Urbanismo
Passarela de pedestres em Congonhas: perigo iminente
As denúncias vinham se arrastando mas finalmente foi constatado: a passarela em frente ao Aeroporto de Congonhas, que permitia a travessia de pedestres sobre a Avenida Washington Luiz, corria o risco de ruir.
O laudo elaborado pelo Grupo Técnico de Projetos Ltda, empresa terceirizada contratada pela Prefeitura, era ainda mais enfático: apontou que a passarela está em um “estado de iminência de ruptura brusca” e concluia recomendando não só a interdição como também a remoção da passarela.
A Prefeitura optou por uma solução temporária: iniciou na sexta-feira passada o escoramento da passarela ao mesmo tempo em que começou a construção de uma estrutura provisória ao lado da atual.
O secretário de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, avalia que as obras vão “evitar uma tragédia”. Por se tratar de uma obra emergencial, não houve a necessidade de se realizar uma licitação para a sua execução. “É uma situação de urgência. Nós convocamos uma empresa que tem condições de fazer”, afirmou.
Em quinze dias, deve ficar pronta a passarela provisória, feita em estrutura tubular montada na ilha central da avenida. Parte do trabalho de montagem será feito no período da madrugada para evitar transtornos ao trânsito local.
Segundo a Prefeitura, quando a provisória estiver pronta, a antiga será definitivamente interditada e removida.
Técnicos da empresa terceirizada contratada farão um constante monitoramento de eventuais movimentações da passarela atual enquanto estiver liberada para travessia de pedestres.
Projetada pelo arquiteto João Batista Villanova Artigas e inaugurada em 1974, há mais de 40 anos, a passarela leva o nome de Comandante Rolim Amaro.
A estrutura não é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e nem pelos órgãos estadual e municipal de conservação dos patrimônios histórico e cultural.
A Prefeitura afirma que uma nova passarela será construída para substituir a que será removida. A obra, entretanto, deverá ser fruto de uma parceria público-privada com comerciantes da região. Os detalhes da parceria ainda estão sendo tratados.