Urbanismo
Praça Juca Mulato: piscinão tem obras retomadas
Várias obras de drenagem e captação de águas da chuva estão em andamento na cidade e uma delas é a do Piscinão dos córregos das Éguas e Paraguai. Esse antigo projeto foi quase iniciado em 2021, quando houve já interdições de trânsito no local e implantação de canteiro de obras. No entanto, a Prefeitura, na época, informou que foi necessário suspender a construção do piscinão após o corpo técnico da SIURB constatar que o contrato não apresentava viabilidade para sua execução, uma vez que o local de implantação foi alterado.
O reservatório será mesmo construído na Praça Juca Mulato, na Av. Professor Ascendino Reis e terá capacidade para armazenar até 110 mil m³ de água, o equivalente a 44 piscinas olímpicas, com investimento previsto de R$ 161 milhões,
O objetivo é ampliar a vazão das águas e reduzindo os alagamentos em períodos chuvosos garantindo, assim, a segurança dos paulistanos. Sesgundo a Secretaria, o novo reservatório irá auxiliar no combate às cheias na Av. José Maria Whitacker, Rua Dr. Haberbeck Brandão, Av. Rubem Berta, Viaduto Onze de Junho, Av. Prof. Ascendino Reis e também na Praça Juca Mulato, beneficiando os mais de 200 mil habitantes da região da Vila Mariana, com previsão de entrega para 2027.
A região de divisa entre Moema, Saúde e Vila Mariana, entre a Praça Juca Mulato e o Viaduto Onze de Junho, é marcada por alagamentos na temporada das chuvas.
O córrego Uberaba, que passa sob a região, é formado por dois braços, sendo um correspondente ao Paraguai (que corre pelaav. José Maria Whitaker) e o das Éguas (que escoa pelas quadras da região da Av. Onze de Junho e Rua Agostinho Rodrigues Filho). Estes dois formadores se juntam na alt. da Av. Rubem Berta (TCM) e, depois, prosseguem, em célula tripa, passando pelo parque das Bicicletas, Av. Republica do Líbano e Rua Cel. Raul Humaitá, para descarregar no córrego da Avenida Hélio Pelegrino (Uberaba).
Próximo dali, a Prefeitura também está construindo o Piscinão Ibijaú-Gaivota, em Moema, com investimento previsto de R$ 117,3 milhões e capacidade para armazenar até 24 mil metros cúbicos, beneficiando população de 200 mil pessoas e também com previsão de entrega para 2027
Os piscinões
Verdadeiras “poupanças de água da chuva”, os piscinões armazenam o excesso que desceria pelas ruas e se tornaram aliados importantes no combate às enchentes.
No momento, a Prefeitura de São Paulo está com oito piscinões em construção e, nos últimos quatro anos, entregou seis novos reservatórios, com capacidade total para 853 mil metros cúbicos de água — o equivalente a mais de 340 piscinas olímpicas — e resultados comprovados na redução de alagamentos.
As novas entregas fazem parte de uma rede de 55 piscinões da cidade e foram pensadas para reduzir os impactos das chuvas e evitar enchentes em regiões historicamente afetadas, reforçam a rede de drenagem.
Com as mudanças climáticas provocando temporais mais intensos e volumes cada vez maiores, os piscinões se tornaram aliados indispensáveis na drenagem urbana. Ao reter a água durante o pico das chuvas e liberá-la aos poucos, eles ajudam a aliviar a pressão sobre córregos e galerias, diminuindo o risco de transbordamentos e prejuízos.Entre 2014 e 2024, a capacidade de reservação aumentou 46%, e o número de alagamentos caiu 57% em comparação com o final dos anos 1990.

