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Prefeito eleito já enfrenta cobrança de promessas

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O candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), em seu discurso após o anúncio do resultado, fez questão de frisar que espera que Fernando Haddad (PT), cumpra as promessas feitas na campanha. “As urnas falaram e são soberanas. Boa sorte ao prefeito eleito, desejo que cumpra as promessas que fez. O eleitor deve ser protagonista, sei que as pessoas serão vigilantes do novo governo, na cobrança das promessas”, acrescentou.
Por sua vez, o prefeito eleito, Fernando Haddad (PT) deu sinais de que espera forte cobrança ao longo de seu mandato, não só por parte da oposição ou mesmo dos eleitores que preferiram suas propostas de governo. “É a primeira vez que São Paulo elege um prefeito, desde a redemocratização, apoiado pela presidência da República”, disse ele.
Esta semana, Haddad já se reuniu com a presidente Dilma Roussef, com o governador Geraldo Alckmin e como prefeito Gilberto Kassab. Grupos de trabalho serão formados, ainda nos próximos dias, para garantir a transição de governo e também para discutir investimentos prioritários para o primeiro ano de mandato.
Em entrevistas, Haddad já sinalizou que vai cobrar o Governo do Estado para que ceda áreas existentes junto às estações de metrô e CPTM. Durante a campanha do oponente José Serra, o governador Geraldo Alckmin, do PSDB garantiu que haveria espaço para construção de creches, em promessa de José Serra. Alckmin diz que quer formar uma parceria tripartite para garantir a implantação da proposta: governo federal entra com recursos, o estadual cede as áreas e o municipal implanta e gerencia as creches.
Outra cobrança intensa foi sobre a promessa do petista de implantar o Bilhete Único Mensal em São Paulo. A ideia é oferecer um bilhete a um custo atual de R$ 140 que daria direito ao uso mensal livre. O futuro prefeito diz que levará a proposta para aprovação da Câmara Municipal já no início do seu governo, mas a viabilização só deve ocorrer em 2014.
Já com relação à taxa de inspeção veicular, Haddad avaliou que seria possível eliminar a cobrança ainda em 2013 e que contaria com o apoio dos vereadores para tanto. Ainda na quarta-feira, dia 31 de outubro, entretanto, o verador Gilberto Natalini, do PV, já apresentou projeto nesse sentido. “Vamos cobrar coerência do Prefeito eleito. O que foi prometido na campanha, agora precisa ser cumprido. Acabo de dar entrada em Projeto de Lei pelo fim da taxa de inspeção veicular ainda em 2013”, anunciou Natalini em seu perfil no Facebook.
O prefeito eleito quer ainda construir 150 quilômetros de corredores de ônibus novos na cidade, mas por enquanto os endereços anunciados são na Zona Leste da cidade.

 

Cobranças de promessas não cumpridas e trocas de acusações marcaram debates entre Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB)

 

Haddad quer implantar “Arco do Futuro” para garantir desenvolvimento descentralizado

Como reduzir o trânsito intenso na cidade, em especial na zona central? Para o prefeito eleito Fernando Haddad, investimentos em transporte público, seja em metrô ou novos corredores de ônibus, são fundamentais. Mas não bastam.
O petista afirmou, ao longo de sua campanha, que é preciso mudar a lógica da oferta de empregos na cidade. Ele pretende estimular a implantação de empresas em algumas regiões da cidade, que considera já estruturadas, porém que não passam hoje de “dormitórios” de trabalhadores. Para tanto, diz que vai reduzir impostos como ISS e IPTU para estimular que o emprego vá ao trabalhador, e não o contrário.
A equipe do prefeito eleito, durante elaboração do plano de governo, fez ainda um levantamento comparando onde estão os empregos e onde moram os paulistanos. Chegou à conclusão de que cerca de 64% dos empregos estão na região central, mas apenas 17% dos paulistanos habitam nesta área, o que explica o intenso deslocamento diário em direção ao centro.
O levantamento abordou cada uma das subprefeituras. A área sob responsabilidade da Subprefeitura de Vila Mariana tem 3,1%dos habitantes da cidade e concentra 8,5% dos empregos; a do Jabaquara tem 2,0% dos habitantes, e 2,3% dos empregos. A vizinha subprefeitura do Ipiranga concentra 4,1% dos habitantes, mas 3% dos postos de trabalho.
Para redistribuir e criar novas “centralidades”, o futuro prefeito propõe um projeto, complexo, que levou o nome de “Arco do Futuro”.
A região beneficiada por obras e ações como as de redução de impostos para atrair empresas seria formada por avenidas, que formam um arco ao redor da região central, partindo da avenida Cupecê, na Cidade Ademar, ao sul do Jabaquara, passa pelas marginais dos rios Pinheiros e Tietê e segue até a Avenida Jacu Pêssego, na Zona Leste.
Está prevista, também, a outorga onerosa, ou seja, a oferta da possibilidade de erguer empreendimentos imobiliários em regiões pouco exploradas, em troca do apoio dos investidores com recursos para serem investidos na própria região.
A polêmica Operação Urbana Água Espraiada, que há dez anos não sai do papel, está na lista de obra de apoio ao Arco do Futuro. Não se sabe ainda se seguindo as alterações propostas pelo prefeito Gilberto Kassab, e que tanto desagradaram a comunidade local, ou conforme o projeto original apresentado pela então prefeita Marta Suplicy.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. edson jose

    23 de novembro de 2012 at 11:02

    foi falado que aparti 2013 do ano que vem não seria cobrado o imposto do controlar como nos poderemos acredita no novo prefeito de são paulo se o imposto do controlar vai continua sendo cobrado no ano que vem fala serio.

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