pedro de Toledo, na Vila Clementino, cuja remoção já havia sido autorizada em Diário Oficial no mês de fevereiro. Mas até agora, não foi feito o serviço – neste caso, após um incêndio, o tronco ficou oco e a vizinhança teme que o planta não resista à próxima tempestade…

Nas últimas semanas, novamente o jornal foi procurado por moradores de Mirandópolis indignados com outra situação que indicaria falta de critérios na ação das equipes de áreas verdes. “Árvores saudáveis e lindas foram removidas das calçadas da Avenida Senador Casemiro da Rocha, entre a Praça Santa Rita de Cássia e a Rua Caputira”, relatou um leitor indignado. “Se o problema era a falta de iluminação no local, deveriam ter rebaixado as luminárias de toda a área, como aliás está prometido há anos, ou podado as copas apenas”, diz ele, que prefere não ter seu nome publicado.

O morador, que vive na Rua das Camélias, conta que caminha diariamente pela região e que vê outras árvores precisando da ação da Prefeitura e sendo ignoradas. “Se os agrônomos passaram por aqui, será que eles não viram a árvore que está quase despencando sobre a mesma Avenida Senador Casemiro da Rocha, na altura do número 1171? Aquela, sim, pode provocar um acidente feio ou até a morte de algum motorista, como aconteceu este ano no Butantã”, compara o leitor.

O jornal São Paulo Zona Sul vem buscando respostas junto à assessoria de imprensa da Subprefeitura de Vila Mariana sobre as motivações das remoções efetuadas na calçada junto à Praça Santa Rita e sobre os serviços não executados na Rua Pedro de Toledo. Denunciamos ainda o risco de queda da árvore no número 1171 da Avenida Senador Casemiro da Rocha. Inicialmente, a Subprefeitura voltou a questionar o fato de não existir solicitação para a remoção do exemplar. Mas, não bastaria checar se realmente há perigo de queda?

Até o fechamento desta edição, a Subprefeitura não respondeu…

Segundo divulgação da própria Prefeitura, o programa identidade verde promoveria “um minucioso diagnóstico das árvores da cidade” para ralizar “as intervenções necessárias”.

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