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Urbanismo

Orçamento municipal prevê R$ 5 milhões para obras na Av. José Maria Whitaker

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Uma das promessas da atual gestão é adequar a vazão de córregos canalizados que, atualmente, provocam alagamentos

O orçamento em discussão na Câmara Municipal prevê, finalmente, verbas para a implantação de uma das metas previstas pela gestão Gilberto Kassab na região. Caso aprovado e se não houver alterações na aplicação do dinheiro, o gasto para evitar novas enchentes na Avenidas José Maria Whitaker e Ascendino Reis será de R$ 5 milhões.

Ali, há encontro de dois córregos, de uma mesma bacia hidrográfica. A Prefeitura já tem pronto há muitos anos, mas não tira do papel, a conclusão das obras de vazão e recuperação estrutural das galerias existentes nas bacias dos córregos Paraguai e das Éguas, que correm sob essa região. Sempre que há chuvas, as avenidas enchem rapidamente e o tráfego é interrompido. Na Ascendino Reis, há histórico de alagamento até da garagem de prédios de apartamentos, com perda dos veículos que ali existiam.

A promessa era de iniciar as obras este ano, mas até agora não há nenhum sinal de equipes municipais atuando no local. Agora, o site que reune as promessas da chamada Agenda 2012 informa que a adequação nos córregos estará pronta daqui exatamente um ano, em outubro de 2012.

A obra é de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, mas todas as vezes que o jornal tentou obter informações sobre o projeto não obteve resposta. Em janeiro de 2010, o site informava que Em janeiro de 2010, o site informava que Todas as 18 metas da Agenda 2012 a cargo da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (Siurb) já estão em andamento- as obras nos córregos Paraguai e Éguas estaria “entre os empreendimentos em fase de elaboração de projeto ou licitação”.

O córrego Paraguai é afluente do Córrego Uberaba, com o qual se encontra na região de Moema/Campo Belo. Nasce na região de São Judas, passa pela avenida José Maria Whitaker e segue em direção à Avenida Ibirapuera., que vem do alto do bairro de São Judas, na avenida Jabaquara, desce hoje entubado debaixo da avenida José Maria Whitaker, cruza a avenida Ibirapuera junto à avenida República do Líbano. O córrego das Éguas, por sua vez, é afluente do Paraguai. Nasce na esquina das ruas Botucatu e Onze de Junho, na Vila Clementino, e desce pela Ascendino Reis, nas proximidades do Tribunal de Contas do Município e sob os baixos do Viaduto Onze de Junho – região que sempre sofre com alagamentos.

A bacia dos córregos Paraguai e das Éguas é exemplo de como a impermeabilização da cidade, com canalização de seus córregos e ocupação das várzeas, foi obra negativa no processo de crescimento da cidade.

Esta não é a única obra com projeto pronto e engavetado que poderia minimizar as enchentes e alagamentos na região.

Há também um mapeamento completo com propostas alternativas para galerias na Avenida 23 de Maio, em frente ao Detran, mas sem qualquer previsão de implantação. Já no corredor formado pelas Avenidas Ricardo Jafet e Abraão de Moraes, as obras se estendem há três décadas, sem indicar que a solução definitiva virá ou, sequer, previsão concreta de conclusão.

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