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Saúde

“Ouço mas não entendo”: como enfrentar a perda auditiva?

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Muitas pessoas acreditam que diante de uma pessoa com dificuldade de ouvir, basta falar mais alto, e este é um engano, pois poucas são as vezes em que a correção do volume é suficiente para proporcionar uma boa compreensão de fala.

É preciso entender melhor a fisiologia da audição – em resumo os ouvidos são estruturas complexas que captam, processam e transmitem sons para o cérebro. O ouvido externo ajuda a direcionar o som para dentro do canal auditivo até atingir o tímpano. Essas ondas sonoras fazem o tímpano vibrar e as vibrações são enviadas para três minúsculos ossículos localizados no ouvido médio (martelo, bigorna e estribo), que amplificam essas vibrações e as transmitem para o ouvido interno. Quando chegam à cóclea – pequenas células chamadas células ciliadas reagem às vibrações sonoras e as transmitem como sinais elétricos que são captados pelo nervo auditivo. Neste ponto, o cérebro assume seu papel e a magia da audição realmente acontece.

A compreensão da fala é um processo cognitivo, uma vez que as orelhas recebem os sons, mas é no cérebro que essas informações são processadas e ganham sentido. Do contrário, sempre que faltam sons, o cérebro tenta preencher a lacuna – um processo frequentemente difícil e exaustivo. Ou seja, quando há uma perda de audição, o cérebro tem dificuldade de transformar as vibrações enviadas pelo ouvido em sons distintos, a perda auditiva impede esse processo.

Se a perda auditiva não for tratada, os sinais sonoros podem ser perdidos ou distorcidos, tornando mais difícil para o cérebro interpretar esses sinais e atribuir significado aos sons ao longo do tempo. No entanto, com o uso de aparelhos auditivos, seus ouvidos podem enviar novamente os sinais corretos para o cérebro, permitindo que você ouça, entenda e reaja adequadamente às ondas sonoras que entram pelos seus ouvidos.

Muitos pacientes reagem de forma negativa ao receber a notícia de que será necessário usar aparelhos auditivos, envolvidos por um sentimento de medo e insegurança transformando um momento que deveria ser de descobrimento dos sons e prazer em ouvi-los, em vergonha de usar o aparelho em certos lugares e, consequentemente, atraso na adaptação.

A verdade é que quase ninguém vai começar a usar o aparelho auditivo e se adaptar instantaneamente. O cérebro precisa de três a seis meses para se adaptar às mudanças e reagir aos estímulos sonoros com naturalidade. Portanto, não espere uma adaptação total antes desse tempo.

FIQUE ATENTO!

Dificuldade para se comunicar em lugares ruidosos, leitura labial durante a conversa, zumbido, tontura, intolerância a sons intensos e isolamento social, podem ser sinais de perda auditiva.

AGENDE UMA AVALIAÇÃO com a fonoaudióloga Diane Michiuti.
A Audição Paulista fica na Avenida Paulista, 352, sala 52. Mais informações pelo telefone/WhatsApp: (11) 9 8816-4315 (clique e informe-se).

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