Esporte
Olimpíadas também agitam São Paulo e há atividades para curtir na região
As Olimpíadas de 2016 são sediadas oficialmente pela cidade do Rio de Janeiro, mas tem muita coisa acontecendo em São Paulo e movimentando inclusive a região de Vila Mariana, Saúde, Jabaquara e Cursino. Até jogos oficiais de futebol!
Paralimpíadas
No meio de julho, os atletas se reuniram no novo Centro de Treinamento Paralímpico localizado no Jabaquara para conferir a lista final com os participantes dos Jogos, que acontecem em setembro. Agora, muitos deles fazem ali os treinamentos finais para as disputas.
São Paulo é o estado com o maior número de representantes entre os donos da casa: são 75 atletas naturais do estado que abriga o CT Paralímpico Brasileiro. A meta do CPB é que o Brasil termine entre os cinco primeiros colocados no quadro geral de medalhas, ganhando duas posições em relação ao sétimo lugar alcançado em Londres 2012, quando conquistou 43 medalhas, sendo 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze.
Futebol
Agora em agosto, os Jogos Olímpicos começaram mesmo foi em São Paulo, no “Itaquerão”, onde já houve jogos de futebol feminino. E dá para chegar lá de metrô.
As partidas começaram na quarta, dia 3, com dois jogos do torneio feminino de futebol:, o Canadá, que conquistou o bronze em Londres, enfrentou e venceu por 2 x 0 a equipe da Austrália. Às 18h, o Zimbábue enfrentou a Alemanha (foto acima), que ganhou bronze nas Olimpíadas de 2000, 2004 e 2008, e foi derrotado por 6 x 1.
A Arena Corinthians ainda sediará mais oito jogos durante os Jogos Olímpicos, sendo quatro do futebol feminino e mais quatro do masculino. Ainda nesta semana, no próximo sábado (6), serão mais dois jogos do torneio feminino: Canadá x Suécia, às 15h, e, na sequência, às 18h, Alemanha x Austrália.
Os primeiros jogos do futebol masculino acontecem no dia 10, com África do Sul x Iraque a partir das 19h e Colômbia x Nigéria às 22h. Nos dias 12 e 13 de agosto, São Paulo ainda recebe as quartas de final dos torneios feminino e masculino, respectivamente. A semifinal da competição masculina acontece no dia 17, às 16h, e a disputa pela medalha de bronze do feminino acontece no dia 19, a partir das 13h.
Vila Mariana
E não é só na “agenda oficial” que a região se movimenta com as Olimpíadas e Paralimpíadas.
No Sesc Vila Mariana, por exemplo, a realização dos Jogos no Brasil está servindo de estímulo para muita gente colocar a preguiça de lado, inspirar-se e começar a prática de algum esporte.
Nesta e em todas as unidades do Sesc no Estado, aliás, o programa de incentivo à prática esportiva vai até dezembro.
Intitulado “Edição 28: A trajetória do esporte”, o projeto pretende oferecer ao público a possibilidade de conhecer e praticar modalidades olímpicas e paralímpicas, além dos esportes que buscam integrar o rol de Modalidades Olímpicas nas edições dos Jogos de 2020 e 2024. O nome é inspirado no fato de a 28ª edição dos Jogos Olímpicos da era moderna.
A iniciativa busca sensibilizar as pessoas para a importância da inclusão do esporte e da atividade física no dia a dia, aproveitando o clima favorável que a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no país proporciona. Outro aspecto importante do Edição 28 é promover a reflexão sobre o esporte e suas relações com aspectos socioculturais.
Na Vila Mariana, a programação tem alguns destaques.
– Esgrima
Dias 6 e 13 de agosto, sábados, das 11h às 14h; Local: Praça de Eventos (capacidade: 250 pessoas); Livre; Grátis.
– Goalball
Dia 20 de agosto, sábado, das 11h às 14h; Local: Praça de Eventos (capacidade: 250 pessoas); Livre; Grátis
– Futebol de 5
Dia 27 de agosto, sábado, das 11h às 14h; Local: Praça de Eventos (capacidade: 250 pessoas); Livre; Grátis
O Sesc Vila Mariana fica na Rua Pelotas, 141. Horário de funcionamento da Unidade: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábado, das 9h às 21h; e domingo e feriado, das 9h às 18h30. Informações: 5080-3000
Especialistas da Unifesp atenderão nos Jogos Olímpicos
Durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, profissionais da Disciplina de Medicina do Esporte da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (EPM/Unifesp) estarão no Rio de Janeiro, cidade sede do evento, à disposição de atletas, dirigentes esportivos e público em geral.
Ao todo, serão mais de 20 especialistas, entre médicos, fisioterapeutas e enfermeiros. Esse número passa de 60, considerando profissionais que foram membros do departamento, além dos que foram especializados e pós-graduados pela instituição, mas que não possuem vínculo com a Unifesp atualmente. A estrutura médica será composta por profissionais de saúde, distribuídos desde o atendimento inicial na beira do campo (FOP, do inglês Field of Play), até os postos médicos, policlínicas de atletas e retaguarda hospitalar.
Moises Cohen, docente chefe do Departamento Ortopedia e Traumatologia e idealizador do Centro de Traumato-Ortopedia do Esporte (CETE), vê a participação dos profissionais da instituição como um ápice. “A Olimpíada e Paralimpíada do Rio de Janeiro serão o auge da atuação da Medicina Esportiva, após um ciclo que começou nos Jogos Sulamericanos 2002 e depois, em 2007, no Panamericano. É um orgulho a Unifesp ser representada em um evento de tamanha importância com tantos profissionais”, comemora.
A equipe médica da universidade será dividida em quatro grupos principais: Time Brasil, que prestará atendimento aos atletas da delegação brasileira. Comporão este grupo Tathiana Parmigiano – única ginecologista da Vila Olímpica – e Carlos Tadeu Moreno; no atendimento inicial no FOP estarão Lenita Glass, Paulo Szeles e Karina Hatano; nas arenas, como gerentes médicos de equipes específicas, estarão Carlos Andreoli (Basquete), Silvana Vertematti (Esgrima e Taekwondo) e Fernando Hess (Rugby); e na Policlínica da Vila Olímpica – Moises Cohen, Diogo Rolim e Caio Memoria, além de diversos fisioterapeutas atuando todos os locais de disputas.
Carlos Andreoli, chefe da residência de medicina esportiva, ressaltou que a equipe está altamente gabaritada para o atendimento de toda família olímpica. “Nos últimos meses, todos os profissionais realizaram cursos de preparação, tais como Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS, do inglês Advanced Cardiovascular Life Support), Suporte Avançado de Vida no Trauma (ATLS – Advanced Trauma Life Support), emergências em catástrofes e terrorismo, como forma de ajudar no treinamento dos voluntários e coordenar as ações dos profissionais de saúde”, finalizou.
Por Antonio Saturnino/Unifesp