Ecourbis
Planeta está em nossas mãos
A pandemia de Covid 19 trouxe muitos ensinamentos, mas talvez os dois mais importantes são a certeza de que as agressões humanas ao meio ambiente provocam reações e a necessidade de retomar contato com a natureza e com as coisas mais simples da vida. Isolados em suas casas, recorrendo a indispensáveis aparelhos tecnológicos que nos aproximavam de trabalho, amigos, família e estudos, os seres humanos sentiram a carência de caminhar ao ar livre, ter contato com o verde em parques, praias e outros espaços em que a natureza compõe o cenário principal.
Mas, como usar esses ensinamentos para mudar de atitudes de agora em diante? A pergunta ganha força com a aproximação do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, que este ano vai ter como tema “Uma Só Terra”. A ideia é destacar a urgência de desenvolver um modo sustentável de vida, em harmonia com a natureza e estimulando políticas públicas nesse sentido. Vale destacar ainda um fato extra: esse ano, comemoram-se 50 anos da Conferência de Estocolmo, que definiu 5 de junho como Dia Mundial do Meio Ambiente.
O foco promete ser a conscientização da população mundial sobre conter a poluição. E, quando se fala em poluição, inevitavelmente pensamos em resíduos, todo o “lixo” e rejeitos que geramos diariamente, das mais diferentes maneiras.
É sempre essencial, também, destacar ações práticas e cotidianas de pessoas que vivem em uma metrópole como São Paulo, para proteger o meio ambiente e contribuir com práticas sustentáveis.
Cuide de seus resíduos
Uma maneira simples de cuidar do planeta é cuidando do próprio lixo. Imagine se cada ser humano fosse responsável por dar destinação correta a todo item que descarta?
Desde o óleo usado na fritura até a bituca de cigarro, das sobras de alimento às embalagens, da poda de árvores aos itens que quebram ou perdem a funcionalidade. Há uma responsabilidade compartilhada entre poder público, consumidor, fabricantes e varejistas para que o lixo não domine o planeta.
Oceanos já estão repletos de plástico, há pequenas ilhas em que o lixo domina a paisagem e um deserto na América do Sul está lotado de roupas que foram descartadas a céu aberto.
Assim, a cada item descartado, reflita. Pratique o consumo consciente, planeje compras para evitar que alimentos se estraguem, não despeje óleo nas tubulações, não descarte nada nas vias ou espaços públicos.
Depois, procure reaproveitar itens ao máximo: conserte em vez de trocar, sempre que possível. Doe.
E, por fim, separe seu lixo doméstico em dois: recicláveis e lixo comum. Tudo que for papel, plástico, vidro ou metais, limpo, vai para a coleta seletiva. Restos de comida, papel higiênico, fraldas, esponjas, bitucas de cigarro e qualquer papel sujo ou engordurado vão para o lixo comum Depois, confira o horário das coletas seletiva e tradicional no site www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.
A concessionária Ecourbis é a responsável pela coleta no agrupamento Sudeste, ou seja, regiões sul e leste da capital. Só nesse trecho, já são aproximadamente 7 mil toneladas de resíduos domiciliares coletados diariamente. São quase 3 mil profissionais, entre motoristas e coletores, e mais de 500 equipamentos, como caminhões compactadores, carretas e tratores (aí no aterro).
Os serviços são prestados durante 24 horas: além da coleta nos períodos diurno e noturno, há a operação nos transbordos e o aterro, que operam ininterruptamente.
Ou seja, é uma operação complexa que envolve planejamento e atenção aos detalhes para que a cidade permaneça sempre limpa, resíduos de toda população coletado e corretamente destinado, de forma a interferir o mínimo possível no trânsito da cidade.
Menos é mais
Mas, como podemos reduzir a produção de resíduos e, dessa forma, ampliar a vida útil de aterros e reduzir as agressões ao planeta, melhorar
Já ouviu falar do movimento minimalista? Alguns expoentes dessa proposta são bem radicais: têm em casa apenas um casaco e algumas poucas peças de roupas. Nos armários da cozinha, dá para contar a quantidade de pratos, talheres, panelas e na geladeira não há sobras que não possam ser consumidas. Eles não tem carros, ferramentas, muitos equipamentos – preferem compartilhar, alugar.
Não é preciso ser tão radical, mas ficar atento ao movimento é interessante para perceber os excessos que muitas vezes cometemos no processo de consumo.
O consumidor consciente também entra em contato com fabricantes para obter informações sobre o descarte correto de todos os itens, para exigir embalagens mais inteligentes, biodegradáveis, reaproveitáveis ou recicláveis.
Passeios e piqueniques
Usar mais a bicicleta, caminhar pelas ruas do bairro, praças, parques próximos, promover piqueniques com a família.
Inserir de forma permanente esses programas na agenda é uma atitude que traz muito bem estar, conexão com a natureza e com as coisas mais simples e agradáveis da vida.
Também ensina a valorizar alimentos saudáveis, frutas, lanches e sucos naturais. Sempre que for programar um piquenique, evite industrializados, cheios de embalagens e também de componentes pouco saudáveis. Ao terminar o passeio, leve os resíduos para sua casa, mesmo que houver lixeiras nos parques. Responsabilizar-se pelo próprio “lixo” é questão de atitude.
Posse responsável
Ter animais de estimação faz bem para a saúde mental e, consequentemente, física dos tutores – já indicaram diversas pesquisas e estudos de psicologia. Mas, ter animais também é trabalhoso – são seres vivos, sentem frio, fome, dor. Precisam ir ao veterinário, estar com as vacinas em dia, comer alimentos adequados. E tudo isso exige tempo, dedicação e implica em custos, também.
Recolher as fezes e cuidar da higiene da casa onde habitam e também da saúde do próprio animal também fazem parte do conceito de posse responsável.
A convivência com animais é importante, ainda, porque ensina a respeitar a natureza e cuidar da fauna.
Reduza a carne
Tem crescido na sociedade o número de pessoas adeptas ao vegetarianismo ou veganismo.
Mas, mesmo aqueles que ainda comem carne e derivados devem aprender a reduzir a quantidade. A pecuária consome muita água, ocupa vastas áreas que não raro foram desmatadas para se transformarem em pasto e ainda provocam poluição do ar com emissão de gases.
Além disso, boa parcela carne acaba sendo descartada sem sequer ser consumida, representando geração de resíduos.
Uma ideia interessante é aderir à Campanha Segunda Sem Carne. Ou se impor um desafio como o de passar um mês sem ingerir carne e derivados. Essas ações nos ensinam a diversificar o cardápio, consumir itens agrícolas “da estação”.
Busque também aprender receitas que usam integralmente os alimentos, incluindo sementes, talos, folhagens e cascas, e, portanto, não geram resíduos.