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Produtos naturais geram menos lixo

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lixo

A pandemia de Covid 19 trouxe a clareza de que agressões à natureza, desequilíbrios nos ecossistemas acabam por repercutir negativamente em nossas vidas, não só individualmente, mas coletivamente.

Repensar hábitos, portanto, torna-se não mais uma decisão pessoal, mas sim uma necessidade de toda a sociedade.

Ao mesmo tempo, é inegável que as pessoas estão sentindo a necessidade de se reconectar com a natureza, voltar a fazer passeios ao ar livre, frequentar parques, fazer exercícios, usar bicicletas em lugar do carro, viajar, retomar atividades culturais e de lazer.

Talvez, nesse momento de distanciamento social, a reflexão tenha acontecido de forma obrigatória.

Essa reconexão com a simplicidade e com a natureza podem, realmente, fazer muita diferença e a produção de lixo diária em nossas casas representará em que medida conseguimos, efetivamente, melhorar a qualidade de vida.

Menos

embalagens

Quando se fala em geração de lixo, a maioria das pessoas costuma apontar para a importância da reciclagem e a necessidade de aumentar o volume direcionado a essa transformação na cidade.

A reciclagem é efetivamente fundamental e tem crescido na cidade, mas é o último passo na meta de reduzir a quantidade de resíduos enviada para aterros sanitários.

Antes, é preciso procurar a redução na geração do lixo. Consumir menos, consumir melhor são as metas.

Além de reduzir as compras e cortar o desperdício, é importante também comprar coisas que durem mais e que não representem geração de lixo. Em vez de caixinhas de suco, garrafas de refrigerante ou mesmo de água engarrafada, o correto é usar frutas para fazer bebidas naturais, usar um filtro.

O mesmo vale para outros alimentos industrializados, porcionados e embalados em excesso – enlatados, congelados, multiprocessados.

Dessa forma, a quantidade de lixo doméstico é bem menor e as embalagens inevitáveis podem ser encaminhadas para a reciclagem, trazendo ainda o benefício social de gerar renda para centenas de catadores das cooperativas cadastradas pela Prefeitura.

Para saber a hora e a data correta em que a coleta tradicional de lixo ou a coleta seletiva acontecem em sua rua, basta acessar https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html. Esses serviços são prestados, nas zonas sul e leste de São Paulo, pela concessionária Ecourbis Ambiental.

Menos carne

A produção de carne é muito prejudicial ao meio ambiente: representa a destruição de florestas para formação de pastos, causa poluição pela emissão de propano e representa imenso consumo de água – desde a criação até o abate dos animais.

Mas, os problemas ainda vão além. Pesquisas desenvolvidas pela Embrapa mostram que a carne é um dos alimentos mais desperdiçados pelos brasileiros. A preocupação com a diversificação do cardápio, sem repetir refeições, aliada a um conceito equivocado de “fartura” leva muitos brasileiros a jogar sobras de alimentos preparados e a carne está entre os produtos que vão para o lixo – quase 20% do total de alimentos “jogados fora”.

Também há desperdício no ponto de venda: boa parcela das carnes que chegam às gôndolas de supermercados não são vendidas antes de perderem a validade e acabam no lixo – aumentando o custo de produção e o valor de venda e aumentando o volume de lixo produzido diariamente.

A Organização das Nações Unidas e diversas Ongs ambientalistas têm difundido a ideia de reduzir o consumo semanal de carne nas famílias, de forma a ampliar a diversidade de itens consumidos ao mesmo tempo em que os impactos ambientais diminuem.

A orientação é principalmente no sentido de aumentar o consumo de leguminosas e grãos, que demandam menos água na produção e tem mais durabilidade.

Segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento um menor consumo de carne e laticínios ajudaria a reduzir as emissões de carbono. Por exemplo, o estudo aponta que se um cidadão americano médio substituísse um terço da carne bovina que consome por carne de porco, aves ou legumes, suas emissões relacionadas a alimentos cairiam cerca de 13%.

Uma proposta interessante é aderir ao movimento Segunda Sem Carne. A ideia é tirar a carne do cardápio pelo menos uma vez por semana, substituindo por legumes, verduras e grãos diversos, experimentando novas receitas e descobrindo sabores.

Vários sites reúnem receitas sem carnes ou derivados e laticínios, incluindo o do Greenpeace>: https://medium.com/greenpeacecookbook/português/home.

Mais saúde

Mudar os hábitos alimentares é uma ‘“tendência” que vai se transformar em necessidade nas próximas décadas, segundo ambientalistas. Embora entendam que hábitos e cultura de cada país não são alterados com facilidade, apontam fatores que vão provocar as mudanças, inevitavelmente. Entre eles, o aumento populacional que deve elevar em dois bilhões o número de habitantes na terra nos próximos 30 anos e as consequentes preocupações com escassez de produtos, terra e água para cultivo e pastagem; bem como com a destinação dos resíduos resultantes, incluindo o lixo doméstico, o desperdício nos produtores, perdas em transporte e pontos de venda.

Da mesma forma, essa valorização da natureza tende a se ampliar também nas relações de consumo de bens duráveis. A expectativa é de que haja um procura maior por experiências – contato com a natureza, em especial – e menor por supérfluos, como aparelhos, objetos de decoração e roupas.

A tendência do compartilhamento cresce – em vez de comprar um carro, a população do futuro deve investir em aplicativos de carona, carros alugados e uso maior de transporte coletivo.

Paralelamente, o uso das bicicletas, que já aumentou muito nos últimos anos, deve ficar ainda mais comum, com usuários em busca de prática esportiva e meio de transporte menos poluente.

Mais economia

Claro que ao optar por uma vida mais simples, mais conectada à natureza, a economia é uma consequência natural. E por vários motivos, incluindo a saúde.

Alimentar-se melhor, praticar mais atividades físicas traz benefícios já conhecidos para a saúde. Mas há que se ressaltar ainda os benefícios para a saúde mental e bem-estar.

A prática do consumo consciente, por sua vez, reduz não só a ansiedade como traz mais equilíbrio financeiro, num círculo virtuoso.

O benefício se reflete nos custos públicos, igualmente. Se há consumo mais consciente e menos desperdício, até a quantidade de lixo doméstico e volume recolhido das ruas em varrição diminui, reduzindo custos com a limpeza pública e o impacto ambiental.

Menos carros circulando provocam menos poluição, enquanto a maior valorização dos parques, praças e do contato com a natureza pode levar a uma cidade mais cuidada e bonita.

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