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Cultura

Peça sobre Bomba Atômica está em cartaz no João Caetano só com atores nipo-brasileiros

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O espetáculo “O Legítimo pai da bomba atômica” está um mês no Teatro João Caetano, na Vila Mariana.

Com texto de Murilo César Dias e direção de Gabriela Rabelo, o espetáculo contemplado pelo 6° Prêmio Zé Renato da Secretaria Municipal de Cultura, leva ao palco questões políticas, históricas e técnicas que envolvem a criação da bomba atômica e o consequente uso da energia nuclear na atualidade.

“Foi desafiante trazer ao palco um tema tão árido. E um dos nossos grandes conflitos era falar do tema bomba atômica de modo que o público pudesse perceber que esse assunto não ficou no passado, essa questão permanece até hoje.

E estamos felizes em perceber, através do retorno desse público, que acertamos na condução do espetáculo e que estamos conseguindo passar a mensagem de uma cultura de paz, através da montagem desse texto e que a nossa linguagem está alcançando as mais diversas pessoas e promovendo o debate sobre essa questão tão atual como é a nuclear”, diz a diretora Gabriela Rabelo.

A montagem se propõe a contribuir com o atual debate sobre questões étnicas na cena nacional, pois personagens reais de diversas nacionalidades (alemão, americano, húngaro, etc) são interpretados por atores nipo-brasileiros, integrantes do Coletivo Oriente-se. A

ideia é mostrar atores de ascendência oriental em dando vida a papéis diferentes dos personagens estereotipados que muitas vezes lhe são atribuídos. E mais ainda. É a segunda vez na história do país que um espetáculo é realizado com elenco totalmente formado por atores brasileiros de descendentes de japoneses.

O texto, inspirado na história real do físico húngaro Leo Szilard (Rogério Nagai) e na sua participação na construção da primeira bomba atômica, traz para a cena as figuras de sua esposa, a médica Gertrude Weiss (Ligia Yamaguti), e diversos personagens históricos, entre eles Albert Einstein (Ricardo Oshiro), o presidente americano Harry Truman (Ricardo Oshiro), o general Groves (Gilberto Kido), Henry Stimson (Edson Kameda) e outros que direta ou indiretamente colaboraram para a construção da bomba e para seu lançamento que resultou no extermínio de centenas de milhares de pessoas. O caminho entre a descoberta científica e a sua utilização como bomba de destruição em massa é acompanhado por um drama interno do físico Leo Szilard, que vê sua invenção ser desviada do objetivo.

“O espetáculo visa a ajudar a disseminar uma cultura de paz, promovendo um debate sobre o sentido das armas de destruição através da história de Leo Szilard ao mesmo tempo que convidamos o público a refletir sobre a estupidez da guerra e da utilização das armas terríveis que vêm sendo criadas com o avanço da ciência”, diz Rogério Nagai.

A temporada no Teatro João Caetano vai até 29/07, sextas e sábados às 21h e domingos às 19h. Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou sites: www.sampaingressos.com.br e www.chequeteatro.com.br .

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