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Para diminuir geração de resíduos, novas atitudes

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A sociedade moderna incentiva o consumo e o descarte. A geração de resíduos nunca foi tão grande no planeta e não haverá nem espaço para tanto lixo nem recursos para produção e transporte de todos esses bens.

Tudo isso é verdade. Entretanto, é também a tecnologia que poderá descobrir formas de reaproveitar ou reciclar materiais atualmente descartados. E mais: é pelo contato virtual proporcionado pela internet que outras ações positivas acontecem.
Se os avanços tecnológicos e o crescimento da internet são inevitáveis, especialmente nas novas e futuras gerações, que ao menos propiciem formas de evitar agressões à natureza.

Brincar na rua

“Meus pais contam que brincavam pelas ruas, transformavam pedrinhas em brinquedos e compravam produtos a granel. Eu já sou da geração do dvd, do video game com amigos”, conta Henrique Lopes, 20 anos, morador da Vila Mariana.

Ele agora faz faculdade de design e trabalha já na área. “Minha geração é ligada em tecnologia, em resolver tudo pela tecnologia. Mas hoje procuro ter uma posição consciente, preocupada com a preservação da natureza”, diz ele.

Para o jovem estudante, a internet é uma grande aliada nesse novo momento de sua vida. “Eu moro em condomínio e nunca me preocupei muito com a data da coleta de lixo ou da seletiva. Atualmente isso mudou. Uso a internet para me informar não só sobre esses horários, mas também sobre ações possíveis de preservação e consumo consciente”, diz.

Os horários em que a coleta tradicional ou seletiva passam em cada rua das Zonas Sul e Leste da Cidade, onde esses serviços são prestados pela Ecourbis Ambiental, pode ser www.ecourbis.com.br/coleta/index.html. Basta colocar o CEP ou endereço para saber horário e data da coleta.

Também pelo site da Prefeitura (www.prefeitura.sp.gov.br), é possível consultar o serviço de Cata-Bagulho, que serve para descartar grandes objetos que não são mais passíveis de doação, como um colchão usado, um sofá quebrado…

Vendas, trocas  e doações

Henrique vai além. Ele usa a internet para vender objetos que já não usa mais. Ou trocar, oferecer para amigos e colecionadores. “Há pessoas que colecionam gibis enquanto outras querem se desfazer deles. Outras querem se desfazer de uma bicicleta que pode ser útil para um amigo ou mesmo um desconhecido”, exemplifica.
Atitude igualmente comum é compartilhar equipamentos, livros e outros itens e objetos de pouco uso com colegas. “Comprar algo que a gente só vai usar uma vez? É melhor pegar emprestado e passar pra frente depois”, diz.

Embalagens sustentáveis

Na faculdade, Henrique conheceu a namorada Letícia Carmelin, também estudante de Design. Ela mora em um bairro distante e é a internet que facilita o contato cotidiano. “Usamos o carro, mas a verdade é que pessoas da minha geração preferem o transporte coletivo ou por aplicativos”, relata. “Muita gente acha que os jovens só vivem no celular e na internet, mas também é verdade que valorizamos muito a experiência, mais do que a posse. Em vez de ter um carro, meus amigos sonham em fazer viagens pelo mundo”, diz.
Esse novo paradigma social, avalia, deve se refletir nas opções de consumo e atitudes do futuro. “Se nossa geração já é adepta da economia criativa e do compartilhamento, a do futuro vai ser ainda menos a posse das coisas”, acredita.

Cada vez mais interessado pelas questões de preservação de recursos naturais e geração de resíduos.

Como estudantes de design, Henrique e Letícia hoje estão se informando sobre reaproveitamento e reciclagem de materiais. “Começamos a prestar atenção na quantidade de embalagens que utilizamos e descartamos diariamente”, conta ele.

“Muitas indústrias estão preocupadas em acondicionar seus produtos em embalagens que não gerem gases de efeito estufa, que consumam menos matéria prima e água, além de menores, de forma a ocupar menos espaço. E, claro, que sejam biodegradáveis, ou tenham fácil reaproveitamento, ou tecnologia barata e acessível para que sejam recicláveis e voltem à cadeia produtiva”, explica o jovem, já sonhando com uma atuação profissional que alie seus talentos com um benefício social. “É preciso unir tecnologia e criatividade, para que as embalagens do futuro possam ser úteis e também educativas!”, sonha o futuro designer.

“A faculdade não me trouxe só esse conhecimento técnico, mas também aquela noção básica. Afinal, só quando a gente começa a estagiar, ganhar o próprio dinheiro, que começamos a aprender a gastar. E hoje nossos desafios pessoais são de praticar o consumo consciente”, conclui.

No dia a dia, isso significa evitar o acúmulo de bens – como roupas, sapatos e objetos – e investir também em experiências: passeios, jantares, programas culturais e viagens.

Lixo eletrônico

Outra preocupação quando apostamos na internet e na tecnologia para evitar a geração de resíduos é que os aparelhos que usamos se transformam, da mesma forma, em lixo eletrônico.

E o lixo eletrônico é um complexo desafio da sociedade contemporânea e futura. O ideal é comprar produtos de boa qualidade, duradouros e evitar a troca de modelos apenas por conta de alguma nova funcionalidade.

Privilegie sempre que possível o conserto do produto, doe se efetivamente for trocar e considere, por outro lado, a compra de um produto usado. Se for se desfazer dele, não descarte no lixo comum.
Há postos de entrega de lixo eletrônico em alguns parques da cidade, implantados pelo movimento GreenK. Ibirapuera, Trianon, Mário Covas (na Paulista), Lina e Paulo Raia (Conceição), entre outros. Informe-se no site prefeitura.sp.gov.br ou pelo fone 156.

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