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História

Processo de tombamento da Chácara das Jaboticabeiras avança

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Mais um capítulo na luta dos moradores de Vila Mariana que querem a preservação de pontos históricos do bairro: na segunda, 9 de dezembro, foi promovida mais uma reunião do Conpresp – Conselho de Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo;que deveria decidir pelo tombamento ou não da Chácara das Jaboticabeiras.

O bucólico nome remete a uma vila na Rua Fabrício Vampré, que estava prestes a ter suas casinhas totalmente demolidas para dar lugar a mais um empreendimento imobiliário no bairro. Mas, a comunidade se mobilizou para evitar e recorreu aos órgãos de proteção do patrimônio arquitetônico e histórico.

Na reunião dessa semana, o Departamento de Patrimônio Histórico apresentou relatório técnico que confirmouo valor histórico, cultural e ambiental da área, expresso e requisitado pelo coletivo. “O tombamento da Chácara das Jaboticabeiras foi declarado aceito e o perímetro apresentado pelo coletivo foi respeitado”, relata Eli Barcelos, integrante do grupo.

“Contudo, houve surpresas! Para o tombamento, foi proposto que a área seja dividida em três setores, e para cada um deles, normas de gabarito (altura das edificações), recuos e remembramento de lotes diferentes”, explica. Nas áreas 2 e 3, gabarito de 10 metros e recuo de 4 metros. E área 1 sem limite de gabarito (apenas com uma restrição ao recuo, passando para 8 metros), o que é excessivamente permissivo. Além de questões que envolvem a taxa de permeabilidade do solo”, explicou.

Barcelos conta que esses destaques não alcançaram consenso no debate entre os conselheiros, que adiaram as determinações para a próxima reunião do Conselho, o que deverá acontecer somente em 27 de janeiro.

“Sem dúvida, é uma grande vitória a ser comemorada! Pela Chácara das Jaboticabeiras, diante do reconhecimento unânime do valor desse micro-território pelo Conselho de Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo, e pelos paulistanos! Ganhamos todos, os moradores e a cidade, garantindo a preservação de um dos poucos espaços de pausa e convívio que São Paulo mantém em meio a um ambiente urbano tão árido e escasso de relações humanas”, completa.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Veridiana

    25 de fevereiro de 2021 at 11:15

    Não
    A Comunidade não se mobilizou, represento mais de 70 proprietários dessa região.
    Inclusive contestamos na ocasião sobre o tombamento.
    Depois de quase 2 anos da abertura desse processo, posso dizer em letras garrafais que o que temíamos esta acontecendo.
    Estamos com quadrilátero abandonado por terrenos vazios desocupados e abandonados, ruas esburacadas, árvores com risco de cair e a um passo da ocupação de moradores de rua.
    Esse movimento não representa em nada o bem estar das pessoas que moram aqui a décadas.
    Podemos afirmar que se trata de um atentado a evolução de um pedação que a décadas se mantém aberto ao novo, sem perder suas características e ao mesmo tempo sem se podar de um crescimento.
    A região cresceu linda com prédios em volta.
    Esse é um convite para que retornem aqui para confirmar como estamos abandonados.
    Alguns que lutaram por esse tombamento nem aqui moram mais. Ai fica fácil…. sem rais, sem vinculo em prol de uma história que não condiz com o perfil da Vila Mariana.

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