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Prefeitura confirma vacinação de adolescentes sem comorbidades para dia 30

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Em entrevistas essa semana o secretário municipal de saúde, Edson Aparecido, indicou que a vacinação de adolescentes sem comorbidades na capital deveria começar nesse sábado, 28. No entanto, até a noite dessa quinta, 26, a informação não só não foi confirmada como a Secretaria Municipal de Saúde divulgou que haverá postos em parques públicos no domingo, mas apenas para vacinação de adolescentes com comorbidades e deficiências. Os Parques da Independência e Guarapiranga estão entre os escolhidos. Também no sábado haverá drive-thrus, megapostos e unidades de saúde atendendo esse público .

Mas, na noite dessa sexta, 27, a Prefeitura finalmente anunciou que jovens de 15 a 17 anos já poderão buscar os postos de saúde na segunda, dia 30. Ainda não foi divulgada a data para aqueles que têm entre 12 e 14 anos, mas a expectativa é de que seja na semana seguinte, quando também terá início a aplicação de terceira dose – ou dose de reforço – em pessoas acima de 60 anos que já completaram o esquema vacinal (duas doses ou dose única) há mais de seis meses.

Os adolescentes precisam estar acompanhados dos pais ou responsáveis. No caso de impossibilidade, devem levar uma autorização assinada pelo responsável. É necessário também levar um comprovante de residência, que pode estar no nome dos responsáveis.

Antes de ir, consulte no deolhonafila.prefeitura.sp.gov.br a situação das filas em postos próximos à sua casa.

O preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já (www.vacinaja.sp.gov.br) agiliza o tempo de atendimento nos postos de vacinação. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço, telefone e data de nascimento.

Onde se vacinar 

A lista completa de postos pode ser encontrada na página Vacina Sampa:

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/doencas_e_agravos/coronavirus/index.php?p=307599

Vila Clementino

Na semana que termina agora, foram vacinados adolescentes com comorbidades, grávidas e puérperas. Mas a procura foi baixa e a Prefeitura fez inclusive busca ativa para alcançar jovens nessas condições.

O próprio secretário esteve no hospital da Cruz Verde, na Vila Clementino. na manhã de quinta-feira (26) . A  instituição atende pessoas com paralisia cerebral grave com algum agravo clínico associado. No hospital é prestada assistência completa e integral, fornecendo alimentação, incluindo dietas específicas, medicamentos, vestuário, instalações apropriadas, instrumentos e equipamentos especiais e adaptados às necessidades de cada um, numa proposta de atendimento individualizado.

Quem quiser contribuir, pode procurar a instituição pelo site cruzverde.org.br – é possível doar roupas, alimentos e dinheiro para a manutenção da instituição. Informações: 11 5579-7335. Atendimento e Informações, de segunda a sexta feira das 7h às 19h. O Hospital fica na Rua Dr. Diogo de Faria, 695 – Vila Clementino.

Volta às aulas

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, essa semana, novas  recomendações para prevenir a covid-19 no retorno às aulas presenciais e destacou que a vacinação dos adolescentes deve ser uma das medidas buscadas para aumentar a segurança nas escolas em meio à pandemia.

Elaborado por um grupo de trabalho coordenado pela vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, documento divulgado hoje avalia que “a implementação da vacinação para adolescentes pode reduzir significativamente o fechamento prolongado de turmas, escolas e interrupções de aprendizagem e lentamente permitir o relaxamento das medidas de proteção na escola”, diz o texto.

Confira o documento na íntegra, clicando aqui

Para os pesquisadores, “não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a covid-19 em adolescentes como são em adultos e em conjunto com as medidas de distanciamento e uso de máscaras propiciem um retorno às aulas ainda mais seguro”.

Até o momento, somente a vacina da Pfizer é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa população, já que não há estudos sobre o uso dos outros imunizantes.

A Fiocruz afirma que é fundamental que a vigilância para faixas etárias mais jovens e nas unidades escolares, como um todo, seja reforçada, já que essa população ainda tem acesso limitado às vacinas.

