Urbanismo
Prefeitura não comparece a audiência para debater intermináveis obras no Córrego Ipiranga

No dia 1 de fevereiro deste ano, a Prefeitura publicava a seguinte notícia, em seu portal:
“Os transtornos que as obras de canalização do córrego Ipiranga causaram nos últimos anos valeram a pena. Mesmo com as intensas chuvas de dezembro e do começo de janeiro, a região não alagou. (…) As galerias e o sistema de drenagem sob a avenida Ricardo Jafet foram ampliados e trocados, o que aumentou também o fluxo de escoamento da água, reduzindo, assim, a possibilidade de enchentes e pontos de alagamento no trecho. Os trabalhos da segunda etapa estão em andamento. Serão renovados o asfalto da avenida Ricardo Jafet, no trecho entre as ruas Tamboatá e Marcelino Champagnat, e também as calçadas. Além das obras, a Subprefeitura Ipiranga realiza a limpeza frequentes das margens do córrego, para retirar mato, lixo e madeira do leito do córrego.”
Mas, pela vivência da vizinhança e notícias registradas logo em seguida, nada disso é verdade. Em matéria publicada pelo portal UOL em março passado, que se baseou em dados do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura, este foi o ano em que a avenida ficou intransitável por maior número de vezes: 27. Em fevereiro mesmo, dias após a publicação da nota no portal da Prefeitura, a Avenida simplesmente desapareceu sob as águas nos dias 15 e 16 de fevereiro.
Na quarta-feira, dia 29, o vereador Aurélio Nomura (PV), que é morador da região, promoveu uma audiência pública oficial para debater as intermináveis obras do Córrego do Ipiranga. Mas, a população pôde perceber que o interesse em prestar contas, do poder público, é baixo: nenhum representante da Secretaria de Infra-Estrutura Urbana (Siurb) compareceu ao encontro, que aconteceu na distrital sudeste da Associação Comercial de São Paulo, para tratar do andamento dos trabalhos e expectativas quanto à próxima temporada de chuvas.