Outro alerta é em relação à variante Delta, cuja transmissibilidade é maior que a da cepa inicial do SARS-CoV-2. “Em regiões onde uma porcentagem crescente de adultos está totalmente vacinada contra covid-19, mas onde as crianças não são vacinadas, pode-se antecipar que, nos próximos meses, proporções cada vez maiores de casos da doença relatados ocorrerão entre crianças”.

Protocolos

O guia com as recomendações da Fiocruz indica que os principais cuidados são manter ambientes ventilados, usar máscaras de eficácia comprovada, manter distanciamento físico de pelo menos 1,5 metro, definir estratégias para monitoramento de casos e rastreio de contatos e promover uma higienização contínua das mãos. A fundação também defende que a situação vacinal dos trabalhadores da comunidade escolar seja monitorada e que haja número máximo de ocupantes nos ambientes.

O texto sugere protocolos para lidar com o surgimento de casos de covid-19 nas escolas. Quando dois ou mais alunos que convivem em uma mesma sala de aula tiverem casos confirmados simultaneamente, é necessário suspender as aulas da turma por 14 dias. Já quando casos simultâneos forem registrados em turmas diferentes, deve-se suspender as aulas presenciais por 14 dias nos dias da semana em que aquelas turmas têm aula. Além disso, todos os contatos próximos devem ser monitorados.

Pessoas com casos sintomáticos respiratórios não devem frequentar a escola de forma presencial. Tal quadro pode ser descrito com ao menos dois dos seguintes sintomas: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos. Em crianças, além dos itens anteriores, considera-se também obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico.

“É importante que haja um monitoramento muito próximo dos casos entre crianças, adolescentes e adultos das comunidades escolares, além de ampla testagem ao longo dos próximos meses de retorno pleno às atividades presenciais nas escolas, sem o qual fica bastante difícil o monitoramento da real dimensão e significado da pandemia nestes ambientes. O momento agora é de se implementar a vigilância epidemiológica escolar em tempo real com a produção de dados para o acompanhamento das experiências locais”.

Segundo a Fiocruz, “a abertura de escolas geralmente não aumenta de forma significativa a transmissão na comunidade, especialmente quando as orientações delineadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) são seguidas”. Além disso, a fundação afirma que “o risco de afastamento dos menores de 18 anos de suas atividades normais como escola e eventos sociais pode se revelar um risco maior do que o da própria SARS-CoV-2 para eles”.

O documento traz dados do Ministério da Saúde que indicavam que, até o início de agosto, as crianças e os adolescentes correspondiam a aproximadamente 1,5% das hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil (14.011 casos) e a 0,3% dos óbitos por SRAG em que a covid-19 foi confirmada (1.057 óbitos).

Indicadores

O estudo da Fiocruz também elenca os principais indicadores que devem ser observados para que haja um retorno seguro às aulas presenciais. O primeiro deles é a taxa de contágio (R), que deve ser menor do que 1,0. Isso significa que cada caso de covid-19 infecta, em média, mais de uma pessoa. Dessa forma, o ritmo de novos casos não representa um agravamento da pandemia.

Outro dado importante é a ocupação dos leitos de terapia intensiva para covid-19, que são necessários para tratar casos graves da doença. Para o retorno seguro, a Fiocruz recomenda que 25% desses leitos estejam livres.

O terceiro indicador trata dos novos casos registrados em uma localidade. O retorno seguro às aulas presenciais pode ocorrer quando novos diagnósticos não superem a proporção de nove casos para cada 100 mil habitantes nos últimos sete dias.

Por fim, a fundação pede que seja observada a taxa de testes diagnósticos (RT-PCR ou antígeno) positivos, recomendando que esse percentual não seja superior a 5%. Apesar disso, a pesquisa pondera que, no Brasil a média de positividade nos testes diagnósticos gira em torno de 35%. “Isso pode significar que os exames estão sendo realizados em sintomáticos moderados ou graves que procuram os serviços de saúde, mas também um elevado risco de transmissão local.”

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